Convergindo (Em Construção)

Rebele-se

Eu estava devorando um sanduíche recheado com tudo que eu tinha direito, quando minha mãe falou que hoje minha prima recebia alta do Hospital. Eu apenas assenti com a cabeça e continuei me fartando... a mulher a minha frente me fuzilava com o olhar.

- O que foi?

- O que não foi, né?

- Suas tia e primas ao invés de estarem aproveitando a estadia aqui, estão no Hospital...

- Oxe, e a culpa é minha agora?

- Com certeza não era eu quem estava dirigindo... Você pode ter crescido em estatura, mas continua sem perceber a seriedade das coisas. Se fosse seu irmão...-

- É... quando você vai enxergar que eu não sou ELE?

Ela jogou aquelas palavras sem dó nem piedade em mim...

Ah, tudo bem... eu quem estava pilotando... mas... a Evelyn também não é nenhuma santinha. Terminei de tomar meu café e me levantei em silêncio.

- A propósito... não pense que vai se aproveitar da situação para ficar mofando em casa...

- É... com certeza ir para a escola deve ser melhor do que ficar ouvindo minha própria mãe me tratando com sarcasmo.

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Como de praxe na hora do intervalo, estávamos em nossa mesa jogando conversa fora.

- E aí, Rô? Você vai mesmo viajar?

- Claro que sim!

- Haha, eles nem são famosos ainda... relaxa.

- Amiga, não são famosos, mas são homens... homens sozinhos dentro de um carro...

- Você é mesmo ciumenta hein? rsrsrs

- Querida, se a gente não cuidar do que é nosso, vem outra e toma.

Regina se acabava de devorar uma coxinha de frango. Encarei-a, e ela me olhou sentindo-se culpada.

- Quantas vezes já falei para você? 

- Aaah, miga... eu não resisti! Estava tipo, chamando por mim. Quando eu cheguei na cantina ela estava lá... tão solitária....

- Hahahaha, pára de viajar na maionese, Rê...

- Maionese? Hmmmmmmmm.....rsrsrsrsr

- Não amiga, agora é sério... você vai precisar de um vestido GG... só acho...

Meu celular vibrou sobre a mesa, destravei e sorri ao ver o ícone de sms.

- Ei, você ficou sabendo?

- Sobre?

- A tal da Karol vai dar uma festinha amanhã à noite.

Revirei os olhos e simulei colocar o indicador dentro da boca como se quisesse auto-induzir um vômito. 

- Falando no demônio...

Regina localizou a "anã" socializando com a vaca oxigenada, vulgarmente conhecida como Luana.

- Ai que ótimo... deve ser época de acasalamento para as cobras estarem se juntando...

- Pôxa amiga, você odeia mesmo a Luana hein? rs...

- Rô, eu não a odeio, que fique bem claro... eu apenas não suporto respirar um oxigênio saturado de laquê.

Nesse momento, como se tivesse percebido que estávamos comentando sobre ela, Luana olhou em nossa direção e com um sorrisinho falso deu um tchauzinho para nós.