Capítulo 06

431 24 1
                                    

Um Amor Inesperado -
Capítulo 06 -

Mercedes: Fique calma, cuidaremos de você. - diz sorrindo emocionada
Magdalena: Onde estou? - indaga
Mercedes: Está na minha casa. Encontramos você na frente do meu centro noturno.
Magdalena: Por que está me ajudando, senhora?
Mercedes: Tenho meus motivos, porém agora não é hora de falar sobre eles. É melhor você tomar um banho, trocar de roupa e comer alguma coisa. Acredito que esteja com fome.
Magdalena: Estou com fome, fraca. - diz
Mercedes: Iremos cuidar de você. Alícia prepare algo para que ela coma e traga, por favor. - pede
Alícia: Sim senhora. - sai
Mercedes: Consegue ficar em pé?
Magdalena: Sim.
Mercedes: Então vá tomar um banho enquanto a comida fica pronta.
Magdalena: Não sei como lhe agradecer.
Mercedes: Não precisa agradecer. - sorrir
Magdalena se levanta com um pouco de dificuldade e se encaminha para o banheiro.
Mercedes: Vou buscar uma roupa para você.
Magdalena sorrir levemente e logo começa a retirar a roupa, indo para a banheira em seguida.
Alícia: Como ela está?
Mercedes: Fraca, mais está tomando banho.
Alícia: Graças a Deus ela apareceu senhora. - diz sorrindo
Mercedes: Ainda tenho um pressentimento estranho.
Alícia: Não dê importância, não deve ser nada.
Mercedes: Você tem razão. - diz sorrindo - Vou voltar ao quarto para caso ela precise de ajuda.
Alícia: Irei terminar de fazer a comida e a trago.
Mercedes: Está bem.
Alícia volta à cozinha e Mercedes vai para seu quarto, onde espera Magdalena sair, não tardando muito.
Mercedes: Aqui está à roupa, espero que sirva. - sorrir - Vou sair para que você se vista.
Mercedes sai e após minutos regressa com Alícia.
Mercedes: Ponha aqui mesmo, Alícia. - pede
Alícia põe a bandeja sobre a cama e logo Magdalena começa a comer.
Alícia e Mercedes a observam tristes, e após minutos, Magdalena termina.
Magdalena: Obrigada por tudo senhora, mas agora preciso ir. - diz
Mercedes: Passe à noite aqui, amanhã você vai. - pede - Já está tarde.
Magdalena: Eu ando por essas ruas até de madrugada, não tenho medo.
Mercedes: Posso imaginar, mas deixe para ir amanhã, passe a noite aqui. Eu me sinto responsável por você. Além do mais, você está fraca.
Magdalena: A senhora nem me conhece.
Mercedes: Posso perceber que você não é má pessoa, confio em você, mesmo não a conhecendo. - sorrir levemente
Magdalena: Se a senhora insiste, eu fico, porém amanhã de manhã eu irei embora.
Mercedes: Combinado então. - sorrir triste - Alícia arrume um quarto de hóspede para ela.
Alícia: Sim senhora. - sai
Alícia arruma o quarto e após, Magdalena vai para ele.
Magdalena: Obrigada por tudo senhora, e boa noite.
Mercedes: Boa noite, filha. - diz
Magdalena se deita e Mercedes sai.
Alícia: Ligará para a senhora Marina?
Mercedes: Não! Quero contar primeiro à verdade a ela, logo ligo para a Marina avisando. Se eu ligar agora, ela irá querer vir amanhã, e eu não quero que o encontro delas seja assim, tão conturbado.
Alícia: Eu entendo. A senhora tem razão.
Mercedes: Passarei essa noite com ela, quero está ao seu lado, velando seu sono.
Alícia: E se ela despertar e estranhar sua atitude?
Mercedes: Aí será a hora da verdade. - diz olhando para o nada
Alícia: Tudo sairá bem, tenho fé.
Mercedes: Espero que a virgem de Guadalupe me ajude.
Alícia: Ela ajudará, não tenho dúvida. - diz a abraçando - Precisa de algo mais?
Mercedes: Não Alícia, pode ir dormir.
Alícia: Se precisar é só chamar. - sorrir - Boa noite senhora.
Mercedes: Boa noite, Alícia. E obrigada por tudo.
Alícia vai embora e Mercedes vai para o quarto. Ela toma banho, põe seu conjunto moletom e segue para o quarto onde Magdalena está. Ao entrar, se depara com Magdalena completamente adormecida. Ela se deita a seu lado e vela seu sono.
As horas passam e por volta das 02h00m, Magdalena começa a se mexer inquieta. Mercedes que havia adormecido desperta assustada e encontra a filha toda suada, ardendo em febre.
