A ESCOLHA

Capítulo 1

O cheiro do campo, de flores, era maravilhoso! Respirava fundo deixando o ar puro entrar em meus pulmões. Fortes raios de sol surgiam, através das montanhas, que cercavam aquele lindo lugar. A grama ainda umedecida e fria. Podia ouvir o som das águas, que passavam ao fundo e também pássaros cantando um som harmonioso. - Havia som melhor para o momento?. Pensei. Eu estava posta como sempre havia imaginado, descalça sentindo a grama e as pétalas em meus pés, segurando apenas um lírio branco em minha mão direita enquanto a outra flutuava. Uma coroa de pequenas flores amarelas fora colocada em minha cabeça deixando meus cabelos caídos e livres, balançando com a fraca brisa que soprava. Estava com o vestido ao qual tanto havia imaginado feito de cetim, branco, de mangas longas que escorria pelo meu corpo sem bordados, apenas alguns botões de pérolas nas costas e no punho como havia pedido. Um arco feito de flores do campo enfeitava a entrada e cadeiras brancas com pessoas conhecidas todas de pé olhando para trás com olhos grandes alguns almejados em lágrimas, sorrisos alegres me encaravam e eu sorria alegremente em resposta. Por fim respirei fundo para olhar em direção ou altar e uma emoção maior me tomou, meu coração parecia não caber dentro do meu peito de tanta felicidade, um raio de sou refletia em seu rosto, mas não escondia seu sorriso lindo, lá estava o meu príncipe vestido de branco e reluzindo, lá estava o homem ao qual havia esperado ansiosa, e aquele era o momento, Meu Momento. Derrepente surgia uma criança em seus braços, uma linda criança. Como aquela criança foi parar ali? Mesmo sem saber quem era, a vontade de correr ao encontro deles era grande, o desespero tomou conta de mim e um borrão branco surgiu como um vento levando embora tudo como um sonho.

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Itália, 20 de Março de 2009

- Claro que ela vai amar! Clara disse eufórica.

Você não acha que ela vai ficar chateada por ter escolhido tudo sem ela?

- Claro que não, a Bia não liga para essas coisas de casa, fico imaginando a cara dela quando vir o ateliê, fique tranquilo à conhecendo como conheço sei que ela vai gostar.

- Obrigado Clara, fico mais tranquilo.

Como era bom conversar com ela, porque sempre me passava à tranquilidade de que precisava.

- E como anda os ensaios?

- Cansativos, muito cansativos, estou dolorida, ontem acho que exageramos um pouco, o professor não dá trégua, mas também as apresentações recomeçam na semana que vem..

- Qual cidade?

- Washington.

- Se estiver tudo ajeitado por aqui, quem sabe não combino com ela e marcamos de nus encontrarmos aí?

- Ai amigo! Vou adorar! Você não sabe o quanto estou com saudades, todos por aqui sem exceção são muito chatos, as dançarinas então, todas Paty, não estou aguentando.

Sorrimos juntos, essa sempre era a reclamação que ela fazia.

- Agora tenho que desligar meu irmão não para de ligar, me deixe atende-lo.

- Qualquer coisa me liga beijo.

- Outro. Respondi.

Desliguei e rapidamente retornei para Marcos, que não demorou muito a atender.

- Pedro?

A voz de Marcos suou agitada.

- Sim?

- Preciso que fique calmo e me ouça.

- Fala logo Marcos, o que aconteceu? Meu coração começou a acelerar, minhas mãos soarem, inúmera coisas passou pela minha cabeça em fração de segundos.