Capítulo 4

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Estou literalmente morrendo de fome e muito cansada. O Aaron me levou em todos os lugares possíveis daquele lugar. Agora estamos indo almoçar.

— Onde prefere almoçar? — Indagou

— Qualquer lugar Aaron — reviro os olhos — apenas me leva pra comer se não vou morrer de fome — choramingo e fecho os olhos

Ele riu assentindo.

Sou conduzida a um restaurante que aparenta ser italiano. Acho que já vim aqui com meus pais uma vez. Servem uma mísera porção por um preço tão absurdo. Nos acomodamos em uma mesa próxima a janela, esse lugar é simplesmente hospitaleiro e atraente. Lembro-me o quão fiquei deslumbrada com a beleza do lugar. Meus pensamentos são interrompidos quando o garçom nos entrega um menu, percorro meus olhos por todo o pedaço de papel em minhas mãos.

— Já sabe o que vai pedir? — Aaron pergunta

— Com certeza não. É tanta coisa gostosa que eu nem sei...

Um prato me chama atenção, nunca mais pude comer Tortellini, meu prato preferido.

Aaron chama novamente o garçom, ele já está com seu bloco de notas pronto para anotar nossos pedidos, feito isso ele sai e nos deixa a sós novamente.

Aaron solta uma risada presa.

— Mas que porra. Você come por dois? Cristo, vou falir só por ter que te alimentar....

— Não vai não, comida não é pra olhar. Gente rica demais não consegue ficar sem dinheiro — Afirmo olhando ao redor — Estou com fome Ok? E a culpa é sua que me fez andar aquilo tudo.

— A culpa não é minha. — Contou sorrindo. — Foi um mal necessário.

Depois de um tempo o nosso almoço chega, e por Deus como isso é bom. Deve ser por que quando estamos com fome qualquer coisa é gostosa. Logo que terminamos, Aaron pede a conta e paga. Fomos diretamente para o carro para voltarmos para casa. No instante em que entro no carro e me acomodo no banco alguém bate no vidro do meu lado, baixo o vidro e me arrependo de ter o feito. Vejo aquela cobra do elevador, dou um sorriso perverso, aqueles do tipo que pessoas estão prestes a aprontar. Aaron logo notou minha expressão travessa e balança a cabeça negando, como se me dissesse para não fazer nada. Longe de mim fazer alguma coisa.

— Aaron, sabe onde tem um bom lugar para almoçar? — Perguntou com a cara de puta, na maior cara de pau mesmo.

Será que está cega? Não percebeu que está em um estacionamento de um restaurante? Interessante a falta de noção dela.

— Ahm.... — Aaron diz, todo enrolado sem saber o que dizer. Decido ajudá-lo um pouquinho.

— Ah meu anjo, eu sei um lugar maravilhoso! — dei o sorriso mais falso que pude.

— Ah é? Como chego lá? — perguntou cínica

— É o seguinte — me aproximo do seu rosto — Segue a direita e depois segue em frente, o caminho vai te levar direto para o inferno — Rosnei subindo o vidro.

Nunca vi Aaron rir tanto. Ela tem que entender que comigo ninguém se mete.

— Estou gostando de ver noivinha. — falou debochado

— Você não precisa gostar. — Afirmo —  e além do mais eu não fui com a cara dela.

— Por que será hein? Se sente ameaçada? — pergunta olhando para frente e com um sorriso de lado.

— Se eu não vou com a cara de alguém, não tem motivo. Eu apenas não gostei dela. E eu pouco me importo se ela foi uma de suas vadias. Só se certifique de que eu não veja enquanto estiver casado comigo. Porque se eu ver a coisa não vai ficar boa não. — Suspiro cansada.

Sua maxilar trava. Ele se irrita. Passa a mão freneticamente pelos cabelos, a ponto de arrancá-los. Deita sua cabeça na direção e aperta seus dedos com força, deixando os nós dos mesmos brancos por conta da força aplicada.

— Você não sabe de nada Emma. Então não fala o que não sabe. – Diz irritado.

—  Ficou irritado, amor? Ninguém se irrita assim do nada. Qual o seu problema? – Questiono. — Só saiba que você não será nem burro o suficiente para me colocar um par de chifres. Tudo que vai volta. — Cruzo os braços furiosa. Sinto o sangue correndo por minhas bochechas, devo estar vermelha de raiva, e ele não está diferente.

— O que quer dizer com isso? — questiona como se não quisesse entender o que eu disse.

— Nada. Só estou alertando, não sou do tipo que fica quieta. — Informo

O clima fica tenso entre nós. Posso sentir seu olhar em mim, me viro e vejo sua fúria, e seus olhos estão flamejantes de raiva. Ele abre a boca para falar alguma coisa, mas não diz nada. Apenas conduz de volta para minha casa.

O caminho é feito em silêncio. Quando chego em casa desço do carro sem dizer uma palavra, faço questão de bater a porta com força e sair pisando fundo. Ele está muito enganado se estiver achando que sou otária. Pode tirar o cavalinho da chuva querido.

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