Magdalena sussurra palavras indecifráveis, deixando Mercedes atordoada e preocupada.
Mercedes: Ela está delirando.
Mercedes decide ligar para Alícia e o faz.
Alícia rapidamente chega ao quarto e consta que Magdalena está delirando por causa da febre.
Alícia: Vou buscar água fria para fazermos compressa.
Alícia busca água e toalhas limpas, e ao regressar ao quarto, com a ajuda de Mercedes, faz as compressas.
O tempo passa e nada de Magdalena reagir ou a febre ceder.
Mercedes: Não está baixando. - diz aflita
Alícia: Acho melhor a levarmos para o hospital.
Mercedes: Você tem razão. Vá trocar de roupa e saímos em seguida.
Alícia troca de roupa e em seguida as três seguem para o hospital.
Ao chegarem, Magdalena é posta em uma maca e logo encaminhada para um quarto.
Mercedes: Meu Deus, que nada aconteça a minha menina. - pede chorando
Alícia: Não será nada demais, senhora.
Mercedes começa a rezar junto com Alícia, até que o médico chega à recepção atrás dos familiares.
Mercedes: Sou a mãe dela. Mercedes Artigas. O que ela tem? - indaga aflita
Médico: Sou o doutor Rubens Olyveira. As notícias não são as melhores. - diz
Mercedes: O que ela tem?
Dr. Rubens: Sua filha está com a imunidade muito baixa, o caso é muito delicado.
Mercedes: Poderia imaginar. A vida que ela estava levando. - diz chorando - Mas me responda uma coisa, ela corre risco de vida? - indaga nervosa
Dr. Rubens: Não posso mentir, sim, ela corre risco de vida. Ela está muito fraca. O excesso de álcool a falta de comida, e até mesmo, as condições que ela estava vivendo a levaram a esse estado.
Mercedes: Excesso de álcool?
Dr. Rubens: Sim. Provavelmente sua filha seja uma alcoólatra.
Mercedes: Meu Deus, então não era mentira o que me disseram. - diz nervosa
Dr. Rubens: Ela ficará em observação por alguns dias e tomando medicamentos para reverter esse quadro. Esperemos que ela consiga reagir.
Mercedes: Ela irá reagir, eu tenho fé. - diz chorando - Eu posso vê-la?
Dr. Rubens: Claro que sim, senhora. Por favor, me acompanhe. Precisa vestir uma roupa especializada.
Mercedes o acompanha, e após vestir a roupa adequada, ela é encaminhada para o quarto onde Magdalena se encontra. Ela se aproxima da filha chorando, e lhe pega a mão.
Mercedes: Eu demorei tanto para te encontrar minha menina, por favor, não desista agora. Você precisa lutar. Você já lutou tanto, eu sei, mas precisa lutar mais um pouco. Agora que eu te encontrei não te deixarei ir. Eu preciso de você, você precisa de mim. Não desista! Você merece ser feliz. Luta filha. Luta! - pede chorando
Magdalena desperta lentamente e observa Mercedes chorando ao seu lado.
Magdalena: Por que chora, senhora? - indaga baixinho
Mercedes: Por nada. - diz sorrindo - Como se sente?
Magdalena: Fraca! - responde em um sussurro
Mercedes: Tudo ficará bem. Você precisa passar uns dias aqui no hospital. Seu caso é muito delicado. Eu cuidarei de tudo, inclusive de você.
Magdalena: Por que está me ajudando tanto? Quais são os seus motivos?
Mercedes: Não é hora de falar sobre eles, outra hora a gente conversa. Descanse! - pede lhe acariciando os cabelos
Magdalena se sentindo fraca adormece.
Mercedes: Eu te amo, minha menina. - diz lhe dando um beijo
Mercedes vela por mais alguns minutos o sono de Magdalena, até que decide sair.
Alícia: Como ela está senhora?
Mercedes: Está fraca, mais aparentemente bem.
Alícia: Ela vai sair dessa.
Mercedes: Tenho certeza que sim. - diz - Vou ligar para o José, preciso que ele venha aqui.
Alícia: A senhora passará a noite aqui?
Mercedes: Sim, apesar de que não posso ficar no quarto com ela. - diz triste
Alícia: Por que não vamos para casa? Assim a senhora descansa.
Mercedes: Não, eu vou ficar. Agora que a encontrei, tenho medo de perdê-la.
Alícia: Então, quer que eu busque algo em casa?
Mercedes: Não! Acho que não precisa de nada, por enquanto. - diz a olhando - Vou ligar para o José.
Mercedes se afasta de Alícia e vai para fora do hospital.

Um Amor InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora