Ele é o cara! - FanFiction

11 0 0
                                    

Meu nome é Beatriz, meus amigos me chamam de Bia, estudo no 3º ano do colegial e no momento estamos de férias, o primeiro semestre já passou e agora temos duas semanas para descansar. Digamos que esse último ano meus colegas estão fazendo de tudo pra curtir, e o mínimo para passar. Para eles, tirar a média basta. Eu consigo desenrolar notas legais e passar tranquila. Esse é o último fim de semana e vai rolar uma farra na casa de praia do Matheus, fica a 15min da cidade e creio que todos da turma irão. #LookDeHoje: Blusinha branca e solta, short jeans desbotado, rasteirinha, colar de conchas e batom vermelho.
— Tô saindo, beijo. - avisei à Marina, minha amiga, pelo celular.
— Tô chegando aqui já! - respondeu.
Pedi o Uber e esperei chegar. O Sol estava se pondo enquanto eu ia, parecia me acompanhar. Quando cheguei na casa de Matheus já era noite e as luzes da casa oscilavam em cores neon. Tocava eletrônica e na entrada Marina me esperava com um copo com vodca batida com algumas frutas na mão. Essa menina é a minha confidente oficial, amo ela por que não é fresca.
— To vendo que nem me esperou para começar hein! - falei rindo e a abracei. - Eai, como que tão as coisas?
— Felipe tá com a Carol. Você acredita nisso? - Falou chateada. Felipe é seu ex e Carol é a "gostosa" da sala, que não é amiga de ninguém e também não é inimiga.
— Até parece que você não sabe que ele é cachorro. Vem, vamos entrar. - Passei o braço em seu pescoço e entrei.
Eles realmente estavam na maior pegação e era meio estranho, era muito explícito para 18h. Matheus e eu sempre fomos muito amigos, às vezes a gente fica, mas nunca se tornou algo sério, se um dos dois quiser ter algo com outra pessoa, não tem problema. E eu prefiro assim, gosto dele mas não sou apaixonada.
— Oi gatinhooo! - Disse animada para Matheus e indo abraçá-lo.
— Oi minha flor. - Retribuiu o abraço. - Fazem quase duas semanas que nós não nos vemos, hein?!
— Pois é, tem o que de bom aí? - olhei para o balde de gelo em suas mãos com algumas bebidas.
— Tem de tudo um pouquinho, vai beber hoje?
— Hoje não, vou ficar de olho nas amigas! - Rio - Me dá um refrigerante aí. - Pedi.
— Quem era Bia! Toma aqui, minha flor. Vou dar uma andada pela casa pra ver como está, a varanda da praia tá aberta, se quiser descer pode ir, tem gente lá e a maré tá baixa.
— Opa! Vou sim! Obrigada. - sorri para ele e sai andando. Digamos que eu seja apaixonada pelo mar daqui, moro em cidade litorânea, amo cada praia, sempre que posso, passo para ver as ondas. Dá uma paz, sabe?
— Bia! Tá indo aonde? - olhei pra trás e era Marina.
— Vou descer para praia, você quer ir?
— Só se for agora! - Ela é minha companheira de água e sal.
Quando descemos os postes de luz iluminavam a água, que refletiam uma cor verde, tinham algumas pessoas ali de fato, mas estavam meio distante.
— Mari, você tem que esquecer o Felipe! Sei que é difícil, mas ele só fez te enganar e ainda te trocou. - olhei nos olhos de Marina.
— Mas Bia, eu gostei tanto dele. Eu tento ser forte, mas é como se ele ainda fosse meu. - olhou triste para baixo, já sentada na areia com as sandálias protegendo o contato entre a roupa e o chão.
— Olha, você tem que seguir em frente. Felipe não... - fui interrompida por uma senhora com um longo vestido pegando em minha mão, olhei para cima para vê-la melhor e era uma cigana, assustei-me.
— Desculpa, minha linda se te assustei, mas quando olhei para você tive que vir te falar.
— Olha moça, não tenho dinheiro não viu, se é isso o que a senhora quer, infelizmente não posso dar. - fui breve.
— Não menina, escutai o que tenho a dizer: Você logo logo irá se apaixonar, vai se envolver numa paixão difícil, vai sofrer um bocadinho, mas tudo vai depender de você no final. Mas esse novo amor está próximo e vai lhe mostrar que o que vale é o que você é e não o que você tem.
Meu estômago embrulhou, mas embrulhou bem legal.
— Eita Beatriz! - Marina me olhou chocada.
— É minha filha, vai ser um amor que dói! Te prepara. Logo não vai saber viver sem ele. - ela suspendeu a minha mão e deu um beijo. - fica com Deus menina bonita. - sorriu e saiu andando para o outro lado da praia.
Eu fiquei em choque. Quem diabos sabe se isso era verdade ou não?
— Eu hein! Não acredito nessas coisas não.
— Hummm Bia... - bateu de leve o ombro no meu braço.
— Não quero ficar mais aqui não, vamos subir. - disse me levantando e me limpando de areia.
Quando subi, dei de cara com Carol, a boca borrada de batom, ela sorriu sem graça e entrou na casa. Tinha muita gente espalhada, mas a maioria ficava na área aberta e no jardim. Matheus estava sozinho e Marina havia sumido. Não sei se ela foi beber, ou sei lá.
Matheus olhou pra mim com uma cara que eu já conheço, olhar malicioso e mordendo o lábio com um sorriso de lado. Vou tentar dizer como o Matheus é, ele é alto, deve ter uns 1,87m, é meio fortinho, tem um cabelo estilo militar e não tem barba. Ele surfa, e é o tipo gato definido mas não muito forte.
— E aí, tá curtindo? - indagou-me.
— Não muito, to meio quieta hoje. - soltei um riso sem humor.
— Tava com saudade de ti. - Se aproximou mais.
— Tadinho, tô aqui agora. - sorri.
— Então vem cá, vem. - colou nossos lábios e deu início a um longo e demorado beijo. Caramba como Matheus beija bem. - Que... saudade... desse... beijo. - falou entre os beijos.
E ficamos juntos até o final da festa, quando deu 01:00 acabou tudo e pedi novamente um Uber.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 01, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Ele é o cara! - FanFictionOnde histórias criam vida. Descubra agora