Cap 1

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Mãe? - Alice perguntou chacoalhando a mãe no sofá - mãe por favor acorda!
Nenhuma resposta, Alice em prantos, o pai em desespero gritando ao telefone a espera de socorro - Pai ela ta ficando fria! - Disse Alice ao pai que acabara de desligar o telefone. Alice correu para fora da casa e gritou pedindo socorro,alguns vizinhos apareceram, só deu tempo de Alice trancar sua cadelinha em seu quarto e ser acolhida pela vizinha ao seu lado. Na casa ao lado moravam um casal de idosos e o filho mais velho, a doce senhora ofereceu a Alice todo tipo de chá, bolo e salgado.
Minutos depois Alice escutara o barulho da ambulancia ao longe, Seu celular toca, ela atende e ao outro lado da linha esta Ricardo seu primo:
- Prima fica tranquila, eu ja estou chegando! Ja sai daqui de Santos estou indo para ai!
-Okay primo, não demora por favor!
-Lice se acalme!- Disse ele e desligou o telefone.
A doce senhora pediu para que Alice permanecesse dentro da casa, não importa oque escutasse ficasse dentro da casa foi oque fez, levaram cerca de quarenta minutos até que sua madrinha e seus primos chegarem, logo depois chegara seu irmão, esta saga durou ate 1h.
O pai entra pela porta da casa da senhora que acolheu Alice, suado, cansado, abatido eram as palavras que lhe descreviam naquele momento ele abraçou a menina bem forte juntou todas as suas forças que lhe restaram para apenas dizer:
- Lice... minha filha eu fiz de tudo mas... ela se foi! - os dois cairam em prantos no chão ainda abraçados pai e filha passaram mais alguns minutos daquela forma até conseguirem se manter em pé e todos a volta deles assistindo aquilo em total silencio.
Passaram a semana seguinte na casa da tia madrinha de Alice, Fabiana irmã da falecida mãe de Alice, no domingo foi o velorio e o enterro, todos contavam histórias para Alice sobre o passado da mãe mas é claro quando conseguiam falar em meio as lagrimas, a vida dela estava prestes a mudar e muito.
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- Fa - Disse o pai de Alice em um tom ansioso - Depois do enterro de hoje eu acho que não vou conseguir morar na casa, e eu acho que vou passar um tempo la na tia ta?
- Não! Fique aqui, não precisa se incomodar fique o tempo que pecisar.
A semana seguinte Alice não conseguiu ir a escola, quando voltou os colegas vieram preocupados perguntando oq acontecera Alice só consegiu dizer que ficou doente e que não pode ir a escola na semana anterior, escondeu ao maximo de todos oque realmente ocorrera.
as semanas seguintes rastejaram, tanto para Alice, o pai, a tia avo, para todos foi uma semana bem dificil, A tia avo de Alice Ja tinha quadros de depressão há muitos anos atrás, mas a doença voltara e estava sofrendo serios problemas.
Aos poucos cada coisa foi se colocando no lugar, a cada semana ela e o pai iam ver apartamentos para comprar, casas, condominios. Depois de muitas opções o apartamento foi comprado no bairro Tucuruvi, um condominio com seis torres, oito andares cada torre, um salão l de festas, uma quadra e quase 240 apartamentos, tinha muita gente e com certeza teria pessoas da idade de Alice que acabaria fazendo novas amizades. todos os fins de semana a familia por parte de mãe de alice se reunia para ajudar a montar o apartamento, pintava as paredes, traziam os moveis, arrumavam os armarios, desempacotavam caixas. Em novembro Alice finalmente passou a morar no condominio oficialmente, a primeira noite na casa nova e a luz acaba.

- Sera que eles estão bem na casa nova? - Pensou Cleo a tia avó - Você acha que eles estão conseguindo se virar?? agora que são só os dois
- Mãe relaxa eles devem estar super bem, o Bi é adulto ele vai saber cuidar da Alice sozinho calma!- Disse Andréia acalmando Cleo o que não deu muito certo. E depois subiu para o seu quarto e ligou a televisão assistiu um filme e adormeceu.

-Pai? Cadê você? – Disse Alice desesperada, apalpando o nada, tentando não bater a cara na parede, como não conhecia direito a casa nova foi realmente oque aconteceu – Ai! Então aqui tem uma parede...
-Filha? Estou aqui na sala! Cuidado Alice não vai se machucar!
Alice caminhou ate a sala esbarrando nos moveis até encontrar o sofá e se lembrar de seu celular em seu bolso. Pegou o telefone, que estava com apenas 47% de bateria ligou a lanterna, foi até o raque, e procurou a luz de emergência que ela tinha ganhado do seu tio, na hora ela achou que fosse totalmente inútil, mas agora agradecia pelo presente. Enquanto isso Bira ascendia velas na cozinha, Alice colocou a luz em lugar que iluminasse uma boa parte da sala ou seja em cima do painel da televisão. O pai trouxe uma vela para a sala e a colocou na mesa e a outra no banheiro.
-E agora?
-E agora oque?
-Oque a gente faz?
-Dorme!
-Nossa! Ta bem, boa noite
-Boa noite Alice.
Que horas são? Porque todas as luzes estão ligadas? Meu Deus são 4h? Acho que luz voltou... Pensou Alice confusa. Sim a luz votou e acordou Alice e logo em seguida seu pai, eles desligaram as luzes e Alice pegou o controle da televisão e dormiu na sala mesmo poi seu quarto da casa nova nem estava pronto.

O Drama da Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora