Uma Garota "Normal"?

Capítulo 1

    Faltando uma semana pra eu completar meus 17 anos minha mãe terá que se mudar por conta de seu emprego. As pessoas normalmente ficariam tristes ou desesperadas porque iriam abandonar tudo e todos, mas eu não. Não tenho amigos, nem namorado e nenhum carinho pela minha cidade, pelo contrário, ela só me traz lembranças ruins. Mas eu não era assim, eu tinha um namorado e por incrível que pareça eu tinha amigos, porém , a vida me deu uma surra e me tirou tudo. Tipo quando tu faz uma besteira e sua mãe te bate e te deixa de castigo, por isso você fica com muita raiva, mas daí tu percebe que ela só fez isso para o seu bem. Foi exatamente assim que aconteceu comigo, e no final aprendi que isso foi para o meu bem, eu confiava demais nas pessoas, eu demonstrava demais os meus sentimentos, eu queria que as pessoas me aceitassem de qualquer maneira. Eu, eu, eu e eu.

   Eu pensava que aquele era o meu verdadeiro eu, mas acabei descobrindo eu fazia as coisas para agradar as pessoas. E então eu me fechei para o mundo, algumas pessoas tipo... a minha mãe, diz que eu me exclui demais e que eu não deveria ser tão fechada com as pessoas e que eu deveria ser mais amigável. Mas eu não quero passar por tudo que eu passei novamente. Então vou continuar sendo assim, para não precisar me frustrar de novo.

  E por esse motivo eu não estou triste por me mudar, mas também não estou feliz, eu estou.... normal. "Normal" é a palavra que me define, normal, sem demonstrar sentimentos, sem precisar agradar ninguém, sem paixões, sem me esforçar... enfim, normal.

    Estamos na estrada indo para a nova cidade, ela dirigindo e eu escutando Aerials- System Of A Down, encostada no vidro da janela. Me viro um pouco e observo minha mãe dirigindo. Ela é linda, tem curtos cabelos loiros repicados, tem olhos azuis e sua pele é macia como veludo. E por mais que ela seja linda por fora, por dentro ela é melhor ainda. Ela é simpática com todos, tem um coração enorme e além disso tudo ela é uma guerreira. Não estou falando isso porque é minha mãe, mas sim porque é verdade. Ela me sustentou e me educou sozinha após o meu pai falecer quando eu tinha 3 anos. Eu queria ser mais como ela, poder superar as coisas assim, com facilidade, superar os problemas com uma leveza e tranquilidade que nem parece que enfrentou algum problema. Mas eu não sou assim.

  Depois de tudo que eu passei, agora eu sou mais fechada, não que eu não seja educada com as pessoas, longe de mim, mas é que hoje eu não me preocupo em fazer amigos, em arranjar um namorado. Prefiro não gastar o meu tempo com coisas que não valem a pena, sou sincera até demais, pois não preciso ficar engolindo as coisas para agradar a pessoas. Em resumo, não pareço nada com a minha mãe, nem mesmo a aparência. Tenho longos cabelos pretos, olhos tão negros que não se vê a pupila. Sou bem branquinha e baixa, pelo menos o meu corpo é parecido com o da minha mãe, nossos seios são até legais e a nossa bunda também, não somos magérrimas, mas somos bem magrinhas. Quando nos vêem pela primeira vez, pensam até que somos frágeis, porém desde pequena pratico Muay Thai. No início eu ia as aulas porque minha mãe me obrigava a ir junto com ela, mas depois eu acabei tomando gosto pela coisa. Porém, por conta da mudança, nos paramos de ir às aulas, não que eu ainda não goste, mas nós  entramos em um consenso de que era melhor dar um tempo nas aulas. O que eu quero dizer com isso tudo é que nós somos bem diferentes. Eu devo ser parecida com o meu pai, eu não cheguei a conhece -lo muito bem, até porque ele morreu quando eu tinha 3 anos, mas pelo o que minha mãe diz eu devo parecer muito com ele.

    As fotos são só para vocês saberem mais ou menos com eu imagino elas, mas vocês não precisam seguir esses padrões.
   Bom amores, espero que tenham gostado deste primeiro capítulo. Se gostaram não deixem de interagir por favor! Comentem e dêem estrelinha para eu saber se estão gostando.
    Esta é a minha primeira história, então não reparem nos erros de português <3