Paixão Oculta parte ll

Sou Alfa Supremo!

Apesar de estar fraco e perceber que havia um liquido na agua que me davam, do qual me deixava cansado e fraco, parei de beber e comecei a pensar em como fugir desse inferno. Sem fazer nada optei por fazer um saco de pancadas com alguns cimentos que estavam no banheiro e comecei a socá-lo, na esperança de alguém vim abrir o portão. Preciso de um cobaia para meus planos.

Quero fugir daqui e ver com meus próprios olhos que Manuela está bem. Preciso disso.
Parando e observando um dos lobos se aproximar, me encostei no portão da grade.

- Olá... Será que alguém poderia me ajudar?- Pergunto. E o otário do lado de fora se aproxima de cara amarrada.

E lá vamos nós.

- O que quer?- Pergunta ríspido.

- Ah cara preciso de água quente, comida saudável e uns suplementos pra aumentar meus bíceps, o que acha?- Indago brincalhão e ele dá um soco na grade.

Isso garoto vem pro papai.

- Você pode ser a porra de um alfa seu mané, mas não vem tirar a sorte comigo.- Resmunga entrando na minha cela.

Dá vontade até de rir, venho planejando isso a dias e eles nunca ousaram entrar na mesma cela que eu. Sempre Por medo ou insegurança, mas qual é eu não vou bater tanto assim neles, (risos). Talvez Muito só vou quebrar seu pescoço e torcer pra não estarem vivos. Até que esse otário aparece e resolve tudo. Muito obrigado seu cuzão. É preciso ser muito cara de pau pra vim me enfrentar.

Me Afasto pra trás até que bato minha costa na parede, fingindo estar com medo. Arregalo os olhos e me concentro.

- Ora, ora onde está o grande Alfa agora? vivia nos sacaniando e bancando uma de Alfa zangado...- Solta sorrindo. Rolo os olhos pelo local e respiro fundo, deixando meus instintos irem a procura de mais alguém por perto além dele. Sinto o cheiro de mais três recém- lobos.

Bufo. Começo a sentir meu lobo interior rosnar dentro de mim, minhas unhas crescem lentamente, meus dentes caninos rasgam minha boca por dentro.

— Vamos seu infeliz diga alguma coisa.—Rebate me dando um soco bem dado no queixo. Pena que não dói nenhum pouco.

Já posso senti-lo quente e fumegante de energia.
Meu lobo parece não ter fim de tamanho ódio. Sem querer uma das minhas mãos se movimenta rapidamente e com uma força brutal aperta a garganta do cara a minha frente.

— Era isso que voxê queria xeu merda. Então vai ter o que merexe! — Rosno entre dentes. As letras não são ditas com muita clareza já que meus dentes atrapalham. Minha voz está mais mudada que o normal.

Sinto que a conexão entre mim e o lobo não se encaixa. O que há de errado comigo?

Não tem nada de errado com você garoto. E sim comigo. —Responde meu lobo assumindo o comando do meu subconsciente.

Me compadeço com o cara que de branco está roxo.

Esse já era. Penso.

—Espera... Como assim com você? me explica isso.— Pergunto sentindo um nó na garganta. Tento tirar minhas mãos do pescoço do garoto, mas é inútil. Me sinto um brinquedo.

—Acalme-se moleque! Houve sim alterações em mim, como Alfa somos um só e além da sua força lobo, agora você será livre para decidir ser quem quiser... Poderes infinitos garoto. Você é o alfa supremo!

Engulo em seco e vejo o cara morrer em minhas mãos. Sua garganta foi tão apertada que sua cabeça foi decapitada.

Fico em silêncio apenas ouvindo meu lobo:

— Podemos livrar todos, salvar a Manuella ou simplesmente desistir de toda essa merda e fugir, sermos eu e você... O que acha?—Sugere me irritando.

—Não. Isso nunca. Eu amo a Manu e nunca deixarei minha familia sozinha.

—Sozinha? E que família? Uma garota que só sabe reclamar, pais que querem te tornar normal a todo custo e alguns recém-lobos sem experiência nenhuma... Ah garoto desperte. Você é lobo e um dos maiores. E convenhamos eles já até tem um Alfa.—Resmunga me fazendo arregalar os olhos.

—Como é?

—Vai me dizer que não sabe quem é?

—Bem não...

—Ótimo tudo eu mesmo... Seu novo alfa será o professor da Manuella, seu nome é Harryson o grande filho do psicopata do teu tio Christian, ou seja, seu primo que finge ser um bom garoto. Ele quer seu posto David. E acredite ele terá.—Responde com desdém.
—Não. Se depender de mim isso não vai acontecer.

Ele sorri.

— Você sempre foi um fraco David. Desde que se juntou aquela criatura desprezível...

— Não fale assim da Manuella!—Retruco entre dentes.

—Então o que devo falar de uma garota que quando mais você precisou ti deixou na mão, hein?—Indaga ainda mais furioso.

—Chega. Cale-se!

—Entenda David. Estamos juntos nessa. Somos um só e esses que você chama de família não se importam com você, não como eu me importo.—Solta. Balanço a cabeça.

—Me deixe em paz.—Grito me jogando contra a parede, partindo-a ao meio e caindo sobre o chão.

Fico em silêncio esperando alguma fala dele e por incrível que pareça o silêncio permanece.
Respiro fundo e levanto do chão. Minhas mãos estão encharcadas de sangue, mas não me importo. Olho pro corpo sem cabeça ao lado com nojo e sigo meu caminho passando por cima dele, preciso sair daqui.

Tenho que encontrar um priminho.