Capítulo 010

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Um Amor Inesperado -
Capítulo 010 -

Após fazerem amor, Mercedes vai tomar banho. Enquanto o faz, José arruma o quarto. Ao término do banho, Mercedes vai preparar o café da manhã e José vai tomar banho. Em seguida e já arrumados, eles tomam café.
Mercedes: Já são sete e meia, como o tempo passa rápido. - diz
José: Ao lado de quem amamos, as horas viram segundos. Passou em um piscar de olhos esse momento nosso.
Mercedes: Teremos muito tempo pela frente para ter momentos como o de ontem, e como o de hoje.
José: Sim, teremos uma vida inteira.
Mercedes: Você mais que eu.
José: Podemos não ter a mesma idade, podemos não envelhecer juntos, mais os momentos que iremos viver serão eternos. Não vamos pensar no futuro se ainda estamos no presente. Vamos viver o agora.
Mercedes: Você tem razão. Perdão! - pede o olhando
José: Eu te amo. - diz sorrindo
Mercedes: Eu também te amo.
Mercedes e José terminam de tomar café da manhã e em seguida saem para a casa de Marina.
Ao chegarem, logo são recebidos por Rebeca.
Rebeca: Bom dia. - sorrir - Entrem!
José e Mercedes: Bom dia. - sorriem
Marina: Mamãe, que bom vê-la. - sorrir se aproximando - Bom dia! Bom dia José. - sorrir o cumprimentando
José: Bom dia, senhorita Marina.
Mercedes: Estava com saudades de você também, meu amor. - a abraça - Porém minha visita não é tão de cortesia assim. - diz triste
Marina: O que houve? Aconteceu algo com a Magdalena?
Beatriz: Bom dia. - cumprimenta chegando
José e Mercedes: Bom dia.
Beatriz: A que devo a sua visita, Mercedes? - indaga sorrindo
Mercedes: Queria que fosse por um assunto bom, porém não é.
Beatriz: Algo com a Magdalena? - indaga preocupada
Mercedes: Sim! Tive que interna-la. - diz com os olhos marejados
Marina: O que? Mais ela estava indo tão bem.
Mercedes: Eu não sei o que aconteceu, de repente ela fugiu e voltou a beber, ao encontra-la, a trouxe para casa e quando ela despertou me ameaçou com um pedaço de vidro. Ficou muito agressiva, tive até que ligar para o doutor González para que fosse vê-la, ele a sedou e disse que o ideal era interna-la.
Beatriz: Quem foge uma vez, foge duas, três.
Mercedes: Ele disse isso, então eu a internei.
Marina: Quando foi tudo isso?
Mercedes: Faz uma semana.
Marina: Por que não me disse antes, mamãe?
Mercedes: Ela não quer ver ninguém, o médico até me proibiu de vê-la, ela se altera de mais, me diz coisas horríveis e pede aos gritos que saia da frente dela. Estou a vendo apenas de longe.
Marina: E como ela está?
Mercedes: Está bem, na medida do possível, porém, às vezes, se altera com todos. O médico disse que é normal.
Beatriz: É pela falta do álcool.
Marina: Quero vê-la nem que seja de longe.
Mercedes: Eu sabia que você iria querer isso, por isso eu vim eu mesma dizer.
Marina: Podemos ir agora de manhã?
Mercedes: Claro que sim.
Beatriz: Vamos tomar café. - convida
Mercedes: Não, obrigada. Eu já comi.
José: Eu também já comi, obrigado.
O tempo passa e Marina com Mercedes regressa a capital.
Ao chegarem, são recebidas por Alícia.
Alícia: Senhorita Marina, que bom vê-la. - sorrir
Marina: Alícia, muito bom vê-la também. - sorrir - Pena que a visita seja em um mau momento.
Alícia: Sim! Mais isso é apenas uma fase.
Marina: Tenho certeza que sim, logo irá passar.
Mercedes: Deixe-me trocar de roupa e logo vamos à clínica.
Marina: Está bem. - diz
Mercedes vai para o quarto, toma um rápido banho e logo regressa à sala.
Mercedes: Voltei. Vamos?
Marina: Sim.
Mercedes: Alícia você vai conosco?
Alícia: Não senhora, pode ir só vocês duas, eu fico.
Mercedes: Está bem.
Mercedes e Marina vão para a clínica.
Ao chegarem, elas vão à sala do doutor González que explica tudo a Marina.
Marina: Posso vê-la?
Dr. González: Eu não aconselho.
Marina: Por favor. - pede
Dr. González: Está bem, vamos.
Mercedes: Eu posso ir? - indaga triste
Dr. González: Melhor não, senhora Mercedes. Vamos ver como a Magdalena reage ao ver a irmã e, qualquer coisa, eu mando chama-la.
Mercedes: Está bem. - diz respirando fundo
Dr. González leva Marina até Magdalena enquanto Mercedes observa de longe.
Marina: Magdalena? - a chama
Magdalena se vira devagar e sorrir levemente ao ver a irmã.
