The End

Primeiros Sintomas

Na manhã seguinte noto que meu pai adquiriu olheiras. Estamos sentados ao ar livre, ele brinca com meu irmão jogando um bumerangue. Noto também que ele pigarreia a todo instante. – Pai o senhor está se sentindo bem mesmo?

- Claro querida, não poderia estar melhor. – ele sorri para mim e começa a tossir novamente. – Não... se... preocupe.- ele diz entre as tosses e vai atrás do bumerangue que caiu para o outro lado.

Avisto Josh do lado oposto onde estou, observando algumas pessoas tomando banho no lago. Levanto e vou até onde ele está. – Dia bonito, não acha?- sorrio para ele.

- Com você ao meu lado ele se torna mais bonito ainda. – ele beija meus lábios. Tenho certeza que fiquei vermelha, não consigo segurar o sorriso. – O que acha de nós tomarmos um banho aqui também?

- Sabe Josh, acho que seria uma ótima idéia. Vou trocar de roupa e já volto. – Beijo-o e saio para trocar de roupa.

Ao entrar no quarto minha mãe sorri para mim, como se estivesse insinuando alguma coisa. – Eu vi vocês dois ainda agora. Saiba que achei-o um ótimo menino.

- Obrigada mãe. – sorrio para ela, dando um beijo em sua testa e sigo para o banheiro.

Volto e lá está Josh, me esperando em frente ao lago.

- Vamos? – ele segura minha mão e vamos para água. Ao colocar meus pés nela, arrepios percorrem meu corpo e solto um suspiro. Estava bastante fria. – Ta muito fria, minha nossa.

- Ah, vamos logo, só entrar de uma vez. – Josh da uma pequena corrida entrando no lago e mergulha. – Wow! Viu? Tem que ser de uma vez!

- Estou me acostumando com a temperatura. – ando mais um pouco. Até Josh jogar água em mim. – Ei! Assim não vale! – corro em direção a ele. – Então vai ser assim? Ótimo. – nós rimos enquanto tento afundá-lo. Ele me segura e quando estava prestes a me jogar na água, uso minha perna para derrubá-lo e caímos juntos. Voltamos à superfície, rindo e jogando água um no outro. Josh me puxa para perto, passando seus braços pela minha cintura. – Tudo isso está valendo muito a pena, por sua causa. – ele me beija.

- Digo o mesmo sobre você.

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Acordo no meio da noite com o barulho da tosse do meu pai. Levanto a cabeça para conseguir achá-lo na escuridão. Minha mãe acende o abajur, a aparência dele está pior ainda. Suas olheiras estão mais fundas, seu rosto ficou pálido e ele treme.

- Meu Deus! Daniel você precisa ir ao médico agora! – minha mãe levanta rápido da cama, faço o mesmo. Harry acorda com todo esse barulho.

- O que ta acon... papai? – Harry da um pulo da cama enquanto minha mãe levanta meu pai e o ajuda a ir em direção à porta.

- Harry meu amor vem aqui comigo. Vai ficar tudo bem ok? – Beijo sua testa enquanto ele me abraça, com um olhar preocupado. Seguimos todos para área médica.

Chegando lá, todas aquelas pessoas que estavam com essa tosse estão presentes. Aquele senhor que parece ser mais velho que meu pai já está sendo atendido, parece que seu caso é mais grave. Podemos escutar alguns barulhos vindo de uma das salas, ele faz uns sons esquisitos entre as tossidas. Sei que é esse senhor, pois ele é o único faltando ali na sala de espera. Seu estado parece muito grave. Minha mãe olha para mim, enquanto acaricia as costas do meu pai e eu já sei até o que fazer.

- Harry por que não esperamos lá fora? Podemos observar os cavalos, o que acha? – ele me olha, depois vai até a mamãe para abraçá-la. Depois olha para papai.

- Vou ficar bem campeão. Não te abraço por não saber se é contagioso, mas não se preocupe logo estou bom.

Harry vem até mim, segura minha mão e saímos da sala.

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Como prometido, levei-o até onde ficam os cavalos. Ele não disse uma palavra ate agora. Escuto passos e olho para trás, esperando ser minha mãe com alguma noticia, já estamos aqui faz 40 minutos. Mas ao invés disso, vejo Josh.

- Insônia? – ele sorri para mim mas eu apenas vou em sua direção e o abraço apertado, afundando meu rosto em seu peito. – Katy o que houve? – seu tom de voz muda, está preocupado.

- Meu pai pegou essa gripe, seja lá o que for. Tenho certeza que é contagioso pois observei algumas pessoas ontem tossindo do mesmo jeito. Ele está na ala médica com a mamãe já vai fazer uma hora. – me controlo para não chorar, pensando nos sons do outro paciente. Isso não pode acontecer com meu pai.

- Katy, ei olhe para mim, vai ficar tudo bem. – ele segura meu rosto com as mãos e me abraça novamente. Eu recomponho-me e vou até Harry.

- Que tal jogarmos alguma coisa? Sei que você adora brincar de "stop".

Ele me olha por uns segundos. – Só se seu namorado brincar também!

- Har... – sou interrompida por Josh.

- Mas é claro que eu vou jogar.

Então começamos a brincar, tento focar minha atenção nisso, preciso me manter pelo meu irmão.

Depois de 2 horas esperando, Harry já dormia em meu colo. Josh acariciava meus cabelos, na tentativa de me ajudar a ficar calma. Minha mãe finalmente aparece. Pego meu irmão no colo e levanto com um pulo.

- E então? Ele já está no quarto? – minha mãe olha-me com uma expressão não muito boa.

- Seu pai piorou e terá que ficar internado. Parece que é contagioso, mas todos os testes para algumas doenças deram negativo. Não sabemos o que é.

Controlo-me para permanecer calma, Josh me abraça. Agora tenho certeza que algo estranho e ruim está acontecendo.