Prefácio

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   Começou a garoá ao entardecer daquela sexta-feira,o dr. Ciro estava a se despedir de sua ultima paciente do dia,sra. Marta.Após sair a senhora bate a porta com força.Ele olha para o relógio de pulso para se certificar de que esta na hora de fechar,a mesma porta de que a senhora saiu se abre novamente.

-Essa foi a ultima dr.Ciro?-Disse sua secretaria,Anna.

-Sim senhorita,foi a ultima.-Ele se levantou e andou ao encontro da moça que estava de pé com metade da porta aberta.-Prazer,eu não pude falar com a senhora direito ontem,eu sou Ciro.

Anna da uma risada e entra por completo na sala,seus olhos escuros estavam olhando firmemente ao encontro dos de Ciro.

-Eu sei quem é o senhor,pode me chamar de Anna,odeio que me chamem de senhora.-Ciro da uma gargalhada alta e então pega na mão dela e da um beijo.-Ta bom,Anna.-Ele solta a mão dela e volta a sua mesa para terminar de arrumar as coisas.-Vejo que já se organizou bem.-Anna já estava a sair da sala,então interrompeu o movimento da porta,e balançou a cabeça concordando com Ciro.

Apos arrumar todas as coisas de sua sala,Ciro apaga a luz e vai ao encontro da moça arrumando suas coisas no balcão,na entrada da clinica.

-Já terminei la dentro,a senho...Anna você quer uma carona? ir até o metro debaixo dessa chuva vai ser difícil.

-Tudo bem,eu consigo chegar lá,não quero incomoda-lo.-Ela fecha a gaveta coloca a mochila nas costas e vai até a porta,ao olhar para chuva forte pensou melhor na proposta feita por Ciro.

-Bom se puder me deixar próximo do metro vai ser bom.-Ciro da uma risada.

Apagaram as luzes trancaram a clinica e entraram no carro.Era um carro do ultimo semestre,muito bem limpo e cuidado.

Dr. Ciro fazia questão de ser cavalheiro com Anna.Assim abrindo a porta para que ela pode-se entrar,dirigiram por cerca de duas quadras até chegarem próximo de um lanchonete.

-Estou morto de fome,que tal agente comer alguma coisa?

-Na verdade estou com um pouquinho de pressa...

-Ah Anna,por favor-disse ele a interrompendo-tenho certeza que sera o melhor hambúrguer da sua vida.

-Não como carne!-Anna disse,com firmeza

-A lanchonete sabia disso,por isso hoje é a sexta da salada.

Os dois riem juntos,ate que ela diz:

-Tudo bem,mas eu pago!

Ele dirige até o Drive thru,e fazem o pedido.

-Boa noite,o que vai querer dr. Ciro?-Pergunta atendente da lanchonete.

-O de sempre Dianna.-Ciro sempre vai até a lanchonete apos sair da clinica,por isso conhece os funcionários.

-Sanduíche com bacon,refrigerante de laranja e uma porção grande de batatas.- Diz Dianna,em voz alta para que as pessoas da cozinha possam ouvir e montar o pedido,Ciro da uma piscada para Anna e cochicha:

-Pode deixar que o meu é por minha conta.

-E a senhora vai querer o que?-pergunta Dianna,olhando para Anna.

-Bem,eu gostaria de um sanduíche vegetariano com um suco de maça e uma salada media.

Apos anotar e dizer em voz alta o pedido a atendente da lanchonete diz:

-Por favor Ciro,dirija-se a cabine 3,pois cabine 2 esta interditada,Bom apetite ao casal.

Ciro da uma risada e prossegue a cabine 3.Havia um carro parado recebendo seu pedido,eles teriam que esperar.

-Sabe Anna até entendo o erro da Dianna...nos formamos um belo casal,não acha?

Envergonhada,Anna responde:

-Olha dr. você é bonito,um homem atraente,mas acho que você esta confundindo as coisas.

Ciro chega mas perto do rosto de Anna e diz bem próximo de seu ouvido.

-Me ame somente essa noite,Senhorita.

Ele da um beijo na moça,ela parece aceitar por um tempo,até que recua afastando a cabeça de perto dele.

-Eu namoro.-Diz Anna tirando a mão dele que esta em sua perna.

-Ta bom,me perdoe.-Ela balança a cabeça em concordância,eles ficam alguns minutos esperando até que o carro finalmente sai.

-Anna? - ao virar o olhar a procura do de Ciro,percebe que ele esta mais perto do que o esperado,ele pucha os cabelos castanhos dela e a beija a força,de sua jaqueta preta ele tira um punhal encravando-o no sei da moça,sem força para poder gritar,a unica reação que ele podia ter era um ultimo suspiro.Ciro tira a jaqueta e a cobre,tampando o sangue em sua blusa,fecha seus olhos e encosta sua cabeça no vidro do carro,quem olhar vai achar que a moça adormeceu,ele limpa a mão e avança ate a cabine,da bolsa da moça ele tira o dinheiro e o entrega para o homem que em seguida entrega os pedidos,ele fecha o vidro e vai embora.

Ciro dirige por cerca de uma hora e meia por uma estrada que passa por cima de penedos,as ondas fortes colidindo com as paredes faziam barulhos mais altos do que os dos pingos da chuva sobre a lata do carro,após deixar essa estrada dirigiu por mais meia hora até chegar na fazenda de seus pais,que depois de suas mortes ele a herdou.

Não ha animais na fazenda,apenas um enorme celeiro e uma casa.A chuva já estava ficando mais fraca,a lama que ela fez no chão próxima a entrada do celeiro iria atrapalhar os planos de Ciro.

-Anna,você se importa se eu te sujar um pouquinho?-ele ficou em silencio-E mesmo se ligar,eu vou te sujar.

Ele abriu a porta onde ela estava,fazendo ela cair na lama,ele saiu do carro deu a volta ao encontro corpo,a pegou pelos braços e a arrastou para dentro do celeiro,havia uma escada que levava até um tipo de porão,o chão era de barro,ascendeu a luz pegou uma pá e cavou um buraco,tirou a roupa de Anna e jogou o corpo dentro do buraco e o tampou.

Assim ele fez por dois meses até encontrar o seu único obstaculo.Sophia.

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