Marina: Como está?
Magdalena: Estou mal. Estou me sentindo como se fosse uma louca, presa dentro dessa clínica. - diz irritada
Marina: É preciso. - diz lhe acariciando os cabelos - Estamos fazendo isso para o seu bem.
Magdalena: Como você pode amar esse ser que é capaz de jogar um bebê no mundo, e mesmo depois de anos, após encontra-la, é capaz de internar como se fosse uma louca? - indaga pasma
Marina: Nossa mãe teve os motivos, e não foram poucos. Ela sofreu como nem podemos imaginar.
Magdalena: Ela te convenceu, não foi? Ela pediu para você vir aqui me dizer essas coisas?
Marina: Não! Ela não me pediu para vir falar com você. - diz a olhando - Ela me disse a verdade, e diante dela, temos que aceitar e tentar entender. A gente não faz de imediato, mais depois a gente compreende e talvez, dependendo da situação, podemos fazer a mesma coisa.
Magdalena: Eu não consigo aceitar. Eu a odeio, e depois de ser internada a odeio mais.
Marina: Um dia todo esse ódio se transformará em amor.
Magdalena sorrir debochando - Não me faça rir. Eu jamais irei ama-la.
Marina: Irá sim, com o tempo você verá. - diz sorrindo
Magdalena a olha desconfiada e Marina sorrir a olhando.
Marina: Ela está aqui, quer vê-la? - indaga
Magdalena: Não! - diz
Marina: Dê uma chance a ela. - pede
Magdalena: Não consigo. Não gosto de vê-la. Ela me dá raiva.
Marina: Eu sei, mais se não tentar, não conseguirá perdoa-la.
Magdalena: Mais eu não quero perdoa-la.
Marina: Claro que sim, eu sei que quer, apenas está confusa e cega pelo rancor, pela raiva. Dê uma chance a ela. - pede
Magdalena: Está bem. - diz enfadada
Marina: Posso mandar chama-la? - indaga eufórica
Magdalena assente positivamente e Marina manda chamar Mercedes.
Mercedes suspira e respira fundo, e se aproxima de ambas.
Mercedes: Magdalena! - a chama
Magdalena a olha com ódio, e Mercedes entende.
Mercedes: Sei que lhe internar está causando ainda mais ódio em você, mas é para o seu bem. Você pode não entender, não aceitar, mais quando você tiver curada, completamente segura do que quer você se sentirá bem e vai sentir, dentro de você, o quanto foi bom, mesmo você não entendendo e não aceitando.
Magdalena: Eu apenas aceitei vê-la por que a Marina me pediu, não ache que a perdoei.
Mercedes: Eu sei que não, e sei que foi a pedido da Marina, mais você não sabe o quanto estou feliz de te ver. Eu venho todos os dias e te vejo de longe. E hoje, estou feliz que esteja melhor que os dias anteriores e que esteja me tratando bem, mesmo que seja contra sua vontade.
Magdalena: Ainda bem que você sabe.
Mercedes: Sei que não devo te pedir nada, mais posso pedir assim mesmo?
Magdalena: Peça! - diz
Mercedes: Deixe-me me aproximar de você. Deixa-me demonstrar para você o quanto te amo. Eu só te peço isso.
Magdalena: Por mim, tanto faz. - diz dando de ombros
Marina e Mercedes se olham e sorriem levemente.
Elas ficam mais algum tempo, até que decidem ir.
Marina: Eu vou, mas eu volto. - diz sorrindo - Posso demorar uns dias, mais eu venho te ver. Enquanto eu não vim, deixe a nossa mãe cuidar de você, se aproximar de você. Faça isso por mim, por ela, mais acima de tudo, por você. Ela te ama, assim como eu te amo, e olha que te conheço há tão pouco tempo, e ela já te ama desde antes de você nascer. Dê uma chance, não irá se arrepender. - diz a olhando
Magdalena sorrir levemente e as duas se abraçam.
Marina: Eu te amo. Fica bem!
Mercedes: Amanhã eu estarei de volta.
Magdalena dá de ombros e Mercedes lhe beija a bochecha.
Após se despedirem, Mercedes e Marina se direcionam para casa.
Marina: Ela vai te aceitar mamãe, não fica triste. - diz - Demos um passo muito importante hoje.
Mercedes: Graças a você.
Marina: Vamos apenas ter paciência com ela, tudo dará certo.
Mercedes sorrir e ambas se abraçam.
Marina: Viu o beijo que a senhora deu? Ela não rejeitou! - diz sorrindo
Mercedes: Acho que foi o momento mais próximo que tivemos desde que ela descobriu a verdade.
Marina: Muitos, como esse virá, temos apenas que ter fé. - diz sorrindo
Mercedes: E eu tenho. - diz a olhando
Marina a abraça e Mercedes corresponde mais aliviada.

Três meses depois -

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