Entrei floresta adentro e continuei com a corrida, como se estivesse competindo nas Olimpíadas.
Acredito que, neste momento, ele já deve ter arrebentado a porta e vindo atrás de mim. A pior coisa desta citação, é que ele gosta de caçar e agora eu sou sua presa.
A cada passo que dou sinto-me mais perdida aqui, porém isso não importa muito. Na verdade, quanto mais longe dele eu tiver, melhor. Minhas pernas se moviam quase que automaticamente, apenas com o pensamento de fugir dali.
Deveria ter falado com Rob quando tive chance. Idiota, idiota, idiota!
Do nada, senti meu pé enroscar em alguma coisa e meu corpo ser lançado contra o chão, fazendo um gemido baixo sair de meus lábios.
— Merda. — murmurei. Movi meus olhos para onde tinha tropeçado e vi uma algumas raízes, meus foram até a árvore dona das mesmas, que estava ao meu. Me apoiei em meus cotovelos, e levantei, tentando pisar firme, porém sentindo uma dor forte em meu pé direito, que fez minha mão agarrar a árvore e me encostar nela, vendo que meu pé sangrava e que meu tornozelo estava inchado. — Melhor coisa que podia acontecer agora. — ironizei, com os dentes cerrados. Um barulho nas folhagens que estavam no caminho pelo qual eu havia vindo me fizeram despertar de meus devaneios inúteis. Escorreguei silenciosamente pela árvore, esperando que Harry não me visse ali, já que podia-se notar que não estava com uma lanterna ou algo do gênero.
Após isso, ouvi passos. Meus ouvidos captavam os ruídos que significavam que ele se aproximava de mim. Automaticamente, minha respiração se prendeu e eu controlei a mim mesma para não ter um ataque de pânico.
Senti as finas gostas de garoa caindo em meus rosto, misturando-se com a lágrima solitária que escorria por minha bochecha. Lágrima essa que era tanto de medo e tanto de raiva por Harry.
— Sei que está aí, baby. — ouvi a voz rouca e profunda, proferir. Voz essa que sempre ne causa arrepios involuntários. — Sabe que eu vou te achar, não sabe?
Deus queira que não.
Os passos se tornaram mais firmes e mais audíveis, o que significava que ele estava se aproximando cada vez mais.
— Insiste em ser uma má garota, não? — questionou, com ironia na voz. — Ah, princesa, não vou ter piedade de você quando estiver em minha cama.
Eu ouvi o que acho que ouvi?!
Sua risada circulou pelo local aberto.
Acho que ouvi sim.
Tive uma ideia de como poder dispistá-lo, e me abaixei o mais silenciosa e cautelosamente possível. Peguei uma pedra no chão e joguei na direção contrária a minha.
O ruído atraiu a atenção dele, pois ouvi os passos se reiniciando, só que desta vez, na direção contrária e então me virei para começar a correr, porém o que eu tanto temia aconteceu: Harry estava parado, mexendo somente os pés, imitando o barulho de passos, e em seu rosto, um sorriso cruel estava posto.
A chuva havia piorado, e escorria em meu rosto, junto com mais lágrimas que desciam de meus olhos sem permissão. Comecei a tremer, e ele se aproximou. Os olhos verdes, cheios de crueldade e luxúria, postos nos meus.
Harry rodeou os braços em minha cintura, me puxando para mais perto. Ele colocou sua mão livre no bolso, e a outra permaneceu em mim.
— Eu sempre vou te achar, princesa. — sussurrou em meu ouvido. Colocando o pano em minha boca. — Você é minha. — ele retirou a mão do bolso e moveu para meu rosto, passando os longos dedos em minha bochecha.
— Por favor... Harry... — pedi, e um soluço saiu de minha garganta, no momento em que ele colocou o pano em meu nariz.
— Shhh... — murmurou e eu lentamente comecei a perder os movimentos de meu corpo. Minha pernas viraram geléia e eu estava a mercê do mesmo. — Eu farei você feliz. — sorriu, e o relampejar de seus dentes foi a última coisa que eu vi antes de apagar completamente.
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PSYCHOPATH | Harry Styles (EM HIATUS)
Fiksi Penggemar> ATENÇÃO: Esse livro é indicado apenas para maiores de 18 anos. Contém cenas sexuais e de violência que podem vir a causar gatilho em algumas pessoas. Se trata de um ROMANCE DARK, leia apenas se estiver ciente! Quando se diz "psicopata", o que v...