Capítulo 10 - Não sou as putas que você come.

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Fiquei um tempo sentada no chão do banheiro tentando me recuperar. Minha cabeça doía e meu estômago estava deplorável. Me levantei finalmente e fui tomar um banho, eu não ficaria ali chorando por um filho da puta não, aconteceu. Não posso voltar atrás.

Quando sai do banheiro voltando ao quarto decidi colocar uma roupa folgada, um shortinho de pano simples que ficou um pouco agarradinho no meu corpo e uma blusinha regata azul, coloquei as sandálias e soltei os cabelos. Estava cedo, eram quase sete da manhã e provavelmente só os empregados estavam acordados. Desci as escadas encontrando Dandara na cozinha.

— Bom dia! — disse assim que ela se virou.

— Bom dia senhora Alícia. — ela sorriu.

— Sem o senhora Dandara, só tenho dezesseis anos. — ela sorriu.

— Está com fome senh... q-quer dizer, Alícia? — sorri assentindo.

— Prepara um achocolatado pra mim? — pedi me sentando na mesa da copa e ela assentiu.

Peguei meu celular e fiquei mexendo enquanto Dandara fazia a comida, olhei quem estava online e ninguém que eu conhecia. Bufei colocando o celular na mesa, essa casa estava ficando cada dia mais chata, não tinha nada para fazer, e olha que não havia passado nem uma semana que eu estava aqui. Lilly e Steph nunca mais deram sinais de vida, precisava sair, precisava respirar um ar diferente, precisava...

— Aqui está Alícia. — Dandara colocou um prato de panquecas com meu achocolatado na minha frente me tirando dos meus devaneios.

Agradeço com um sorriso e peguei o mel colocando mas panquecas. Pela cara deveria estar uma delicia, comi tudo num instante, depois Dandara ainda me serviu um pouco de salada de frutas, disse que eu precisava comer na minha idade. Desse jeito eu iria acabar engordando com Dandara me tratando daquele jeito. Coloquei meu prato na pia e a ajudei a lavar a louça mesmo ela dizendo que não precisava.

Quando terminei de lavar os pratos comecei a secar para guarda-los, estava entretida quando escutei passos vindo até a cozinha, e estremeci assim que ouvi a voz que soou em seguida.

— Faz um café pra mim. — a voz rouca não negava quem era. Olhei de relance vendo Justin se jogar na cadeira da mesa da copa. Ele estava de ressaca, era fato.

— Sim senhor Bieber. — Dandara disse recolhida, como se tivesse medo dele. Terminei o que estava fazendo e me despedi dando um beijo na bochecha dela.

— Ei. — estava saindo quando ouvi Justin me chamar, me virei o encarando. — Minha mãe já acordou?

— Não sei. — disse simples voltando ao meu caminho de origem.

Subi as escadas voltando para o meu quarto. Decidi tomar um banho de Sol já que o dia estava lindo. Tirei aquela roupa e coloquei um biquíni e uma saída de banho, peguei meu óculos de Sol, meu celular e meus fones e desci novamente as escadas indo até a área de serviço. Me sentei em uma espreguiçadeira colocando os óculos de Sol e os fones.
Liguei o iTunes e a primeira música que deu play foi Treat You Better. Sorri aumentando o volume, adorava aquela música.

Passei a manhã toda me bronzeado naquele dia maravilhoso, estava ansiosa para ver a marquinha que havia ficado em mim. Mas aquele Sol todo havia me dado sede então decidi ir até a cozinha para tomar um refresco. Quando entrei não havia ninguém na cozinha e nem na casa, estranho. Pattie provavelmente havia saído e achando que eu estava dormindo não tinha avisado. Dei de ombros.
Abri a geladeira tirando uma jarra de suco e fui em busca de um copo.
Os copos eram guardados nos armários de cima só que eu não tinha altura para buscá-los então fiquei pulando que nem criança tentando pegar um.
Quando estava quase desistindo senti uma mão firme segurar minha cintura e um corpo atrás de mim ser erguido pegando o copo que eu queria, enquanto fazia isso pude sentir o cheiro de longe de Justin, e ele havia feito questão de me encoxar também.
Justin colocou o copo na minha frente não deixando de cheirar meu pescoço.

