Capítulo 3

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Ellie me obriga a se arrumar para sair com Aaron, eu sei muito bem o que ela está fazendo, e eu não pretendo entrar em seu jogo. Afinal minha intenção não é acabar apaixonada.

— Que merda! — murmuro

— Anda logo Emma, levanta essa bunda gostosa da cadeira – disse Ellie, batendo suas mãos eufóricas.

Aaron riu. Lanço um olhar mortal para ele.

— Bem, eu vou indo...—disse ela

— E tá esperando o que? — brinco. Ela me mostra seu dedo meio.

Subo as escadas e vou direto ao meu quarto. Me arrumo, colocando uma regata branca, uma jaqueta preta e opto por usar uma calça para aquecer, deixando meu cabelo solto.

Volto para a sala assim que termino, e vejo logo o garoto mexendo em seu celular e com o braço esticado na parte superior do sofá.

— Vai ficar aí sentado? — pergunto tocando os cabelos, impaciente.

Assim que ele nota minha presença, levanta-se com a típica cara de deboche.

— Achei que tinha morrido lá dentro bebê...— brincou

— Para sua desgraça eu ainda estou viva, e não me chame de bebê.

— Ok meu anjo. — Sorriu cínico — E a propósito, está linda. — Ele repara, me olhando de cima a baixo.

Reviro os olhos.

— Onde vamos? — pergunto

Ele me olha por um tempo e só depois responde:

— Vamos na Empire, vou te colocar a par de tudo lá e te apresentar para algumas pessoas. E depois vamos almoçar, está bom pra você? — arqueia a sobrancelha em questionamento.

— Podemos pular a parte de conhecer a empresa e essa pessoas e ir direto para a parte do almoço? — brinquei

Gargalhou.

— Só ri?

Ele aproxima seu rosto do meu, estávamos tão próximos que achei que ele iria me beijar.

— Sei fazer outras coisas também, e quer saber? Você iria adorar — ele sorrir e sussurra em meu ouvido, lançando imediatamente uma corrente elétrica por todo meu corpo. Me afasto antes que perceba o quanto me afetou.

— Me poupe das suas baixarias. — Murmuro

Vou em direção a porta da entrada, avistando o mesmo carro que ele me trouxe na noite da boate. Afasto meus pensamentos e espero ele destravar o carro, assim que o faz, ocupo meu lugar no banco do passageiro.

Aaron dá partida e vamos rumo à empresa. O caminho é feito em silêncio, ele não se dá ao luxo de abrir a boca, e eu muito menos. O único som audível é uma música no rádio. Me encontro a cantarolar a música e minha voz sobressai pelo fato de o som estar baixo.

Como se lesse meus pensamentos, Aaron aumenta o volume e me encara por breves segundos até voltar sua atenção para a estrada. Depois de um tempo chegamos ao nosso destino. Desço e vou andando na frente até que ele segura meu pulso me fazendo parar.

Ele coloca seu braço por cima dos meus ombros. Arqueio a sobrancelha e cruzo os braços.

— Parecer apaixonados, lembra? — relembra ele com um sorriso divertido.

Reviro os olhos.

Entramos na empresa e os olhares são todos direcionados a nós, senti um incômodo, essas pessoas não têm realmente o que fazer.

— Apenas ignora. – Diz — São uns malditos curiosos.

Assinto.

Vamos até o elevador, em direção ao último andar. Até que alguém entra, uma mulher com uns 27 anos, loira e alta.

— Aaronzinho amor. Que surpresa você por aqui. — Sorriu

Franzi o cenho, será que ela tá cega que não me viu aqui!

— Amber — respondeu seco — Por que a surpresa? Eu sempre estou aqui. — Cruza os braços

Por essa ela não esperava. Vejo que a loira fica sem graça.

— Uh, posso saber quem é essa? — pergunta me olhando de cima a baixo.

Ergo a sobrancelha e cruzo os braços na defensiva.

— Noiva dele. — Respondo intimidante. — E você? Quem é?

Ela lança um olhar sugestivo a Aaron.

— Essa é Amber. Uma antiga amiga. — respondeu ele

A vadia me olhou novamente e riu. O clima ficou tenso.

— Amiga como ela? — disse irônica

— Cretina. — Sou interrompida quando Aaron puxa meu braço gentilmente para que eu ficasse mais perto dele. No mesmo instante a porta do elevador abre. Respiro fundo. Meus punhos já estavam cerrados, prontos para quebrar o nariz de plástica dela

— Se tivesse oportunidade bateria mesmo nela? — Quis saber.

—Ainda tem coragem de ter dúvida? Ela estava merecendo. — falei irritada.

Ele sorriu malicioso.

— Ciúmes, huh? — sorriu

— Vai se ferrar Aaron. Pode sonhar, faz isso porque ainda é gratuito. — Digo com firmeza e saí na frente.

Passamos grande parte da manhã explorando a empresa, conheci o setor que eu iria trabalhar, seria secretária do Aaron e ficaria responsável pela agenda pessoal dele. Eu poderia ter um cargo melhor, aturar Aaron não é pra qualquer um, e eu espero ganhar bem por isso. 

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