Capítulo 7 - Kiss me

251 17 4
                                    

Os dois caminham em silêncio, e passam por todos cômodos e andares procurando por Maite mas ela não estava em lugar algum. Por fim, Anahí desistiu, e disse que ia esperar por ela onde estava. Ele assentiu, mas pensou novamente, e já começou a caminhar junto com ela. Anahí o olhou, confusa.

Alfonso: Bem, enquanto procurávamos por Maite, também não encontrei Christopher. Se importa de eu fazer companhia com você? - Anahí sentia sem forças perto dele, perto de seu corpo, seu cheiro… Seu sorriso.

Anahí: Cadê sua namorada? - Ela pergunta sem se refrear e se dá conta do que falou. Ele ri, divertido.

Alfonso: Eu não tenho. -Ele responde sincero, sorrindo.- E se fala de Emily,não veio, está com dor de cabeça. - Ele agradeceu novamente em silêncio por aquele milagre de não ter que ficar com ela ali, lhe cercando.

Anahí: Ah, tudo bem. - Ela dá de ombros.

Eles caminharam até a cobertura. Incrivelmente, haviam poucas pessoas ali agora. Apenas alguns casais. Anahí olhou aquilo meio desconcertada, mas tentou relaxar. Eles ficaram em silêncio olhando a vista, e Alfonso percebeu que era sempre ele que deveria puxar assunto com ela.

Alfonso: Que tal continuarmos aquela conversa que não conseguimos terminar na biblioteca? - Sugere.

Anahí: Do que falávamos? - Perguntou, tentando se lembrar.

Alfonso: Bem, eu não te conheço muito. Nem você a mim. Me fale mais de você. - Ele a olhava, esperando.

Anahí: O que eu te disse é verdade.Eu não tenho muitas histórias para contar. - Deu de ombros.

Alfonso: Mas mesmo assim, tem uma história. Me interessa saber. Amizades, sua família, sonhos, namoros.. - Ele sugere. Anahí o olha, pensativa com um olhar de um azul intenso.

Anahí: Eu nunca fui de ter muitos amigos. Mas lembro que viajei e deixei alguns lá. Sinto falta deles, não conversamos faz meses. -Admitiu.

Alfonso: E porque não volta a falar com eles? - Pergunta, confuso.

Anahí: Eu não quero. Apesar de sentir falta, as vezes me dói lembrar deles, pois me remete aos meus pais. Todos meus amigos, eram como minha família. Vivíamos juntos, e isso me relembra minha família. Prefiro não pensar muito, pois sofro muito depois. - Ela dá um suspiro angustiado, e ele a olha surpreso.

Alfonso: As vezes vale a pena voltar a se falarem. - Ela nega com a cabeça prontamente- E amores? - Ela ri um pouco.

Anahí: Eu já tive um namorado. Bem, eu acho que era. - Disse pensativa.- Eu achava ele legal, mas não deu certo. Eu não gostava de ficar com ele. - Constatou, com um biquinho que fez sem querer.

Alfonso: Nunca se apaixonou? - Ele perguntou, interessado.

Anahí: Não. Eu ainda espero um dia em que isso aconteça. Eu quero alguém que me faça bem, me ame, e me faça feliz. Espero que eu o faça também. Um dia vai chegar minha vez. - Ela olhava a vista pensativa. - E você? Já se apaixonou? - Se virou para ele, olhando-o.

Alfonso: Não. Acho que não, se me apaixonei, não fiquei sabendo pois não percebi- Eles riram, e Alfonso fez uma careta mínima pelo assunto “mulherzinha”. - Já tive algumas namoradas, mas eu sei que nunca foi algo que levei a sério, pois acho que ficava porque era cômodo. - Anahí o estudava, o olhava, e observava cada gesto seu.

Anahí: Não deve ser o momento ainda. Uma hora vai acontecer - Constatou, respondendo-o.

Alfonso: Talvez não. Não me imagino apaixonado.  - Ele ri brevemente ao se lembrar de um amigo seu do ensino médio quando lhe contava que havia encontrado o amor de sua vida.- Não me vejo em nada. Só me vejo no futuro, com uma carreira brilhante, pisando e desmandando nesse país. - Anahí fez uma caretinha engraçada.

Anahí: Não é nada romântico, mas pelo menos é ambicioso. - Ela ri, se relaxando. Alfonso ri também. Percebeu que ela estava mais à vontade com ele, e ele ficou feliz com aquilo.  

Os dois se olharam sorrindo, no final da risada, e toda aquela tensão anterior havia voltado. Anahí ficou séria novamente vendo-o se aproximar dela devagar e sentiu que seu corpo todo havia arrepiado. Ele deu um passo e ficou com o rosto próximo ao dela, ela respirou fundo, nervosa. Suas pernas estavam bambas. Alfonso sentia que que queria beija-la. Não sabia porque raios havia essa necessidade, e também não sabia porque se interessava em saber da “menina desengonçada”, mas estava ali, havia lhe ajudado quando tropeçou em seu pé e tudo. Ele colou sua testa à dela, a olhou nos olhos, e ela tinha uma enorme vontade de fugir, mas seu interior não permitia. Estava ali, presa por si, e agora por ele, que passara as mãos por seu pescoço, deslizando até chegar em sua cintura, e aproximá-los mais do que estavam. Ele finalmente tocou seus lábios. Eram macios, se moldavam aos dele, e os dois foram encontrando uma sincronia aos poucos. Eles se beijavam calmamente, apenas pelo sentir, sentiam o outro, Alfonso chupava o lábio dela sugando, sentindo,e ela se deliciava com o coração batendo descompassado. Não havia malícia, não houve mãos bobas, era tudo apenas pelo toque, e pelo como estava bom aquilo. Anahí segurava o ombro de Alfonso quase sem encostar tanto, e ele repousava suas mãos na cintura dela. Com o passar de poucos minutos ali, eles foram aprofundando o beijo, até que a falta de ar se instalou, e os dois arfaram brevemente, se afastando e olhando para baixo.

Anahí corou de uma forma absurda, e Alfonso percebeu. Instantaneamente, ele passou o dedão em sua bochecha, tocando de leve, e os dois ergueram o olhar para o outro. Aquela troca de olhares intensa durou o necessário para sentirem uma imensidão de emoções, até que uma voz bem conhecida lhes interrompe.

Ps: Ignorem que eu tive que postar o capítulo 6 (que não postei) e 7 de novo porque coloquei o 6 apenas como rascunho. Ignorem que sou lerda demais.

Tudo bem com vocês?
Espero que sim, e espero também que estejam gostando! Preciso muito saber isso, então se manisfestem HAHAHAH

Bom final de domingo!

-L

Intensity - 1° Temporada Onde histórias criam vida. Descubra agora