1 | HOJE PODE ATÉ CHOVER

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"(...), porque ela só quer paz".

Ela Só Quer Paz  — Projota

Se eu fosse escrever um manual intitulado "Como Ter Um Par Para O Casamento Da Sua Prima Que Vai Se Casar Em Quatro Dias", meu primeiro mandamento seria: não dispense o cara que você convidou para ser seu par cinco dias antes da cerimônia

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Se eu fosse escrever um manual intitulado "Como Ter Um Par Para O Casamento Da Sua Prima Que Vai Se Casar Em Quatro Dias", meu primeiro mandamento seria: não dispense o cara que você convidou para ser seu par cinco dias antes da cerimônia.

Juro que eu só tinha a intenção de dispensá-lo depois do casório. Precisava dele como meu namorado postiço, para não ter que ouvir a esperada ladainha de mamãe sobre meus trinta e três anos, minha preocupante solteirice e o fato de que, com a minha idade, ela já tinha parido o segundo filho: Felipe Vetter Theloni, mais conhecido como Lipe, meu adorável irmão caçula — e, aqui, o "adorável" foi empregado com total ironia, caso não tenha ficado claro.

Meu ex-acompanhante seria um genro postiço perfeito. Mamãe com certeza aprovaria a altura, o porte atlético, os olhos verde-escuros e o denso cabelo castanho que lhe garantiriam netos com uma senhora genética.

Além de lindo, era inteligente e bem-humorado. Ele só tinha um problema: deixava a desejar — e muito — na cama.

Eu já tinha transado com um número suficiente de caras para saber que, apesar do pau bacana, ele era um péssimo fodedor. E não estou sendo leviana. Veja bem, aquela era a minha quinta vez com ele. Dei cinco chances ao sujeito. Cinco! Duas a mais que as três oportunidades que eu costumava dar quando um cara interessante não me agradava completamente de primeira. Só porque ele era quase tão alto e tão gato quanto o Jared Padalecki.

Eu disse quase.

O fato é que ele era daquele tipo de cara: o tipo que conversa demais durante o sexo. E não estou falando de frases e palavras sacanas — que são muito bem-vindas quando não excessivas. Estou falando de perguntas constantes como: "posso ir mais rápido?" ou "posso beijar seus peitos?".

Não, eu não estou brincando. Sério. Gostaria, mas não estou.

É absolutamente broxante. Haja concentração para conseguir gozar em paz.

Não sou uma estrela pornô, que tem um squirting quilométrico com duas metidas, mas também não sou uma mulher frígida. Sou uma mulher real, que precisa ser estimulada para chegar ao orgasmo e que perde completamente o tesão quando um cara pergunta algo como: "posso te penetrar agora?".

Eu sei. É triste saber que um homem de trinta e poucos anos se comporta como um garoto virgem na cama. Sinceramente, não sei como um cara tão gostoso pode ser tão sem atitude, tão sem pegada.

Mas é a vida, né? Fica aí o alerta: nem todo homem gato é bom de cama.

Como não sou obrigada a ser mal comida, ontem, depois que ele gozou feito um cavalo e me deixou a ver navios de novo, virei o pescoço e, apesar de precisar de um cara para ludibriar mamãe, falei:

O Descarado Dorme Ao Lado [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora