2. Paris é real.

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- Minha ajuda?

A voz de Louis não passou de um sussurro, nada estava fazendo sentido. Talvez aquele homem tivesse fugido de um hospício e queria apenas se esconder então resolveu contar uma história qualquer.

- Sim.

O homem respondeu simples enquanto caminhava até a porta de seu quarto para fechá-la. Louis deu mais um passo para trás encostando-se em seu guarda-roupas.

- Sente-se, é uma longa história.

O de olhos verdes apontou para cama, e tremendo sentindo o medo em toda parte de seu corpo, Louis andou a passos pequenos e rápidos se sentando o mais longe possível daquele estranho.

- Em primeiro lugar, gostaria que, durante essa conversa, você mantenha sua mente aberta. Pode parecer loucura no começo, mas é extremamente importante que você acredite em mim.

A mente de Louis gritava por socorro, imaginando várias maneiras de fugir dali. Seu peito subia e descia de uma maneira frenética, mostrando todo seu nervosismo. O outro sentou na cama, fazendo o colchão dar uma leve afundava, estava a uma distância que Louis considerava ainda segura.

- Eu vim de um lugar distante, um lugar que antes, poderia ser considerado como paraíso, mas está entrando em colapso.

As feições do homem eram sérias, não demonstrava nenhum tipo de brincadeira de sua parte. Seus olhos verdes brilhavam sob a luz do quarto de Louis, suas bochechas em um tom claro de vermelho, provavelmente por conta do frio, pensou Tomlinson.

- Para resumir toda a história, tudo de ruim que está acontecendo aqui na Terra, todo o mal que o ser humano está causando, tudo isso terá uma consequência devastadora se continuar.

O outro levantou assustando Louis que se encolheu em sua cama. Seus olhos assustados não desgrudavam do homem. O de olhos verdes achou adorável, o garoto parecia um coelho com grandes olhos azuis e indefeso.

- Como eu disse, esperei e procurei por você por um longo tempo. Você é o único que pode nos ajudar. Ajudar a salvar não só a humanidade, como outros quatro reinos.

- E-eu não estou entendo.

Louis se encolhia mais a cada palavra daquele estranho em seu quarto. Que discurso maluco era aquele de salvar reinos? Que a humanidade corria perigo? Era loucura. Talvez ele realmente fosse um louco que fugiu de um hospício e decidiu invadir seu quarto.

- Achei que fosse mais esperto Louis.

Tomlinson viu o corpo do homem vibrar com a risada que escapou de seus lábios. Covinhas se formaram nas duas bochechas que não passaram despercebidas por Louis.

- Eu sei. É difícil de processar, mas vou lhe dizer tudo que precisa saber. Mas antes, para acreditar em mim, vamos dar um pequeno passeio.

A grande mão de Harry foi estendida para o garoto encolhido na cama. O de olhos verdes sabia que seria difícil de conquistar a confiança de Louis, mas ele precisava tentar e conseguir.

- Muita coisa para digerir em pouco tempo, eu sei. Mas por favor, confie em mim.

A voz do homem não passava de um sussurro. Louis começou a erguer sua mão lentamente e levá-la até a do outro. Talvez aquilo fosse um sonho, tudo era louco demais para ser real, então não lhe custava nada segurar a mão de um desconhecido e ir sabe-se lá para onde. Quando suas mãos se encontraram, Harry puxou delicadamente fazendo o outro se levantar.

A mente de Louis gritava, perguntando o que ele estava fazendo, mas seu coração confiava naquele estranho, dando coragem suficiente para deixar ser guiado até a sacada de seu quarto.

Brave Heart || l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora