✝ Prólogo ✝

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Park Jimin

Eu sempre gostei de ser diferente, meus cabelos eram laranjas e minhas orelhas eram furadas.

Era um dia qualquer no ano passado, eu estava à um passo de ser despejado do quarto/sala/cubículo que eu alugava em um dos subúrbios de Busan e por isso decidi só voltar após o dono do cortiço dormir.

Ou seja, tarde da noite.

Entre os bairros, vários turistas andavam meio perdidos, tentando localizar os hotéis barateiros que existiam na região, alguns carrinhos de comida lucravam com a culinária típica do país e alguns rapazes soltavam gracejos em coreano para, quem sabe, conseguir uma marmita importada para mais tarde.

Foi ali que a encontrei.

Ela estava parada, se escorando na ponte do Rio Nakdong e parecia alheia à tudo que acontecia em sua volta. Lentamente me aproximei e pude ver que seus cabelos eram levemente ondulados e os fios tinham uma cor castanha não tão clara assim.

Ela usava um sobretudo vermelho e uma blusa preta de gola alta que escondia seu pescoço juntamente com o cachecol, as calças estavam mais justas por conta da meia-calça grossa que estava por debaixo e suas botas eram de um estilo punk dos anos 70. Bem diferente das pseudo-lolitas 'ingênuas' que eu pegava por aí.

Ela tinha uma estatura larga, parecia ter a minha altura e tinha quadris um tanto quanto... largos.

Uma porção de Tteok* por seus pensamentos. — sussurrei atrás da mulher, que se virou rapidamente com o nariz vermelho e a testa cheia de pintinhas vermelhas, era visível que ela estava chorando.

— Meus pensamentos não são tão doces quanto Tteok, não é uma boa troca para você. — ela olhou para baixo e sorriu, quando nossos olhares se encontraram a mesma tornou a falar — Meu nome é Anya, e o seu?

— Me chamo Jimin — sorri ao estender minha mão de um jeito ocidental e a mesma riu, a apertando e balançando um pouco.

🍏

— Pensei que todos os asiáticos fossem fechados e não gostassem de falar com estrangeiros. — Anya comia Samanco com uma colher de plástico enquanto olhava de soslaio para mim, querendo uma resposta para a provocação.

— Bem, se você conheceu um coreano e não o achou legal, conheça outro porque esse você conheceu errado. — ela ri de meu pequeno trava-língua e se senta no chão de pedra da praça iluminada, incrivelmente a noite estava abafada e não tinha neve atrapalhando o caminho.

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⏰ Última atualização: Feb 16, 2017 ⏰

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