Meu vizinho não tem vergonha na cara.

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(anexo acima é o do Ruan o vizinho de Beatriz.)

Caminho pra casa depois de encontrar alguns amigos, vejo um caminhão de mudança enfrente a casa que fica exatamente ao lado da minha, minha curiosidade da saltos de alegria para saber quem é o novo vizinho.

Já entrei escondida naquela casa muitas vezes pra saber que o quarto principal tem uma janela bem grande que fica de frente pra janela do meu quarto que é mediana. Penso em manter minha janela fechada por um bom tempo, mas essa ideia logo vai embora quando lembro que na minha cidade faz muito calor a noite durante o verão.

Abro a porta e entro, na sala vejo meu pai e meu irmão assistindo futebol, aqui em casa e na escola todo mundo sabe que meu amado irmão mais velho é gay, mas isso nunca mudou a forma como nos sentimos. Foi um pouco complicado pros meus pais, mas tudo está bem agora. Subo pro meu quarto, pego um shorts e uma regata azul e vou ao banheiro. Depois do banho tomado, minhas higienes cuidadas, e trocar de roupa volto ao meu quarto e sento no pequeno sofá que é da altura da minha janela, pego Cinquenta Tons de Cinza e começo a ler, mas, infelizmemte, sou interrompida por alguém. Me viro e dou de cara com um homem muito,muito,muito, mais muito gato.

- Posso ajudar em algo? - pergunto suavemente. Aquele homem é muita áreia pro meu caminhãozinho. Um sorriso tremendamente sexy surge em seu rosto. Tento controlar as batidas do meu coração.

- Você poderia me emprestar uma frigideira? - a voz desse homem devia ser usada como serviço grátis de sexo por telefone. Aceno em afirmativa.

- Deixa eu buscar. Já volto. - digo com um sorriso. Nossas janelas não eram muito longe uma da outra, na verdade eram perto demais. Desço as escadas calmamente como se minha mãe fosse negar uma frigideira pra um deus grego desse. Na cozinha vejo dona Paula cortando os temperos do feijão que ela vai cozinhar.

- Mãe a senhora poderia emprestar uma frigideira pro vizinho. - digo com voz manhosa.

- Claro que sim. - diz e me entrega a frigideira. Mas ela acha de me interrogar justo agora. - Filha, como é o vizinho?

- Gato. - respondo com sinceridade.

- Muito gato?

- Até demais.

- Que idade ele tem?

- Não sei, só que ele é bem mais velho do que eu, mas se a senhora quiser realmente saber convida ele pra jantar.- digo. - O rapaz tá esperando deixa eu levar isso logo.

Subo pro meu quarto e sento no pequeno sofá, entrego a frigideira pra ele.

- Obrigada, prometo que a devolvo inteira. - diz.

- Não é pra tanto. - respondo meu sem graça.

- Mas me diz uma coisa. - ele pede. Seus olhos verdes se prendem nos meus olhos castanhos.

- O que? - pergunto.

- Por que você está lendo Cinquenta Tons de Cinza, sendo que esse livro é proibido para menores?- pergunta. Seu olhar se torna malicioso.

- Porque eu estava curiosa. - digo sinceramente. - E porque no fundo acredito que o amor pode nascer em qualquer situação. A Anastasia e o Christian, eles começam com um simples acordo de Dom e Submissa, mas no decorrer do segundo livro eles descobrem que querem muito mais do que uma simples relação de BDSM.

- Então por que está lendo o primeiro? - pergunta exasperado.

- Porque eu não li na ordem. Só li o segundo livro achando que era o primeiro. - respondo. Seu rosto demonstra choque e surpresa.

O Safado do Meu Vizinho. Onde histórias criam vida. Descubra agora