Ola gente :3 Esse um conto(preparem as lágrimas), que vai ter 2 partes. Espero que gostem
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Passos eram ouvidos no imenso salão decorado com imensos pilares grossos em dourado, paredes brancas e teto que contavam uma pequena história em seus desenhos feitos com delicadeza, e pintados com destreza. Muitos diziam que sua história contada ali era sobre a guerra de Kalid, o primeiro rei vampiro que desafiou os demônios começando a maior guerra que já aconteceu, ele foi o primeiro e único homem a subir ao trono, e fazendo uma guerra não agradou seu povo, sendo assassinado logo em seguida. Sua sucessora, a quem tirou o trono dele, declarou que apenas mulheres agora poderiam governar o reino dos vampiros, e com a grande baixa de homens na raça, essa lei permaneceu, porém, os tempos mudaram.
Agora restam apenas 15% de homens no mundo dos vampiros fazendo a nova imperatriz tomar medidas drásticas. Por demônios possuir mais homens ela teria que se casar com o atual rei que nem conhecia e talvez uma nova raça criarem, e naquele exato momento o som que ecoava pelas paredes brancas indicavam sua chegada, a vampira imperatriz que decidiu tomar rumos diferente que o senado e seu conselho propôs.
As imensas portas escuras se abriram fazendo seu som anunciar todos no local que se curvaram diante de sua rainha que se auto denominava imperatriz dos vampiros. Cruel, sádica e ambiciosa, eram suas características marcantes. A vampiro observou seu povo se curvando e assim permanecendo enquanto passava arrastando uma enorme capa peluda branca, seus saltos faziam sons agudos e irritantes, e seus cabelos ondulados e compridos caiam em cascatas por suas costas.
Parou no meio do salão se preparando para receber seu convidado que não via nenhum divertimento, odiava os demônios, e nenhum a interessava principalmente, fisicamente. Casar-se era uma tortura que iria cortar logo essa raiz. Fitou um vampiro que se mantinha ao seu lado com a cabeça baixa enquanto logo atrás mais três vampiras que a serviam. O garoto era um dos poucos homens que serviam na qual ela o escravizou.
O anúncio foi dado, diante das portas um grupo de homens se aproximou. Semicerrou os olhos analisando cada homem que adentrava não vendo ninguém que se destacava, ninguém de capa ou coroa. Arqueou uma sobrancelha ao ver os demônios se curvando em reverência enquanto um casal de demônios se aproxima com expressões duras e frias, eles analisaram todos em volta antes de novos passos serem anunciados. A vampira esperou curiosa com toda aquela recepção, e por ver mais mulheres que imaginava no grupo de demônios que adentrava, perguntando-se quanto por certo existia de demônios fêmeas.
Um demônio alto e forte parou um pouco à frente do casal com uma expressão inabalável. Vestido todo de negro assim como eram seus cabelos compridos jogados para o lado, o grande rei que governa por mais de duzentos anos finalmente está diante de muitos vampiros. Seus olhos pratas fitavam cada vampiro perto da rainha parando diante do servo que ergueu sua cabeça lentamente, observou aquelas órbitas que o analisavam e assim permaneceu mesmo quando o rei demônio voltou-se para a rainha.
Por aquelas expressões nenhum dos dois estavam satisfeitos com aquele casamento e muitos motivos estão por trás, aquela apresentação não durou muito, logo o demônio foi recebido pelos conselheiros vampiros e assim naquela sala uma espécie de festa de boas-vindas começou, bebidas eram distribuídas, conversas eram jogadas fora. A vampira a cada vez que analisava aquele vampiro não via nada além de um homem forte, fechado, todavia, gostara do que aqueles olhos transmitiam, agressividade, crueldade, se não odiasse tanto os demônios poderia cogitar viver e governar ao lado de alguém como aquele ser, alguém que assemelhava-se. Observou mais aqueles cabelos que chegavam até metade de suas costas na qual ele amarrava agora em um pequeno coque frouxo, ele falava apenas o necessário e voltava-se para um canto recluso onde apenas aquele casal de demônios que se apresentara primeiro mantinham-se por perto, seria seus guardas?
Irritada, prestou atenção em festejar, alegraria pelo seu plano após se casar no que daria direito de governar demônios, tudo poderia ir bem como ela planejava, tinha apenas que seduzi-lo, e teria um mês para isso, um tempo curto, mas existiu algo que ela não desconfiava, algo que faria seus pilares abalarem, e o motivo estava ao lado dela. Seu único escravo homem que oferecia um cálice com sangue para sua rainha e voltava a se ocultar nas sombras com a cabeça baixa.
Aquele servo seria o que faria seu mundo mudar, era o que estava escrito nas estrelas, era o que após uma semana começava a acontecer.
Akaio, como era chamado era um simples vampiro servo de corpo fraco por mau ser alimentado, de cabelos lisos e em tom de azulado puxado para negro, seus olhos apenas que não transmitiam nenhuma agressividade, crueldade, estavam pregados no chão, tristonhos e cansado. Havia apanhado novamente de sua imperatriz e como sempre seu machucado sangrava por ter veneno misturado algo que fazia a cicatrização dos vampiros demorar.
Suspirou.
Nada que ele fazia era bom o suficiente, estava cansado, triste, e apenas se perguntava se poderia descansar para sempre, fechar seus olhos e nunca mais abri-los. Seu corpo levava muitos ferimentos, sua alma e mente igualmente, não aguentava mais, tinha medo de se aproximar da vampira, tinha pavor em ficar sozinho no mesmo aposento dela. Nunca recebera carinho ou amor, não sabia o que eram esses sentimentos sonhando um dia ter e receber. Akaio caiu de joelhos sobre aquele tapete vermelho deixando suas lágrimas rolarem, não deveria chorar no meio do corredor onde poderia ser visto e punido, porém, sentia dor em sua face onde um grande arranhão continha, em seu abdômen que sangrava, em sua alma quebrada. Queria apenas chorar e era isso que fazia. Deixava suas lágrimas rolarem em silêncio, apertou o local que sangrava com força sentindo ainda mais dor, suas vestes simples cada vez ficavam mais molhadas, e cada vez mais sujas, o vampiro apenas chorou mais ainda até não aguentar mais, não existia nada naquele mundo que pertencia a ele, não existia nada que ele poderia receber, os sentimentos que mais desejava. Desejou que o veneno fosse forte o suficiente para adentrar sua corrente sanguínea e matá-lo, sabia que existia venenos que ela produzia capaz de matar um vampiro que eram considerados imortais, e desejou que aquele que tivesse sido usado fosse um dos fortes.
Apenas queria morrer, fechar seus olhos, e não sentir mais nada.
Sentiu os raios de sol vindo das janelas grandes do corredor, o espaço amplo com aqueles imensos objetos transparentes, faziam sua dor diminuir à medida que sorria sentindo o calor contra sua pele clara demais, sentiu-a esquentar, e suas lágrimas parar. Deixou seu último sorriso escapar assim que foi rumo ao chão perdendo a consciência. Seu corpo atirado sobre um dos melhores tapetes posto no palácio poderia ser um bom local para um escravo sujo e maltratado morrer, e logo ser atingido pelos raios do sol.
Perdeu sua consciência com um sorriso em sua face enquanto seu corpo esperava que os raios daquela imensa bola no céu achassem seu corpo e acabasse com tudo.
Antes de deixar-se fechar totalmente os olhos, deixar-se perder para a escuridão, teve certeza de ter o vislumbre de algo o protegendo, como se fosse um anjo, teve essa plena certeza de ter notado uma sombra de uma asa, poderia ser um anjo? Um se importaria com ele? Não conseguiu perguntar, apenas ser vencido pela escuridão antes de conseguir sentir seu corpo se erguendo.
Aqui é apenas uma entradinha ehehehehe
O que será que vai acontecer com o Akaio? Qual será seu futuro?
Espero que tenham gostado, mesmo apenas sendo 1240 palavras, ainda tem muito mais <3 eheheh
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O servo do rei [Degustação]
Short StoryKael, o Rei dos Demônios, precisa assinar um tratado de paz e salvar o seu povo da guerra, sendo assim obrigado a se casar com a Rainha dos Vampiros. O que ele não esperava era que seu casamento arranjado o pusesse de frente para Akaio, escravo da r...