Conde
Quando Carlos invadiu o meu quarto dizendo que queria me dizer uma coisa muito importante, quase não dei importância até ele dizer que era sobre o Prefeito.
- Levanta Conde. – ele diz.
- Olha cara, gosto de você como um amigo, mas não se comporte como se fosse a minha mãe.
- Há quantos dias você não faz essa barba. Anda tomando banho?
- Cala a boca. - digo tacando o copo de Bourbon nele.
- Você bêbado fica com uma péssima mira. Se você quer derrotar o seu irmão ficar aqui deitado nessa cama olhando para o teto não vai ajudar em nada.
- O que quer? – digo sem paciência.
- Primeiro que tome um banho e se vista adequadamente depois conversamos. E joga essa foto fora, não vai trazer ela de volta. Até porque ela não quer voltar.
Levanto-me com calma e chego perto dele e o pego desprevenido pelo pescoço e o aperto.
- O que tá fazendo cara?
- Nunca mais abra a sua boca pra falar Ayla esta me ouvindo? – digo apertando cada vez mais o seu pescoço.
- Me solta. – ele diz me empurrando – Olha aqui, eu também perdi a minha mulher por culpa do seu irmão e eu sei que ficar olhando a foto dela não vai traze-la de volta. E ainda mais porque a sua não morreu e sim te largo.
- Cala a boca. Para de falar.
- Parece uma menina falando.
Sei que ele tem razão, ela não vale nem o chão que pisa. Ela me abandonou pra ficar o meu irmão que poderia dar a ela todas as regalias e luxos que ela adora.
Não deveria ficar aqui me lembrando de tudo o que passei com ela, mas é mais forte do que eu.
Caminho até o meu guarda roupa e pego algo pra vestir depois do banho. Deixo a barba um pouco rala como se fosse meio sem fazer.
Saio apenas de boxer e vejo o Carlos vasculhando a mesinha a onde guardamos as provas que podem levar o meu irmão pra cadeia.
- O que procura?
- Tem uma garota nova no abrigo. – ele diz mexendo nos papeis enquanto eu seco o meu cabelo.
- Já tocou a Olivia?- digo pegando a calça jeans preta e vestindo a mesma.
- Nunca, mas essa garota que chegou lá é diferente das outras. Ela não entrou lá pelo mesmo motivo que as outras. O prefeito pediu pra que eu cuidasse dela e ela não teve o mesmo tratamento das outras, tem algumas regalias que ele mesmo não permite.
- Quer dizer que ela tem preferencias? – falo abotoando a camisa branca.
- Ela chegou lá totalmente dopada com um tipo de sedativo muito forte. Pelo o que os investigadores descobriram pela amostra de sangue que eu recolhi dela ela foi envenenada.
-Como assim?
- Ela chegou lá através de uma mulher loira que a deixou jogada na porta da casa como se fosse um saco de lixo.
- E isso te comoveu! – digo calçando os sapatos.
- Também, mas ela lutou contra o veneno e sobreviveu e também esta cursando medicina.
- Já entendi você quer que ela te ajude a matar mais alguns não é? – comento vestindo o casaco e arrumando a manga da camisa.
- Para pra pensar, nós já esperamos muito tempo.
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Será Que Vou Te Encontrar?
Teen FictionMariana é uma jovem simpática e extrovertida, que junto com as amigas Natasha e Daniela aproveita a vida em quanto pode. Filha de uma família tradicional carioca é obrigada pelos pais a fazer algo que não estava em seus planos para o futuro. E tudo...