Acordo com o barulho das ondas quebrando ao longe, pego meu celular que esta em cima do pequeno criado-mudo e vejo as horas, 7:10 AM.
Ótimo.
Fazia apenas três dias, que estava na pequena casa de praia da minha família, e de algum modo, o barulho das ondas me acordava toda vez antes do meu horário, o mar parecia que ficava mais alto naquela hora apenas para servir como meu despertador natural, eu odiava isso.
Odiava a praia, odiava o mar e principalmente odiava o fato de que teria que ficar presa naquela maldita casa por uma semana.
Eu tentei, de todas as maneiras, convencer minha mãe a não me mandar para esse fim de mundo, onde meu pai mora agora, mais como sempre eu não fui ouvida, segundo ela eu estava sendo dramática, pois só iria ficar aqui uma semana e não um ano.
Tentei explicar para ela, que uma semana em língua de adolescente era quase um mês, mais novamente ela falou que eu estava exagerando, então não teve jeito, tive que pegar o carro e dirigir por 3 horas, até a pequena casinha que meu pai comprou.
Assim que estacionei o carro fiquei completamente chocada com o que via na minha frente. Meu pai era conhecido pela família como uma pessoa "consumista", ele praticamente gostava de esbanjar e viver com luxo, antes de sair do carro peguei o endereço que ele me mandou e olhei novamente para ver se estava certo.
Aquela não podia ser a casa do meu pai, era uma pequena casinha azul escura de dois andares, parecia nova mais você conseguia ver algumas tintas descascando, e ao longe conseguia ver o mar, olhei para o horizonte e percebi que meu pai tinha escolhido viver em uma praia paradisíaca, de qualquer modo ele ou o antigo dono se preocupou em cuidar do jardim, pois a grama estava perfeitamente aparada e tinha algumas flores espalhadas.
Mais mesmo assim, era simples demais, meu pai nunca viveu em algo simples como aquela pequena casinha.
Quando vi a caixa de correio nova com o sobrenome Aiken soube que era aquela mesmo, sem chance de ter duas famílias com o mesmo sobrenome naquele fim de mundo, ainda chocada dou alguns passos ate estar na varanda da casinha e bato na porta.
Não se passou nem um segundo quando a porta e aberta bruscamente e vejo meu pai na minha frente com um largo sorriso. Ele era um homem bonito, seus cabelos eram da cor preta mais profunda, uma covinha despontava no lado esquerdo da sua bochecha e os olhos verdes que herdei dele estavam com rugas nos cantos o que mostrava sua idade, mais tirando isso você daria a ele uma idade muito mais jovem do que ele era na verdade, notei também que ele estava com um avental de cozinha sujo de algo vermelho, não precisava de muito para saber que ele estava fazendo sua famosa macarronada.
-Meu Deus como minha garotinha esta crescendo!- meu pai diz como olhos brilhando, não tive tempo nem de dizer nada ele me puxou e me abraçou, Quando não senti nada gosmento em mim quase suspirei de alivio, minha sorte foi que o molho em seu avental já estava seco, pois senão estaria agora com uma enorme mancha na minha blusa branca.
-Como vai pai? E sim depois de vinte anos você tem que crescer- falo rindo e logo me solto dele, olho por cima do ombro dele esperando ver um pequeno hall mais tudo o que vejo e uma pequena sala no lado direito da casa e em outro canto uma cozinha- É que... Escolha interessante de casa.
-Você não gostou?- meu pai pergunta olhando para a casa atrás dele- Claro que não parece com as casas onde já morei mais por algum motivo gosto dessa mais assim, ela e perfeita sem muitas coisas.
-Não estou dizendo que ela e feia, estou falando que não estou acostumada vendo você morar em algo tão básico- digo indo ate meu carro e pegando uma mochila grande- então vamos? Pois estou morrendo de fome e sua macarronada e digna de um chefe.
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My First Life
RomanceViolet sempre teve uma meta para sua vida. Crescer profissionalmente sem a ajuda de seus pais, ela quer isso mais que tudo, e está conseguindo.