— Você? — ele sorri, mostrando seus dentes amarelos.
— Quem mais seria? — é Frederico, o fada superior.— esse homem tem um coração tão podre, que me aceitou na minha primeira tentativa, então eu pensei, é perfeito, ele comanda tudo.
— Eu pensei... — Sua aparência é assustadora. Seus olhos se tornam totalmente negros, seus dentes afiados, e suas asas negras e grossas como galhos de árvore.
— Não importa. — sua voz engrossa. — você vai me deixar entrar.
— Nunca. — eu grito. Meu corpo começa a tremer. — artefatos mágicos nunca sumiram. E os trolls? como eles andam em plena luz do sol?
— Você é irritante. — ele rosna. — você acha que só você faz planos?
— Como assim? — meu corpo está congelando. E o cheiro de podre me deixa zonza.
— Eu armei para você sua fada estúpida, fazer os trolls ficarem imunes durante uma hora a luz do sol é magia fraca. Era tudo para te tirar do caminho. — sua voz me dá arrepios. — se você não deixar eu usar seu corpo, eu poderia te matar, mas isso seria muito fácil, o que é pior do que ser acusada de algo que você não fez?
— Não. — eu grito. Preciso soar real.
— Você será a fada que se uniu aos trolls, você será odiada, e Amanda, ela será a primeira a te apedrejar. — ele gargalha. — foi divertido brincar com sua mente. Você nunca foi meu objetivo, você é só uma fada comum, que logo será condenada por roubar do seu povo, será culpada pela morte de Sandro. — ele puxa meu cabelo me deixando de olhos nós olhos com ele.— a não ser que você me deixe entrar. — ele puxa meu cabelo com tanta força que choro.
— Você pode me matar se você quiser, mas nunca deixarei você entrar, seu porco nojento.— cuspo em seu rosto. Ele esmurra meu rosto em quanto segura meu cabelo.
— Eu vou te enterrar, sua fadinha de lixo. — ele esbofetei meu rosto e sinto o sangue quente nascer.
Sou incapaz de me defender, a presença dele congela todos meus movimentos. Eu estou dominada pelo medo. Ele finalmente larga meus cabelos, quando meu rosto está coberto de sangue. Ele começa a me chutar.
— Eu nem preciso usar meus poderes para acabar com você. — minha visão se escurece então desmaio.
✮ ✯ ✰
Meu corpo todo dói. Estou em um lugar sujo e frio, onde o cheiro de podridão e de morte me deixa ainda mais zonza. Não me atrevo a me mexer, qualquer tentativa de movimentar um músculo é uma tortura. Meu olhos se abrem lentamente e se fecham novamente, vejo dois homens me olhando. Estou em uma cela, não sabia que o palacete tinha celas. Me levanto e minha barriga doí muito.
As marcas dos chutes estão por todo meu abdômen, ainda estou vestida com a calça de moletom e a blusa rosa que Ana me emprestou. Que agora estão imundas. Cobertas de sangue e lodo. Apesar de tudo isso, minha luz continua forte.
Me sento no canto da sela, é feita de tijolos e teias de aranhas. Há bichinhos nojentos nas paredes e musgo entre os tijolos. Meu abdômen doí tanto que me encolho e começo a chorar baixinho. As lágrimas limpam o sangue do meu rosto, onde uma grande marca roxa enfeita minha bochecha. Meu lábio está cortado. Sinto os hematomas nas costas.
Não entendo por que não consegui me defender. Eu sou forte, eu sou, eu sou uma fada da terra e da água, por que?
Minha barriga ronca de fome, e minha boca está seca, me sinto desidratar, bato palmas, mas minha varinha não aparece, Sam deve está preocupado comigo. Amanda deve me odiar e Alvin deve está apoiando Amanda. E Kai? eu disse "não importa o tanto que eu sofra". Ele não voltará, eu estou sozinha. Com medo, com fome, com frio, machucada. Uma dor forte na minha cabeça atrapalha meu raciocínio. Eu grito, e os guardas ignoram. Eu caio desacordada.
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Eleven
FantasyEu sou uma fada. Meu nome é Eleven, justamente porque sou uma fada onze. As fadas são separadas por números, minha geração é a número onze. Desde que houve fadas, somos responsáveis pela proteção da ger...