— Obrigada. — disse simples me afastando de Justin enquanto colocava um pouco de suco no copo.

— Por nada. — ele disse rouco perto do meu ouvido fazendo os pelos do meu corpo arrepiarem.

Comecei a tomar meu suco na minha quando novamente senti as mãos dele rodearem a minha cintura me puxando para si. Ele começou a beijar e mordiscar meu pescoço me imprensando na bancada da cozinha, quase me engasgava com o suco quando ele começou a fazer essas coisas.

— Com licença. — disse tentando me afastar daquela pegada.

— Não fala mais comigo porque? — ele disse com aquela voz rouca e sedutora enquanto me segurava firme pela cintura. Me virei para encara-lo, seus olhos estavam escuros de desejo.

— Oi? — perguntei sem entender. — Que intimidade é essa que eu não te dei? — disse tentando me soltar mas ele me prendia firme. Justin riu.

— Tem certeza que não me deu? — ele sorriu safado apertando minha bunda. — Não era o que parecia enquanto gritava de prazer com as pernas abertas pra mim. — corei violentamente.

— Foi um erro. — disse seria. — Te garanto que não vou mais abrir as pernas pra você. — o empurrei conseguido sair dos braços dele.

— Alícia, Alicia, não seja ingênua... — ele começou vindo até mim. — Nós dois sabemos que isso. — ele apontou para mim e depois para ele. — Vai acontecer mais vezes.

Foi minha vez de rir.

— Não mesmo! — retruquei.

— Você pode dizer que não... — ele me puxou com força fazendo meu corpo colidir com o dele me fazendo arfar. — Mas seu corpo diz outra coisa. — ele voltou beijando meu pescoço e eu fechei os olhos, estava começando a ficar excitada. Não! Eu não poderia parar na cama dele novamente e depois me sentir usada e um lixo como hoje de manhã. Não mesmo! O empurrei novamente só que com um pouco a mais de força, ele quase não saiu do lugar mas fez seu braço se chocar com o copo que eu tinha bebido o fazendo cair e se espatifar no chão. Ele me olhou incrédulo. — Qual o seu problema? — ele perguntou com raiva, por pouco o copo não caia em cheio no pé dele.

— Sai de perto de mim Bieber! — falei mandona e ele riu. — Eu não sou as putas que você come.

— As putas que eu como? — ele perguntou rindo.

— Não te dou esse tipo de liberdade! Então me deixa em paz. — estava prestes a me virar mas ele puxou meu braço com força me fazendo encara-lo.

— Eu já falei pra você não falar comigo assim... — ele rosnou.

— Vai fazer o que? Me bater? Acabar comigo? Me matar? Mata! Puxa essa arma que você carrega na cintura e acerta um tiro bem na minha cabeça. — o desafiei.

— Não tem medo de morrer garota? — ele me imprensou na parede me olhando com um olhar meio macabro.

— E quem vai me matar? Você? — ri. Eu estava realmente pedindo pra morrer.

— Eu mesmo. — senti uma coisa gelada na minha a barriga, olhei para baixo e era uma arma. Estremeci. Ok, agora eu estava com medo. Não tinha ninguém em casa, ele podia fazer o que quisesse comigo. O encarei. — Sabe qual é seu problema Alícia? — ele disse subindo aquela coisa gelada pelo meu corpo. — É que você ainda não tem medo de mim, mas isso vai mudar. Eu vou te fazer andar na linha. Vou fazer você me respeitar, porque comigo é assim, ou me respeita ou sai dessa pra melhor... ou pior. — ele riu com maldade. — Aprenda Alícia, aprenda. Não sou qualquer moleque que você faz de parceiro, você não sabe o que eu posso fazer com você. — engoli em seco. — Eu só não acabo com tua raça agora porque você está tão assustada e medrosinha, que seria até covardia fazer alguma coisa contigo. Mas saiba que pra vagabunda que nem você, meu pavio é sempre muito curto e comigo é mais quinhentos. — ele me soltou e saiu me deixando estática na cozinha. Sentia as lágrimas descerem pela minha bochecha. Eu realmente estava com medo dele agora.

CONTINUA...

Soul Criminal [Justin Bieber Fanfic]Onde histórias criam vida. Descubra agora