Capítulo 37 - Coração apertado

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CAPÍTULO 37 – CORAÇÃO APERTADO

MATTHEUS

Paralisei ao ouvir aquele disparo... Acho que esses foram os segundos mais tensos e longos da minha vida.

Mas ao ver Gabriel e Victor caídos logo após o tiro, pensei rápido e vi aí uma chance única de fazer algo de útil. Impulsionado pelo instinto de sobrevivência, fui pra cima daquele psicopata maníaco.

ERA TUDO OU NADA!

Como ele não esperava por esse ataque, facilmente levantei o braço dele para o alto e a arma disparou uma vez.

Babi conseguiu se livrar dos braços dele e correu. Antes mesmo de iniciarmos uma luta corporal, consegui desarmá-lo e a história se inverteu: Agora Leandro que estava na mira, implorando para viver. — Por favor, não atira. – ele pediu com as mãos erguidas.

Eu tinha vários motivos para atirar nele, mas não consegui. Preferi mantê-lo sobre a mira da arma, até que a polícia chegasse.

— Ajoelha! – ordenei e ele muito assustado, obedeceu.

Nem de longe ele parecia ser aquele cara tão valente de minutos atrás. Com a situação sob controle, senti um alívio ainda maior quando Victor se levantou, pressionando o braço com a palma da mão.

— Eu estou bem, o tiro foi de raspão. – Victor disse, fazendo careta de dor.

Vendo que ele estava de fato bem, meus olhos se voltaram na direção do Gabriel, que permaneceu caído.

— Gabriel... – Babi chorava, com meu brother em seus braços. — Por favor, não morre!

Eu e Victor nos aproximamos e vimos que ele estava fraco demais e mal conseguia manter os olhos abertos.

— Eu te amo, Babi. – ele disse com a voz falhando e tombou a cabeça para o lado, perdendo os sentidos.

— NÃO, NÃO!!! GABRIEL, ACORDA!!! – Babi o sacudiu, entrando em desespero.

— Calma, Babi. – Victor a amparou, colocando os dedos sobre o pescoço do Gabriel. — Meu primo não está morto, ele está enfraquecido porque perdeu muito sangue.

— Temos que buscar socorro imediatamente. – eu disse.

Mal acabei de dizer essas palavras, chegaram três viaturas da polícia e uma ambulância. Mais que depressa, entreguei-lhes a arma do Leandro.

Enquanto gritava palavras de ódio, aquele infeliz foi algemado e colocado em um dos carros da polícia. Dois policiais se aproximaram de mim e pediram explicações sobre o ocorrido. Expliquei por alto, sem dar detalhes e eles avisaram que assim que nós quatro nos encontrarmos em situações melhores, teremos que prestar depoimento. Concordei.

Enquanto eles conversavam comigo, enfermeiros atendiam Babi, Gabriel e Victor.

— Precisa de atendimento, senhor? – uma enfermeira me perguntou.

— Não, obrigado. – suspirei aliviado e completei: — Eu estou bem!

BABI

Não saí de perto do Gabriel um só minuto. Vi que o colocaram no balão de oxigênio, já dentro da ambulância, aplicaram injeções na veia dele e por fim o colocaram no soro.

Eu estava nervosa demais e eles me deram calmante.

— Babi. – Mattheus me chamou e eu fui.

— Acho melhor você ligar para os pais do Gabriel, para contar o que houve.

— Sim, eu vou fazer isso. – respondi, sentido uma dor de cabeça inexplicável.

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