CAPÍTULO UM- My Heart Is Broken

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Peguei as chaves do meu pequeno carro Fiat Uno Azul marinho, e
meu celular que estava encima da mesa. Sai tão de pressa do prédio que
nem notei como havia escurecido. Já se passavam das 20 hrs quando
finalmente cheguei ao meu apartamento, tive subir quase 5 lances de escadas pois o elevador havia estragado novamente. "Lar doce lar!" Pensei ao abrir a porta do meu pequeno apartamento, ele era realmente pequeno com apenas um quarto com banheiro, sala e cozinha conjugada e uma minúscula lavanderia que eu odiava! Para falar a verdade sempre odiei lugares pequenos e apertados, mas pelo menos era o meu apartamento, alugado de um homem velho e chato mas meu!! Tudo bem que eu tinha que subir cinco lances e meio de escada, e as vezes o aquecedor falhava, porém sou uma estudante de Direito no segundo período tenho apenas 19 anos e um emprego em um escritório do meu pai, Dr. Marcos Collins, como consultora jurídica o que é particularmente estressante ter que trabalhar com ele e com todos aqueles idiotas que acham que vão conseguir alguma coisa com a 'filhinha do chefe' . Tomei um banho quente e demorado, caminhei até meu quarto de roupão está frio em New City, Inglaterra. Em maior parte do ano estava frio então o meu Guarda- Roupas havia muitas roupas de frio, a maioria de usar para o meu trabalho, como ternos e Calças sociais tirando isso eu tinha quatro pijamas e uma calça jeans me assustei ao ver que não tinha nada mais, esportivo eu diria, nenhum vestido ou algum shorts. Ao vestir um pijama me olhei no espelho, como eu estava aparentemente esgotada! Em meus olhos haviam olheiras tão profundas que mal se dava para ver meus olhos castanhos, meus cabelos estão tão mal cuidados que há 'fios rebeldes' por toda parte. " Que Droga Louis!!" Falei para mim mesma enfrente o espelho, era tudo culpa dele. Eu realmente me perdi por causa do Louis, Louis Vasconcellos me teve em suas mãos por meses !!
Deixei de lado pensamentos desta forma, pois eles ainda iam me deixar
louca, deitei na minha cama e adormeci devido o calmante que havia tomado.

Acordo às seis, tomo um banho quente e quando termino fico me olhando no espelho ainda indignada com a minha aparência decadente para uma garota de apenas 19 anos. Decidi deixar esses pensamentos de lado, afinal eu tinha que me arrumar para agradar quem?!

Estava descendo o último lance da escada quando meu telefone tocou,
Ravena, suspirei profundo olhando para o celular pensando que não haveria pessoa melhor para estar do meu lado do que ela, afinal é minha melhor amiga. Ultimamente andei enchendo tanto a cabeça dela falando dos meus supostos problemas com Louis que acabei me esquecendo que ela tinha realmente problemas sérios.
O irmão dela morreu a doze anos atrás, quando ela só tinha seis anos e
ele apenas vinte e dois. Foi um tiro perto dos testículos que acertou a
artéria que o levou daqui. Ele não era uma das melhores pessoas do
mundo, mas estava longe de ser a pior. Tinha vários problemas com
algumas coisas erradas mas ele nunca tirou a vida de alguém. É muito
fácil apontar o dedo e dizer que "bandido bom é bandido morto" quando não é seu irmão/seu filho e quando você não vive a história da pessoa.A morte é sempre algo bastante doloroso para a família e nem todas passam por isso intactas, a dela foi uma delas. O pai dela começou a beber mais que bebia, as irmãs se distanciaram e ela via a Mãe sofrer todos os dias por isso. Ela só tinha seis anos e tinha que lidar com uma família que antes era feliz, fazia passeios todos os domingos e agora
estava se desgastando aos poucos. Depois disso ninguém ali nunca mais
foi o mesmo. Se mudaram pela primeira vez, porque, como viver em uma cidade onde não podiam sair na rua sem medo por conta das leis falhas que permitem que assassinos andem livremente pelas ruas?
Quando se mudaram, duas das suas irmãs mais velhas já tinham filhos
de uma gravidez precoce. Foi difícil no começo e parece que tudo estava
se encaminhando, mas o "pai" dela deixou- os no segundo momento mais difícil de suas vidas: a cirurgia de sua mãe. Era uma coisa simples, pedra
nos rins. Mas agora ela era uma criança de 10/11 anos cuidando de outras crianças (sobrinhos) para que as irmãs cuidassem da mãe. Eu me
perguntei se isso era justo, quando ouvia a história. Era ruim e bom ao
mesmo tempo, ela nunca tinha visto as irmãs tão unidas quanto estavam.
Hoje, duas delas não se falam mais.
E Rochiester, marido de sua irmã, também foi assassinado. Sua
irmã, agora a mais velha, claro que não reagiu muito bem. Eles tinham
uma filha de um ano para criar e agora ele havia morrido. Com isso, se
mudaram novamente, dessa vez para a cidade onde moram até hoje, ou
seja a minha velha New City no interior da Inglaterra.
Hoje, com apenas dezoito aninhos, pais separados, irmão... morto, não
vejo outro jeito de dizer, uma irmã viúva, uma sobrinha sem pai, e irmãs
que vivem brigando, escolheu ser uma pessoa sem mágoas e que prefere sorrir ao invés de levar os problemas de casa para FORA de casa.
Enfim... Valores foram ensinados, fidelidade e amor principalmente, mas podem ter perdido com o tempo ou nunca aprendido. Mas essa garota é especial, apesar de tudo que enfrentou ela ainda se calava pra me ouvir reclamando dos meus pequenos deslizes emocionais desde o nossos
treze anos, era ela quem recorria todas as vezes que me acontecia algo e era para ela que eu chorava noites seguidas por causa de Louis, era ela
que estava comigo nos meus momentos difíceis, e nos bons. Foi ela quem me ajudou a planejar minha festa de 15 anos, e me ajudou na mudança para o meu minúsculo apartamento, foi ela que nunca Me abandonou. Seria ela que não me abandonaria agora também, atendi finalmente o telefone.

Ivy Dickens Collins Onde histórias criam vida. Descubra agora