Ok, vamos começar por onde tudo se iniciou.
FLASHBACK ON
Altlantic City, Nova Jersey
6:19p.m
KATHERINE P.O.VEscuto o som do despertador e abro os olhos lentamente por causa da claridade que invade o meu quarto. Me levanto da cama andando até a minha janela, que por acaso não fica longe da minha cama, abro minha cortina e um sorriso se forma em meu rosto ao ver o sol nascendo. Sim, eu acordo cedo, porque sempre tive a mania de achar que poderia me atrasar para a aula. Vou até o meu banheiro e tomo uma ducha de dez minutos, alcanço minha toalha e a enrolo em meu corpo após me secar. Ando até meu closet e pego qualquer roupa apenas para ir a escola, não estava tão animada assim, até por que, quem se anima para a escola?
Vou até a escrivaninha a frente de minha cama e pego o meu caderno junto do meu penal, jogo dentro da bolsa e a coloco no meu ombro. Saio do quarto logo descendo as escadas e vou em direção a cozinha, mamãe já deveria ter ido ao trabalho, pois então eu mesma irei fazer algo para comer, mas como estou com preguiça, apenas pego qualquer fruta e saio de casa.
A escola ficava a umas 5 quadras da minha casa, não era tão longe. Precisava ligar para minha mãe, então puxo minha bolsa para pegar meu celular, o procuro em todo lugar e não o acho, então percebo que o esqueci em casa, ótimo. Eu já havia andado umas 3 quadras, então só faltavam duas, eu não ia voltar para casa agora para apenas pegar meu celular.
Chego em frente a escola e vejo o diretor já na entrada, ele parecia nervoso, estava a conversar com a vice diretora, com os professores e professoras, com as tias da limpeza e as pedagogas, e varios policiais em volta da escola. Tinha algo de errado, não tinha nenhum aluno no pátio, eu estava atrasada? Bom, como vou saber né, esqueci o celular em casa, parabéns Katherine. Me aproximo do portão e pergunto o que estava acontecendo para o primeiro policial que aparece em minha frente.
– Parece que a escola está sendo vítima de assaltos ocorridos pela madrugada, o diretor não quis anunciar por medo de pânico e danos que poderiam ser causados aos alunos. - Ele explica.
– Ah, ok. Obrigada... - Ele assente com a cabeça. - Só mais uma coisa! As aulas continuaram normalmente? - Ele concorda com a cabeça e eu me afasto.
Vejo o portão aberto do outro lado e então vou até o mesmo, entro na escola e escuto alguns barulhos, me aproximo e vejo uns cinco garotos de preto escondidos perto dos carros dos professores, percebo que eles eram os tal dos assaltantes e a burra aqui tentou dar uma de herói.
– DIRETOR!!!! ELES ESTÃO AQUI, POLÍCIA!!!! SOCORRO! - Grito e o olhar de todos eles vem a mim, droga.
Do alguns passos para trás quando vejo eles virem em minha direção e tento correr, mas um deles foi mais rápido e me puxou pela cintura fazendo meu corpo bater com o seu, um choque automaticamente passa pelo meu corpo e eu paraliso completamente. Escuto passos vindo de fora do portão e são os policiais.
– Jimin, vamos! - Um dos garotos diz para o tal de Jimin que estava me segurando. Ele me coloca em seu ombro como um saco de batatas e começa a correr, não sei pra onde. Começo a tentar me debater sobre seu ombro e aquilo não adianta nada, sinto meu corpo ser jogado dentro de algo que estava parecendo um porta-malas, eles colocam um pano em meu rosto e meus olhos começam a se fechar, a última coisa que vejo são um par de olhos castanhos lindos me encarando, e então apago.
FLASHBACK OFF
Atlantic City, Nova Jersey
3:45p.m
KATHERINE P.O.VE foi isso, exatamente assim que minha maravilhosa vida foi ao fundo do poço. Eles me trouxeram para a mansão deles e eu vivo como prisioneira até hoje, que fazem 5 meses que estou aqui. Alguns deles são legais até, tirando o estilo de vida.
Desde o dia em que cheguei aqui, os únicos que foram legais comigo foram o Jin, Hoseok e Yoongi. Eles me contaram que são coreanos e fazem isso desde a adolescência. O que me "sequestrou" foi o Jimin, o que colocou o pano em meu rosto foi o Jung Kook, e tem mais o Namjoon que eu não falo tanto, mas é legal também, e o Taehyung, que é um dos mais engraçados apesar de eu não conversar muito.
Os únicos que eu nunca converso é o Jimin e o Jung Kook, são muito grossos e insuportáveis, fazem piadas idiotas e acima de tudo conseguem ser lindos e gostosos. Pois é, essa é a vida.
– Oi garota insuportável, mas que eu adoro. - Hoseok chega no meu quarto, interrompendo meus pensamentos.
– Oi Hoseokao, insuportável vai ser minha mão na sua cara. - Ele gargalha e se joga na minha cama, ficando ao meu lado.
– Perdeu a noção do perigo, Katherine? - Ele diz e eu reviro os olhos.
– Você que perdeu a noção de com quem você está falando né querido. - A gente se encara e começamos a rir.
– Estou com fome Hoseokao. - Ele bufa.
– Conta uma novidade. - Pego minha almofada e jogo em sua cara, ele revida e suspira. - Desce, eu te liberei se alguém perguntar, pode comer o que quiser, mas se comer meu kimchi eu te mato menina! - Ele fica sério falando do seu preciso kimchi, reviro os olhos e desço.
Vou até a cozinha e logo percebo que Jimin está ali, ótimo. Passo reto por ele e vou até a geladeira, pego leite e um copo no armário, coloco o leite e me apoio na pia. Ele me olha e eu tomo o leite o encarando, deixo o copo em cima da pia e percebo que tem um pouco de leite no canto da minha boca, passo os dedos ali e logo em seguida tomo mais um pouco de leite terminando tudo.
Sinto o olhar do Jimin em mim, sua boca estava entre aberta e ele estava com a mão nas calças em cima do seu membro. Socorro. Ele percebe que estou te olhando e então volta a sua postura normal.
– Quem te liberou? - Ele pergunta desviando o olhar do meu.
– Hoseok. - Ele assente.
Vou em direção as escadas para ir ao meu quarto e em um movimento rápido alguém me prende contra o corrimão da escada, sinto suas mãos em minha cintura a apertando fortemente, ele aproxima seu rosto do meu pescoço e eu fecho os olhos, ele deposita um beijo no meu pescoço, fazendo eu me arrepiar, não vou negar, eu senti algo forte desde do dia em que eles me trouxeram para cá, mas eu não posso fazer isso. Ele se afasta negando com a cabeça e sobe as escadas rapidamente indo para seu quarto.
Hoseok desce as escadas e me olha, o olho com aquele olhar que só ele entendia e ele vem até mim.
– Vem. - O puxo e subimos as escadas rapidamente, entro no meu quarto com ele e tranco a porta. Ele se senta na cama e eu me encosto na porta fechando os olhos lembrando daquele momento.
– Ele... ele, segurou forte na minha cintura e deixou um beijo aqui... - passo a mão pelo meu pescoço. – Ah Hoseok, não sei o que eu faço...
– Ele quem? - Abro os olhos e abro a boca para o responder. Mas droga, aquele nome me perceguia em todos os lugares.
– Jimin.