Capítulo 04

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  —  Sam, não fale muito alto, não quero que Alberto nós escute. —   Ele assume uma postura mais séria. 

—  Ah, seu namorado voador? como se chama? fada tipo o cara fada. —  ele dá uma risadinha de deboche. 

— Eu não namoro. —  reviro os olhos. —  Alberto é meu coelho. — Ele faz uma careta.

—  Que tipo de coelho se chama Alberto? tipo, nome de coelho é Pimpão, Pompom, Algodão. Essas coisas. — bato minhas asas forte de tanto ri. 

— Fada, pelo que eu sei todos os seres que existem se reproduzem de alguma forma, pelo menos os daqui, então como as fadas nascem? Por exemplo vocês se apaixonam e sentem aquele  amor bobo os  consumir? —   Meu coração se contrai. Não conseguir evitar uma sombra de tristeza em meu olhar.

— Sim. —  ele fica com um olhar pensativo. Ele está me examinando.

— Eu sei que você é tipo uma stalker minha. — ele percebeu a confusão em meu olhar e achou melhor se explicar— uma perseguidora? Do bem— ele tentou se retratar— enfim, você me vigia constantemente.  Então deve ter percebido que eu tenho uma leve queda pela minha digníssima vizinha?

— Certo. — Controlo a forte vontade de revirar os olhos, talvez ele não seja tão legal como pensei afinal.

— Então, você não teria uma dica magica —  ele pisca um olho — para me dá? —  não consigo esconder a cara de deboche. — porque tipo você é uma fada, poderia me aconselhar não é? 

— Sim, eu sou uma fada. —  faço uma pausa. —  Fada e não cupido. E além do mais, vocês humanos nem sabem o que é amor. 

— Ah, e você sabe? —  ele pergunta sarcástico. 

— Nós fadas só nós apaixonamos uma vez em toda nossa vida. —  ele faz uma expressão surpresa. —  e vocês encontram o amor verdadeiro pelo menos umas nove vezes por ano.

— Eu sei que é isso que você pensa, e talvez até seja, mas eu nunca disse que ela era meu amor verdadeiro, também não disse que não é. —  ele faz uma cara meio abobalhada.—  mas de alguma forma eu tenho  que descobrir isso não é? mas diz, como vocês sabem que estão apaixonados e como é isso?

Eu coro um pouco antes de responder lembrando da sensação do toque dele.

—  Quando tocamos na ponta dos dedos do nosso amor verdadeiro, criamos uma ligação perpetua e a partir daquele momento você descobre que em algum momento da sua vida você vai se apaixonar por está fada. —  ele está com seu olhar curioso. —  mas não é sobre isso que quero falar, eu estive pensando, as fadas superiores disseram que um livro que eu quero muito ler está na biblioteca, mas não está. Você acha que meus superiores estariam mentindo para mim, para que eu não soubesse do conteúdo deste livro?  

— O assunto do livro é peculiar? quero dizer, é um assunto delicado que envolva coisas consideravelmente sérias? —  ele parece ansioso para saber o assunto.

— Sim. —  afirmo. Ele pensa por um instante e depois responde.

— Pessoas ignorantes são fáceis de serem manipuladas. —  ele faz uma pausa. —  mas quando você adquiri sabedoria, não importa onde esteja, ou que façam com você, eles nunca poderão te tirar isto. Então sim, eu acho que eles mentiriam para você. — Alberto me grita. 

—  Sam, depois nós falamos, Alberto está vindo e ninguém pode saber que você pode me ver e me ouvi. Adeus Sam. —  ele parece decepcionado. — prometo te contar mais depois. —  ele sorri.

— Adeus fada. —   Eu fecho o véu.

 E por mais que eu odeie confessar, meu coração acelera tanto que fico com medo que os outros escutem ele bater. Alberto aparece pulando em minha frente. 

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