Eu Morri?

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Acordei em lugar escuro, tudo estava frio e eu não conseguia respirar de forma alguma, meu corpo pesava e as minhas pernas bambas, tremendo sem saber para que lado correr.

Olhava para o sombrio com um medo pavoroso, meu corpo tremia completamente e doía a cada passo que eu dava, como se eu caminhasse sobre agulhas.

_É isso... Eu morri. Dizia para mim mesma, pois eu tinha certeza absoluta que a minha alma, pobre alma, vagaria na escuridão pela eternidade. Ouvia uma voz que vinha do oculto, tentava seguir o som, mas nunca chegava, era apenas eu e esta voz, perambulando em meio ao vasto negro sombrio.

A voz chamava o meu nome.

_Lúcia! Lúcia!

Quando eu acordei na minha cama, fiquei aliviada, era apenas um sonho... Mas foi aí que eu me perguntei "Será?", Eu comecei a fazer teorias sobre a sensação da morte e para onde vamos quando as nossas almas finalmente estiverem livres do corpo e do mundo físico.

Até que chegou a hora de ir para a escola, eu estava completamente desarrumada, não havia nem mesmo tomado banho, fiquei apenas escrevendo teorias.

Desesperada, lavei equivocadamente o meu cabelo com água da pia e sabonete, sequei e corri logo para a cozinha procurando a minha mãe para me levar a escola.

Procurei ela na sala e na cozinha, não estava em lugar nenhum, banheiro, garagem, ela não estava lá, eu já estava atrasada, corri para o quarto dela e lá estava ela assistindo TV deitada na sua cama de casal. Gritei:

_Mãe! Estou atrasada para a escola!

Ela com calma, olhava o meu rosto vermelho e quente de raiva, que estava a ponto de evaporar a água da pia que havia caído em meu rosto e disse:

_Lúcia, hoje é domingo.

Fiquei paralisada com o momento que não podia acreditar que realmente era domingo e eu esqueci... Bem... Isso acontece geralmente com pessoas como eu. Subi as escadas e entrei no meu quarto, bati a porta com força e deitei na minha cama.

Pensava só no meu sonho, o que era aquela voz? Onde eu estava? Umas das perguntas inúteis que eu fazia para mim mesma, mas mesmo assim não saiam da minha cabeça. Passei um tempo pensando até que adormeci em um piscar de olhos.

Acordei em um lugar escuro de novo, tudo frio e eu era incapaz de respirar, a voz que ouvia me chamava novamente e dizia:

_Lúcia! Lúcia! Por favor!

Eu de repente acordei, do nada, apenas abri meus olhos, foi o mesmo sonho só que diferente, a voz me disse "Lúcia! Lúcia!" Da primeira vez mas desta vez ela disse "Por favor", então ela precisa de ajuda presumi.

Ajuda, ajuda minha? Por que eu? O que eu fiz? O que eu tenho que qualquer outra pessoa não tem? Pensava em várias perguntas sobre mim. Estava na hora de almoçar, minha mãe havia preparado feijões negros com salada, odeio salada, mas é saudável e por isso sou obrigada a comer.

Comia tudo rapidamente sem nenhum medo de engasgar e morrer, aliás... Eu já morri duas vezes, eu acho... Amanhã será o meu primeiro dia de aula, estou ansiosa, mas também com medo, já minha mãe nem ligava para nada do que eu sentia.

Eu acabei o almoço finalmente, depois do sofrimento de comer toda aquela salada verde de alface e repolho, nojento.

Subi para o meu quarto fiquei o dia inteiro deitada na cama assistindo anime, adoro anime, Naruto, Bleach e One piece são os meus favoritos, mas assisto vários. De noite, mais ou menos umas 18 horas eu fui jantar, não tinha nada, olhei para a cara dá minha mãe desapontada e subi para o meu quarto, bati a porta do meu quarto o mais forte que pude.

Dormir sem jantar não é legal, fiquei faminta e não conseguia dormir, o único jeito era atacar a geladeira, abri a porta do meu quarto bem devagar, sem fazer qualquer rangido, desci as escadas vagarosamente com uma cautela inimaginável, cheguei finalmente na frente da porta da cozinha, abri devagar como se minha vida dependesse disso e andei até o meu grande e esperado objetivo, a geladeira.

Eu abri a geladeira, ao contrário das outras portas com uma força extremamente intensa. Lá estava! Esperando por mim, bem no fundo dá geladeira um grande e delicioso pudim de baunilha com cerejas. Eu comi mais ou menos três pedaços ou mais de pudim. Subi e escovei meus dentes para dormir, deitei na cama, ou melhor me joguei na cama e dormi instantaneamente. Estava lá de novo naquele mesmo local, sim, estava escuro e sombrio, meu corpo estava pesado e o meu andar doía a cada passo que eu dava, estava só esperando a voz, mas nada ouvia, até que me aproximei de algo que eu via, lá no extremo horizonte negro, um indivíduo com uma capa preta. Me aproximava vagarosamente, com medo e frio até que fiquei em uma distância consideravelmente próxima quando o indivíduo virou-se e revelou-se um ser tenebroso e sombrio, apenas enxergava os seus olhos vermelhos brilhantes em meio a escuridão... A criatura se aproximava cada vez mais de mim, eu não conseguia me mexer até que ele parou e disse:

_Lúcia! Lúcia! Por favor! Permaneça conosco! Você é a luz que ilumina as trevas deste lugar tão sombrio!

Eu acordei, estava de manhã. É claro que a todo momento mantinha pensamentos sobre o meu sonho em minha mente, a criatura havia dito "Permaneça conosco!", Ou seja, existem mais dele, mas não entendi a parte "Você é a luz que ilumina as trevas deste lugar tão sombrio", então resolvi procurar por ajuda mais experiente...

Depois da Morte - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora