Eu preciso entregar o cordão com a concha para o Sam, vou para meu quarto faço um envelope com pétalas de rosas avelã. Então escrevo uma carta e coloco dentro do envelope. Amarro meus cabelos em um coque, visto um vestido azul. Estou deitada na minha cama pensando em como mandar essa carta para o mundo de Sam, sem atravessar o véu. Caroline está lendo um livro de instruções, o conselho deu para ela, quem diria minha irmã mais nova sendo a queridinha dos governantes de Arandell, se continuar assim logo logo Faragunda será substituída e terá que vender sementes para ganhar dracmas, é engraçado como a qualidade de vida de um individuo pode mudar do dia para a noite.
— Você descobriu mais algum poder? — Care pergunta sem ao menos tirar o livro de seu rosto.
— Ah, como você sabe? — posso ouvi sua risada baixa.
— Você é muito previsível. — ela me olha sobre o livro. — é tão fácil ler você.
— O que você quer dizer? — me sento.
— Você por acaso só usa 3% do seu cérebro? — ela joga o livro na cama. — eu te observo Eleven, você está muito estranha, cabelos brancos, poderes incríveis, tudo assim do nada, de mão beijada? só aviso não tente roubar o que é meu. — ela aponta para o seu peito.
— Que? — pergunto espantada com a petulância dela.
— Samuel Adams. — ela afirma com vigor.
— Meu humano? — ela morde o lábio para se controlar.
— Não quero seu humano idiota, eu quero que você saiba que eu sei de tudo. Ou você acha que eu tenho sono tão pesado assim? — ela sorri com maldade.
— Não entendo. — eu me levanto. — o que eu fiz para você?
— Nada. Você nunca fez nada, até agora, você está finalmente pondo suas asinhas frágeis e ridículas para fora, descobrindo poderes, ganhando notas boas, achando sua ligaçãozinha medíocre. — ela diz com desdém. — você está roubando toda a atenção que deveria ser minha. — ela grita.
— Você por acaso é louca? — grito. — você sempre teve toda a atenção do mundo. Desde que você nasceu eu não existo para nossos pais, muito menos agora que você será treinada para um cargo no governo. Minha mãe nem nota mais a hora que chego em casa. — minha voz vacila.
— E que tudo continue assim, ou sua vidinha dupla será exposta.
— Quando isso aconteceu? quando você se tornou uma criatura tão vil? — seu rosto se transfigura.
— Você não sabe com quem está falando. — sua voz é puro rancor.
— Você não percebe o quão patética é? — ela me olha enfurecida. — apenas uma criancinha implorando pela atenção dos pais. É você quem não tem ideia de com quem está falando.
Caroline voa em minha direção e esbofeteia meu rosto com tanta força que perco o equilíbrio e bato minha cabeça na quina da escrivaninha que fica entre nossas camas caio desacordada. Não sei quanto tempo depois acordo deitada na minha cama e Caroline está sentada na cama dela lendo o mesmo livro de agora a pouco.
— Como você pode ser tão falsa? — ela abaixa o livro.
— Preciso que você esqueça disso. — seu rosto está vermelho.— você tem razão eu sou muito patética. Mas eu nunca — ela se ajoelha — te machucaria, eu amo você Eleven, você é minha família, eu perdi a cabeça, por favor me perdoe Eleven. — lágrimas descem uma atrás da outra.
— Você está falando a verdade? — ela aperta minha mão.
— Eleven. — ela me olha com medo. — você precisa tomar cuidado. — ela olha pros lados. — tem gente querendo machucar você. — ela diz baixo, seus olhos estão vermelhos.
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Eleven
FantasiEu sou uma fada. Meu nome é Eleven, justamente porque sou uma fada onze. As fadas são separadas por números, minha geração é a número onze. Desde que houve fadas, somos responsáveis pela proteção da ger...