Mundos Opostos/ Amor Convergente

Encontro

Já era tarde demais. Castiel já havia posto o pé, de uma forma ou de outra.

Levou poucos instantes para alguns dos soldados o avistar, soltarem rugidos, lançando armas e indo em direção a ele.

Castiel ficou a princípio parado, ainda olhando para Luce, em choque. Somente depois de cinco soldados estarem praticamente em cima de si foi quando percebeu que deveria tomar alguma providência.

Ele somente fez poucos movimentos e um instante depois todos aqueles cinco estavam no chão.

Luce mal o via. Ela aparentava estar em outro mundo, olhando além dali. A cena de luta brusca a poucos metros de si não a fazia mover um músculo se quer.

Castiel a olhava de segundo em segundo. Luce se encontrava do mesmo jeito de quando ele a viu pela primeira vez: linda, misteriosa e em outro mundo. Só que...Havia algo a mais, e Castiel sabia disso, só não saberia dizer o que seria, não naquele momento em que atirava alguns guerreiros para o alto.

Seu corpo lutava contra aqueles homens, ou melhor, somente perdia o seu tempo, mas sua mente... Ela não estava em nenhum outro lugar se não       em Luce..Que estava consideravelmente perto agora.

Castiel só queria que estar perto de seu grande amor e cumprir a sua então  missão não significasse algo tão ruim como naquele momento.

Então ele só começou a andar, andar em direção a Luce. Mas a cada passo que dava, vinham mais e mais soldados em sua direção, e ele somente os mandava para longe, para fora de seu caminho.

Luce somente continuava lá...Imóvel e sem nenhuma expressão facial e sem se quer notar a sua presença.

Foi quando, o que pareceu ser um guerreiro diferente dos outros, que se encontrava agora no chão, começou a gritar sem parar.

"Luce...Luce! O que está esperando?! Faça alguma coisa, faça o que foi feita para fazer...Defender seu reino, matar anjos e..."

Ela não ouviu mais nada além disso. Virou-se imediatamente naquela direção e viu o que sua cabeça jamais permitira imaginar: o anjo, Castiel.

Sua mente estava vaga. Nenhum sentimento, só...Aqueles olhos tão sedutores e familiares quase a permitiram enxergar e lembrar...Mas, tudo foi bloqueado pelo o seu corpo e todas as coisas que acionaram dentro dela. Até seus anticorpos não permitiram se quer entender que ele não significaria algo além de uma coisa tão terrível para si mesma.

Apesar de seu inconciente estar atento a todas as coisas ruins que ela estivera obrigada a pensar assim que visse um anjo, Luce ainda podia ouvir os gritos de im dos guerreiros que ela conhecia a muito tempo, continuando a pedir socorro nesse instante .

Sendo obrigada a olhar a todo o seu redor, a garota se deparou com uma cena nenhum um pouco reconfortante: vários soldados com que ela foi treinada a sua vida toda, no chão, ou até mesmo em árvores. E aquela cena continuava e ainda mais nítida, pois agora ela olhava diretamente para a pessoa que causou e causava tudo aquilo, pois ainda continuava lutando contra os soldados.

De uma coisa ela sabia e tinha que saber de acordo com o que lhe foi implantado: ele era um anjo, e isso significaria que era o seu inimigo.

O fato dele estar arremessando vários guerreiros a todo momento e fazendo isso enquanto ia em sua direção, a deixava com a adrelina a mil, e isso não significava necessariamente algo bom.

Castiel estava perto o suficiente para ela ter que tomar alguma providência, foi então que Luce rapidamente deu uma pirueta no ar para sair do cavalo, ficando um pouco afastada dele.

"Ataque! Ataque..."

Todos estavam eufóricos, e os que podiam, gritavam sem parar essa palavra ou coisa pior.

Luce apenas o encarava sem sequer piscar, parecendo anestesiada.

Castiel estava confuso demais para pensar em outra coisa se não um contato imediato com Luce, então ele resolveu tentar:

-Luce, eu...

O anjo foi imediatamente intorrompido pela própria Luce, que correu em sua direção, pulou e girou, caindo quase acima dele e dando um golpe que o fez ir parar bem longe dali.

Castiel nem sentiu o golpe, apenas levantou a cabeça e olhou em direção a Luce, que estava com uma expressão nenhum um pouco familiar ou boa, mas que agora ele não reconhecia, somente a temia.

E todos começaram a soltar gritos de euforia.