The Road

Accident

Tsuzuku's POV.

Era uma noite de inverno e eu resolvi dar uma volta pela cidade a procura de algum lugar em que eu poderia me divertir. As ruas estavam vazias, mas não estava muito tarde e eu apenas queria encontrar um local com boas bebidas e uma música agradável.

Deslizei uma de minhas mãos até o bolso de minha calça a procura do celular, estranhando o objeto não estar ali. Acabei desviando brevemente meu olhar ao banco do caroneio, logo sentindo alguma coisa se chocar com o capô de meu carro, fazendo com que batesse a cabeça na direção um pouco assustado, parando o veículo em seguida.

Apertei meus olhos com força, sentindo um líquido escorrer por meu nariz e boca, constatando que era sangue ao passar a destra por ambos os locais.

Desci de meu carro para ver no que havia batido, julgando ser algum animal que atravessava a rua no momento do impacto, me espantando ao ver um homem de cabelos cor de rosa caído no chão.

— Aí meu deus do céu, eu atropelei uma pessoa! — Disse a mim mesmo desesperado, não sabendo se deixaria o homem ali ou se deveria levá-lo ao hospital.

Me aproximei dele vendo que o mesmo estava desmaiado ou na pior das hipóteses, morto. Com certa dificuldade peguei o corpo do rapaz e o coloquei deitado no banco de trás do carro, seguindo as pressas até o hospital mais próximo.

Chegando no local, desci do carro o mais rápido possível para pegar novamente o corpo da pessoa que eu tinha atropelado. Entrei correndo com certa dificuldade no hospital, chamando por alguém que pudesse ajudar o homem.

— Por favor, alguém me ajude! Ele está ferido! — Gritei em meio ao desespero, vendo dois homens colocarem o de cabelos cor de rosa que estava em meus braços, em uma maca levando o mesmo para outro local.

Me dirigi até a recepcionista do hospital e contei a ela o ocorrido na estrada, sendo encaminhado até uma enfermeira que cuidaria de meus leves ferimentos.

Não me importava comigo mesmo naquele momento, apenas conseguia pensar em como estava aquele homem.

Após meus ferimentos terem sido cuidados pela enfermeira, voltei a recepção e pedi para que pudesse ver o homem de cabelos cor de rosa que eu havia atropelado. Consegui a informação de onde ele tinha sido levado e andei apressado até lá.

Parei em frente à porta do quarto, tomando coragem para entrar e encarar novamente o rosto da pessoa inocente que eu havia conseguido machucar naquela noite.