- Tô cansada, Erin. Nada faz mais sentido. Eu sou uma otária mesmo! - Lamentei pelo meu oitavo namorado do mês.
Bom, esse último foi o Logan. Ele era lindo e atencioso. Mas, eu não podia dar o que ele queria.
Sexo.
Eu sei, tô meio grandinha pra me sentir insegura ainda, mas, eu não sei muito dessas coisas, e quero me entregar somente ao meu marido, no futuro. Ok, isso saiu meio clichê. Mas é sério.
- Você tem algum problema, Lily! Já é o oitavo cara que parte seu coração, só nesse mês! - ela berra, passando as mãos pelos cabelos curtos e ruivos. - Olha, você sabe que os caras da nossa idade não querem mais só beijinho e abraço, poxa!
- Mas... Eu pensei que dessa vez eu havia encontrado a pessoa certa. - retruquei triste.
- Você sempre acha a mesma coisa sempre!
Eu dou razão á ela. Era sempre o mesmo papo: "dessa vez vai mudar" "esse é diferente", e nunca foi e nunca vai mudar.
- Já sei do que você precisa! - ela bateu palminhas, mudando totalmente o humor.
Louca.
Arqueei uma sombrancelha.
- Pub! - ela disse sorrindo
- O quê? - Perguntei sem entender
- Vamos numa pub! É disso que você precisa. - ela alargou mais o sorriso.
-Olha, nunca fui a um lugar desses, não sei se é uma boa idéia e...
- Ótimo, vem! - ela cortou minha fala, e me puxou, saindo desparadamente pelo corredor do colégio, ne arrastando.
Isso vai dar merda!
Chegamos na minha casa e como sempre, não havia ninguém. Meu pai estava trabalhando, e minha mãe gastando em compras, provavelmente.
Erin subiu para meu quarto e eu fui atrás. Ela entrou e começou a mexer no meu guarda-roupas.
- Ei, tá procurando o quê? - perguntei, me jogando na cama.
- Uma roupa bonita para você se vestir mais tarde. - ela disse sem tirar os olhos do meu guarda roupa.
- Olha, o máximo que você vai achar aí são algumas calças justas e olhe lá! - disse entediada.
- Certo! Tá com seu cartão de crédito aí? - ela perguntou me encrando.
- Sim, mas, por q...
Ela não me deixou terminar e novamente me puxou me levando de volta para o seu carro.
- Erin, aonde vamos em? Temos aula de francês daqui a pouco no CS Academy. - comentei, intrigada.
- Não se preocupe, nós não vamos hoje. Vamos ás compras! - ela riu descontroladamente
Ai Deus!
A loja em que entramos estava quase vazia, então logo fomos ao que queríamos. Quer dizer, ela queria.
- Estamos fazendo o que nessa loja de roupas?
- Comprando pão! - ela ironizou.
Quase acreditei.
Quase.
- Pega esse! - ela me entregou um vestido que mal cobria a minha bunda, azul escuro e bem justo, com algumas lantejoulas brancas ao redor do enorme decote nos seios.
- Tã louca, Erin? - Arregalei os olhos.
- Louca está você. Esse vestido tá super na moda, e valoriza seu corpão com essas belas pernas grossas e esse bundão. - ela disse alto o suficiente para o atendente da loja olhar para minha bunda.
- Erin, sem chance. Não vou usar isso aqui. Não mesmo. Podemos escolher uma coisa mais discreta e...
- Lily! Você tem um corpo lindo! não tem porquê esconder. Olha pra mim! Baixa com 1,58, sem bunda, sem peito e magrela. - É verdade, Erin nunca teve corpão, mas ela é muito bonita. - Agora olha pra você! Alta, com 1,68, com seios enormes, bunda enorme e uma coxa de dar inveja. Não se esconda dessa forma! Você é gata, tem que arrassar! - ela sorriu.
Decidi aceitar. Não haveria nada importante na festa, certo?
Errado.
Olhei-me no espelho da boate, e eu parecia uma daquelas garotas de programas vulgar. Meus longos cabelos negros estavam mais lisos que o normal, quase encostando no meu bumbum. Aquele salto de 15 cm pareciam ter 50, para equilibrar-me era horrível. Meus olhos marcavam um preto que eu nunca havia ousado em usar. Mas, eu me sentia bem. Ao menos, um pouco.
Voltei para o bar e vi de longe Erin se agarrando com um homem.
É, a noite vai ser boa pra ela.
Quando ia pedir uma bebida sem álcool, o bar foi invadido por bandidos. Sim, bandidos. Eles pareciam procurar alguém.
- É ela! - um dos bandidos gritaram e vieram em minha direção.
- E-eu? - olhei ao redor.
Eles tamparam minha boca com um pano, e eu não vi mais nada.
Acordei em um carro fechado com dois homens ao meu lado, e outros dois na frente.
- Aonde eu tô? - perguntei me recordando dos acontecimentos.
- Em um carro. - o cara do meu lado direito disse.
- Que grosseria! - resmunguei. - Meu nome é Lillyan, prazer. - sorri
Ah, sua burra, você está sendo sequestrada, não seja simpática.
- Quero dizer, me tirem daqui ou chamou a polícia! -berrei.
O cara da frente revirou os olhos.
- Caladinha, vamos te levar para o chefe! Tá na hora de acertar as contas, né? - ele deu um sorriso perverso.
- Que contas? Gente, eu tô sem grana, tá? - comentei, cruzando os braços.
Percebi que o cara que dirigia prendeu a risada.
- Chegamos, desce do carro, princesinha. - o cara da minha esquerda disse, entediado
Desci do carro com os dois patetas segurando meu braço.
- Ai, eu tomei vacina semana passada, ainda dói! - reclamei da mão dele apertando meu braço.
Ele continuou e me arrastou até um enorme portão de ferro, que abriu automaticamente, revelando uma enorme mansão com cinco andares, branca e com uma enorme e redonda piscina na frente.
Eles entraram pelos fundos, revelando um lugar mais escuro onde havia uma enorme porta preta de metal.
- Senhor, estamos com a garota.
- Entrem. - soou uma voz grossa de dentro do lugar.
A porta de abriu por dois seguranças mal encarados, revelando um homem sentado de costas em uma enorme cadeira preta.
- Com liçença, senhor. - disse o cara chato que segurava meu braço direito.
A cadeira se virou, revelando um homem totalmente diferente do que eu imaginava. Loiro, musculoso, cheio de tatuagens, e olhos bem azuis, o que me deixou sem graça, já que eu tinha olhos castanhos tão sem graças...
- Vocês enlouqueceram? - o homem gritou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor Proibido
RomanceLillyan é uma adolescente de 17 anos normal. Bom, quase. Um pouco inocente demais para o mundo em que convive. Vive sofrendo por "paixões" que nunca deram certo. Perdendo todas as esperanças, ela decide nunca mais se apaixonar... Na verdade, ela não...