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Acordo de novo com uma água fria sendo jogada em mim, olhei para cima vendo a mesma pessoa de ontem e começo a chorar me perguntando quando esse pesadelo vai passar.
Ele se aproxima sorrindo ja imagino o que vai acontecer. Em um só movimento ele pula para cima ficando cara a cara comigo. Ele tinha um rosto um pouco quadrado coberto por uma barba cheia, era careca e tinha os olhos muito preto ele não era muito velho acho que tinha em torno dos 40 e também não era muito forte. Se eu saísse viva daqui nunca iria esquecer o rosto dele, mesmo se eu quisesse esquecer com todas minhas forças não ia conseguir.
Ele tentava rasgar as poucas roupas que restavam no meu corpo.
Eu já não aguentava mais, estava sem forças para lutar com ele e mais uma vez ele estava ali tentando abusar de mim mas mesmo assim eu tento fazer ele parar mas o mesmo ria das minhas tentativas falhas.
-ME SOLTA SEU PORCO SUJO. - falei gritando com o homem que estava na minha frente quando o mesmo tentava segurar meus braços acima da cabeça. -Por favor de novo não, eu não aguento mais, por favor. - me debatia chorando e implorando para que parasse mas nada adiantava desde ontem eu estava ali passando pela mesma coisa.
Eu tinha que fugir dali não sabia por quanto tempo ia me manter como um brinquedinho sexual até se cansar.
A dois dias ele me mantinha ali presa. A dois dias foi meu meu aniversário de 15 anos e por alguma desgraça maior foi nesse dia que esse homem se aproveitou de mim.
O motivo? Eu não sabia. No começo pensei que era para tirar dinheiro dos meus pais já que os próprios eram grandes advogados e ganhavam muito bem. Mas depois esse homem que eu não fazia ideia de quem seja ou seu nome me falou que não tinha nada a ver com os meus pais ou com o dinheiro. Ele havia me contado que me observava por semanas até saber cada passo que dou. Ele falou que não era nada pessoal e que a partir do momento em que ele pôs seus olhos em mim ele me desejava.
Aproveitei quando ele me soltou para baixar sua calça e dei um chute em sua barriga que o fez cair com tudo para trás batendo a cabeça no chão, mas pro meu azar ele não desmaiou. Vendo alí uma chance para sair daquele lugar levantei com dificuldade para andar e me apressei em direção a porta por um momento sentia que ia ficar livre. Mas isso durou pouco tempo até sentir uma mão puxando meu cabelo para trás e me arrastando até o colchão velho que tinha ali.
-Você vai se arrepender por isso sua vadia. - ele falou depositando um tapa forte em meu rosto.
-Não, por favor, não faz isso, por favor. - gritava aos prantos me arrastando para trás até me encostar em uma parede fria que estava atrás de mim, vendo que não tinha mas saída fiquei com mais medo.
-Cala a merda da sua boca. -ele falou sussurrando de um jeito que me fez tremer e dispensando outro tapa em meu rosto.
Eu já me sentia muito fraca para fazer alguma coisa.
Quando sentir ele se debruçando em cima de mim comecei a chorar convulcionalmente, ele apenas segurava minhas mãos acima da minha cabeça a apertando.
-Me solta solta seu monstro, eu te odeio seu verme. Seu desgraçado, eu te odeio, eu te odeio. ESTÁ ME OUVINDO? EU TE ODEIO SEU DOENTE. -falei gritando e no mesmo momento cuspi em seu rosto. Mas isso não o afetou e continuou me segurando. - Por favor me solta. -sussurrei na esperança dele ir embora eu não conseguia parar de chorar.
Senti ele passando a mão por minha coxa e depois foi subindo para minha barriga onde ele me apertava com mais força, ele foi subindo sua mão parando em cima dos meus seios onde subiu minha blusa e apertou forte um deles me fazendo gritar de dor. Quando ele passou a mão por minha intimidade que ja sentia muita dor chorava ainda mais em desespero, eu ja estava sentindo muita dor, não sei se iria ficar acordada até quando ele termina mas era melhor do que ficar vendo esse animal abusar de mim. Como se não tivesse escolha e não tive, deixei o cansaço e a dor me levar. O hemem vendo o que eu iria fazer pegou meu cabelo e puxou com força me fazendo gritar.
- Nada disso princesa, você vai ficar acordada vendo eu entrar todinho em você e me ouvir gemer por você ser tão gostosinha e apertada. -ele falou sussurrando no meu ouvido o que me fez chorar mais e tentar me debater contra ele.
E assim foi minha tortura com ele passando e apertando cada parte do meu corpo e beijando meu pescoço. Eu sentia nojo, repulsa e muito ódio por esse homem e me perguntava o que eu fiz para merecer isso.
Nesse momento com ele ali em cima de mim passando e beijando o meu corpo passou um filme da minha família e das coisas boas que me aconteceram na minha cabeça, do meu irmão me abraçando da gente brincando quando éramos menor, e também dos meus pais mesmo eles não sendo muito presentes em casa e quando eram eles fazia daquele dia especial. Eu era uma menina muito feliz, sempre era cercada de amigos e amor. Me falavam que naquela época e até hoje nos meus 15 anos eu era uma menina extrovertida e que contagiava todos a minha volta. Mas isso mudou a partir do momento que esse cara pôs as mãos em mim pela primeira vez.
Com ele em cima de mim não conseguia mais mexer não conseguia fazer mas nada além de ver ele fazer aquilo comigo.
Depois de um tempo ele saiu e me deixou jogada ali chão, machucada chorando e tremendo. Me levantei com a força e vontade que restavam e me pus de pé. Naquele momento fiquei decidida de que não iria desistir de sair dali, não agora, pois sabia que se ficasse mais um dia ali eu iria morrer. Olhando ao redor vi uma cadeira no canto do pequeno quarto que não tinha notado até então.
Fui em direção a cadeira e percebi que era de madeira tentei quebrar uma de suas pernas mas foi em vão, decido pegar a cadeira inteira mesmo e me escondi do lado da porta esperando aquele monstro entrar.
Eu sabia que ele não iria demorar, pois quando ele terminava de fazer o seu "serviço" aqui comigo ele trazia alguma coisa velha pra mim comer.
Cinco minutos depois a porta se abre e no mesmo momento juntando todo o meu ódio por aquele homem bato a cadeira três vezes em sua cabeça, e quando ia abater a quarta vez ele puxa uma das minhas pernas e acaba dando dois chutes em meu rosto eu rolo pro lado e ele sobe em cima de mim. Começamos a entrar em uma pequena luta corporal eu não sabia de onde estava tirando forças para brigar com aquele homem.
Percebi que ele tirou uma faca na cintura e veio para cima de mim me esquivei e o empurrei com um pouco mais de força que o fez bater a cabeça na parede, ele se virou e veio correndo na minha direção e quando ia sair ele acertou a faca na minha coxa esquerda que ficou cravada no momento não sentia muita dor só tentava tirar a faca dali. Mas ele foi mais rápido e me prensou na parede.
-Pensou que iria escapar? -ele falou rindo e apertando meu rosto.
Eu não ia desistir agora estava quase conseguindo. Varri meus olhos pelo pequeno quarto até avistar a cadeira que eu tinha usado tentei sair dele e correr mas ele foi mais rápido que eu e foi ai nesse momento que senti uma enorme dor na minha perna e vi que ele tinha acertado na minha perna novamente mas agora com a faca cravada na minha coxa ele puxava a faca para baixo me fazendo gritar de dor e fazendo um grande corte na minha.
Eu mal sentia minha perna quando olho para baixo vejo que está sangrando muito, mesmo com a forte dor não iria desistir agora.
Com a minha perna direita dei uma forte joelhada no meio de suas pernas que o fez cair no chão e soltar a faca, fui mancando até a mesma, não perdi tempo dei uma facada no seu peito esquerdo vi que ele não se mechia muito e fui mancando até a porta.
Olhando atentamente o lugar vi que estava cercada de árvores e do outro entre algumas árvores vi uma pequena estrada corri em direção a ela mancando sem olhar para trás.
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Como Tudo Começou
CasualeDoce e ingênua, duas simples e pequenas palavras que definiam Mila Singer. Mas, que agora não a definem mais, não depois do trauma que sofreu e destruiu completamente sua vida, a três anos atrás a atormentando até hoje. O livro tem erros ortográfico...