Em 2010, a Disney Channel estreou um show chamado "Boa Sorte, Charlie". Esse programa rapidamente se tornou popular, e uma febre entre pré-adolescentes e crianças. Apesar de ter um humor muito variado, eles parecem gostar do show. Mas o que você talvez não saiba é que o programa foi escrito originalmente com uma premissa muito mais sombria.
Era 2006, e eu tinha terminado minha faculdade e recebido meu diploma em Produção de TV. Eu estava ansioso para fazer um nome pra mim, para que eu pudesse iniciar uma carreira de sucesso para a vida toda. Eu me candidatei a uma vaga em locais como a Nickelodeon Studios, Orlando e WGN, mas fui rejeitado em muitos lugares. Pouco tempo depois, eu recebi uma ligação. Era da Disney Studios de Burbank, CA. Eles me disseram que tinham uma vaga para estágio disponível, se eu estivesse interessado. Eu fiquei um pouco desapontado por isso ser tudo que eles queriam de mim, mas eu aceitei, pois já era um bom começo. Podia ser pior, não é? Não. Eles me contrataram e eu fui para a Califórnia para começar meu novo emprego.
Eu trabalhava no terceiro andar, como estagiário do diretor executivo da empresa. Ele dava as ordens, mas raramente estava por perto, então meu trabalho era mais fácil que eu imaginava. Algum tempo depois de ser contratado, eu ouvi que eles tinham que começar a preparar novos shows, pelo fato de que Miley e as outras estrelas do canal estava crescendo e logo perderiam o interesse em fazer programas infantis. Eles precisavam de um plano reserva quando isso acontecesse. A Disney chamou alguns dos melhores produtores para criarem o novo programa de TV do canal. Fiquei muito animado ao ouvir isso, por um momento parecia ser minha grande chance de mostrar o grande escritor que eu era. Eu queria fazer um nome para mim, só não sabia como. Então eu desisti e voltei ao meu cargo de estagiário.
Na metade de janeiro de 2008, enquanto pegava café para o meu ditador em forma de chefe, eu notei uma porta entreaberta com um aviso de "Não Perturbe" nela. Minha curiosidade me venceu e eu entrei silenciosamente na sala. Havia uma sala de espera e uma sala de reunião principal. Eu permaneci na sala de espera, ouvindo através da porta. Acabei descobrindo que se tratava de um encontro privado com 25 pessoas. Comecei a imaginar o que elas faziam ali, e continuei prestando atenção. Uma mulher ficou de pé e anunciou que a reunião continuaria depois de um rápido intervalo. "Então é isso!" Eu pensei. "Os produtores estão discutindo sobre o novo seriado!" Enquanto os homens saíam um por um, eu me escondi no banheiro para não ser visto. Saí e me misturei da melhor maneira que pude. Um homem me viu sair e concluiu que eu era da comissão criativa. Ele me disse que eu havia perdido a introdução e que deveria voltar lá para dentro, pois seu chefe não se importava com atrasos. Aparentemente, um membro da comissão criativa não havia aparecido, e eu podia tomar seu lugar na reunião. Eu obviamente estava ansioso. Eu sempre havia imaginado o que acontecia nessas sessões de apresentação de novos programas. Talvez esse fosse um começo pra mim. Não.
Quando todos voltaram à sala, dois homens estavam preparando a apresentação de uma história. Seus nomes eram Phil Baker e Drew Vaupen. Eu reconheci seus nomes porque eles trabalharam em alguma sitcom do ABC, mas não mais que isso. Eu entendia por quê a Disney os havia chamado para esse trabalho. Eles começaram explicando que o público da Disney era formado essencialmente de crianças, e que eles deviam tentar atrair uma audiência "mais velha". O Sr. Vaupen começou a explicar a história. O programa originalmente se chamava "Com Amor, Teddy", o qual vocês podem ou não conhecer. "Começamos com uma adolescente de 16 anos chamada Teddy Duncan. Ela tem tudo, popularidade, um namorado, boas notas e tudo mais. Mas o que acontece quando decisões mal feitas levam isso tudo embora?" Eu senti a tensão na sala, eu quis sair mas estava curioso para saber onde aquilo ia dar.
"Um dia, nossa querida Teddy está indo pra casa a pé, tarde da noite, voltando da casa de uma amiga, quando é abordada por um homem estranho. Ele a convence de que sua filha está machucada e de que ele precisa de sua ajuda. De bom coração, Teddy concorda em ajudá-lo e vai com ele, grave erro. Ele a sequestra, a espanca brutalmente e por fim a estupra e a deixa na rua para morrer. Ela recobra a consciência e volta para casa com hematomas por todo o seu rosto. Ela diz aos pais (ainda com os nomes Amelia e Robert Duncan) que foi violentada e que precisa de ajuda. Eles não acreditam nela, imaginam que ela havia saído para beber e a punem por mentir. Duas semanas depois, ela descobre que está grávida. Devastada, ela corre para os pais achando que eles vão ajudá-la. Em vez disso, eles ficam furiosos. Mas sendo cristãos rigorosos, eles a proibem de fazer um aborto. Então eles concordam em fingir serem os pais biológicos da criança, sob a condição de que Teddy seja educada em casa para não causae vergonha à família. Nove meses depois, quando a criança (então Grace Duncan) nasce, Teddy fica de coração partido por saber que sua filha jamais saberá o quanto ela a ama, já que seus pais proibiram qualquer contato direto entre as duas. O foco da série será Teddy escrevendo cartas para a filha e tentando manter um relacionamento a distância com Grace, enquanto tenta reconstruir o que sobrou de sua vida".
Todas as cartas deveriam começar com "Querida Charlie", e terminar com "Da Sua Mãe Que Te Ama, Teddy."
Ele começou a explicar alguns detalhes da série, como por exemplo como seus pais eram emocional e fisicamente abusivos, ou como as coisas haviam mudaram quando ela voltou para a escola (seu namorado a trocou por outra, e todos se esqueceram dela). Ela fica amiga de uma garota afroamericana gordinha chamada Ivy Wentz, que sempre a coloca em todo tipo de problema (o que era possível graças ao horário do programa). Com Amor, Teddy devia se passar nos anos 60, mas eles não especificaram onde. Também não houve menção a seus irmãos PJ e Gabe, ela originalmente era filha única. O seriado foi planejado para ser extremamente sério e muito mais sombrio do que qualquer coisa com que a Disney pudesse sonhar... A apresentação havia acabado e eu estava estarrecido, assim como o resto das pessoas. O chefe da comissão rapidamente descartou a ideia e calmamente pedi a todos que se retirassem. Só então eu lembrei do café do diretor executivo. Me descobriram e eu fui demitido não muito tempo depois.
Em 2010 eu voltei à minha cidade natal e consegui um emprego escrevendo shows infantis para a rede de TV local. Nada muito grandioso, eu sei. Quando meu colega de quarto ligou a TV no Disney Channel, estava passando Boa Sorte, Charlie e eu não acreditei no que vi. Eu percebi que aquela.era uma adaptação da história que me foi apresentada quando eu era estagiário. Liguei para um velho amigo do estúdio e ele me disse que a Disney acabou usando a ideia. Ele me disse que os executivos e produtores mexeram tanto nele que acabou se tornando uma sitcom de nível normal. Ele me contou que o script original foi totalmente mudado.
No entanto, a Disney chegou a gravar o episódio piloto de Com Amor, Teddy. Ele apresentava a maior parte do elenco atual, à exceção de Jason Dolley e Bradley Steven Perry, que não foram incluídos no programa até a premissa ser reescrita. Muito poucas pessoas chegaram a ver o piloto original, pois ele foi, pouco tempo após ser produzido, trancado no que é conhecido como "O Cofre".
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(apenas uns pack de episódios perdidos hehehe)
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łCreepypastas ł
HorrorOlá! Amantes do Terror, como tem passado esses dias, estão lendo muitos livros..? Espero q sim (risos) Estou mandando mais um livro aqui só que dessa vez um pouco diferente do outro... Vamos conhecer mais sobre o mundo sobrenatural... Quem ai não g...