Os anos foram passando, Lua foi crescendo e se tornou uma linda menina porém sem contato com o mundo dos humanos. Exceto por Eduardo e sua namorada Elisa. - As sardas no seu rosto se abrochou e o loiro que tinha no seu cabelo se tornou um ruivo. Como o de Vênus. Porém, o dourado dos seus olhos ainda continuou.
Eduardo continuou com a menina por Daniel que insistiu. Daniel não mudou nada, aliás, não seria mais da sua natureza mudanças. - O loiro se tornou um amigo de confiança de Eduardo, sempre cuidando da pequenina de ambos.
A namorada de Eduardo, Elisa, nunca ia para a casa dele, não gostava de Lua. A antipatia se dava por um motivo que até hoje é mistério.
Lua cresceu presa dentro do casarão de Eduardo, sempre com Daniel por perto para cuidar dela. A menina precisava de sangue, Daniel o dava. Porém, Eduardo não podia saber e Lua não sabia o porquê daquilo. Até certa Daniel contar.
-Mas papai... - Lua insistia ao pai para poder ver o mundo lá fora.
-Não Lua, já disse.
A forma rude como Eduardo falava não assustava a menina, ela cresceu com esse tratamento. - Todo amor que Eduardo não deu a ela, Daniel deu. Toda proteção de Eduardo fora em dobro com Daniel. Mas Lua entendia seu jeito e às eles conseguia arrancar sorrisos do ruivo.
-Minha linda, ouça seu pai. - Daniel entra com passos suaves como uma pluma que Eduardo nunca soube como conseguia.
-Titio, me ajude.
A menina correu aos braços do loiro que segurou a pequena no colo. - Lua já tinha quinze anos, mas era tratada como criança. Tinha estatura pequena e era magra de mais, dando a impressão de ser mais jovem.
-Você sabe que ele só quer te proteger. - Prosseguiu.
-É, não quero esses cuecas atrás de você não. Não pode ver carne nova na área.
Lua só via a rua pela janela e mesmo assim se afastava bruscamente ao ter contato com o sol, sendo assim, sempre fora muito pálida. Ela não dormia muito, era raro quando tinha sono, ficava no seu quarto lendo livros e livros.
-Princesa, vamos... Seu pai esta muito bravo agora, vamos procurar uma história bem legal para ler? - Daniel tinha a ruiva nos braços envolvida em seu pescoço.
-Vamos.
A menina deu uma última olhada no pai e subiu as escadas com Daniel.
-Por que eu não posso sair? Eu sou uma pessoa como todas. - Se questionou.
-Você sabe que não é.
-Mas ele não sabe. - Ela repreendeu.
-Os humanos têm muitos sentimentos. Dentre eles, o ciúmes. Seu pai só está com medo de te perder.
-Mas ele não vai me perder.
A menina foi ate a janela, tocando no vidro sem ligar para a dor que sentia pela claridade. - A menina era diferente de todos os vampiros, ela não foi transformada mas sim cresceu daquele jeito. Ela sentia dor, sangrava como todos humanos, se alimentava e suportava um pouco mais a luz.
Daniel veio ate ela e beijou-lhe o pescoço. A menina gostava do loiro como seu melhor amigo, as vezes se questionava o motivo por ele não ter uma namorada sendo tão bom. Mas o segredo não poderia ser revelado.
Lua virou saindo do sol e o abraçou como seu ponto de conforto, como se com aquele abraço saísse todas as coisas ruins dela.
-Eu te amo tio. - Ela disse por fim.
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Era uma vez...
VampirQuando uma pessoa tem um destino a seguir, vai acontecer. A não ser que essa queira desistir, mas é como a famosa frase: "Nunca desista, pois alguém pode estar se inspirando em você." Bom, Lua tinha o seu destino já predestinado desde quando foi p...