capítulo treze

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Frustrado. Esse era o sentimento que descrevia Michael no momento. Arrastaram-no para a viatura e ele se manteve quieto, com o rosto impassível. Na delegacia eles confiscaram seus pertences pessoais e teve que passar por todos aqueles testes vergonhosos para saber se tinha droga escondido em seu corpo, tiraram seu sangue e lhe entregaram o macacão laranja. Ele vestiu e foi para uma cela em que não dividiria com ninguém. O garoto sentou no chão de concreto se amaldiçoando, percebendo o que havia acontecido na noite. Ele havia reconhecido um dos rostos do restaurante, o resto ele podia supor o que aconteceu.

Michael encostou a cabeça na parede e deixou seus pensamentos vagarem para qualquer direção, mas seu inconsciente foi, inevitavelmente, para o loiro de olhos azuis. Luke não o perdoaria, talvez não fosse falar com ele nunca mais. Tentou imaginar um futuro sem o Hemmings e foi quase impossível, o máximo que ele imaginou foi o futuro Michael bêbado 24 horas por dia.

Estava tudo tão bem entre eles e a vida de Clifford havia melhorado muito, como em menos de duas horas tudo se tornou um grande pesadelo? O garoto sentiu um nó na garganta e uma vontade de chorar crescente o dominou. Segurou o choro e foi para a "cama" que havia ali, ela era um colchão extremamente fino e um lençol, sem travesseiro, ótimo. Ele deitou com as mãos na cabeça e ficou com a mente vagando num futuro com Luke Robert Hemmings que não aconteceria mais.

[...]

A delegada sentia que havia algo errado. Analisou mais uma vez a ficha de Michael Clifford, ele teve posse de arma e drogas uma vez alguns anos atrás. Depois disso Clifford não havia dado mais trabalho para a polícia, algumas pessoas até chegaram a dizer que o jovem havia saído desse rumo.

A mulher tomou mais um gole do seu café mordendo o lábio e franzindo a testa. Como se soubesse que algo estava errado. Estava tão distraída pensando que não percebeu quando seu colega chegou com os vídeos de segurança do local.

— Clarke eu to sentindo como se algo estivesse errado em tudo isso, Michael não está mais naquela gangue. — O parceiro disse e entregou o dvd para ela.

— Como você sabe? — a mulher questionou pegando os dvds e colocando para rodar.

— Temos agentes duplos na gangue do James Cooper, e Clifford não é visto lá faz muito tempo.

A detetive Clarke franziu o cenho e começou a ver o vídeo. Eles se sentaram e pularam pra quando o casal entra de mãos dadas no restaurante. Eles andaram até a mesa, mas antes disso uma garota e Michael trombaram e caíram no chão, depois de se levantarem eles prosseguiram até sua mesa. Os jovens ficaram conversando até os policiais chegarem. A morena mordeu o lábio e suas engrenagens pensavam em como Clifford podia ser inocente. Então ela arregalou os olhos, voltando o vídeo.

— Foi implantado, Edwards! — A mulher quase gritou.

Ela aproximou o vídeo em Michael durante todo o trajeto, quando chegou na trombada viu a menina loira platinada segurando no bolso dele. Clarke aumentou ainda mais até ver o saquinho que encontrara no bolso de Clifford, sendo depositado pela loira. A moreno sorriu orgulhosa e printou essa cena.

— Então, afinal das contas Michael Clifford é inocente. — O policial Edwards disse sorrindo.

[...]

O ruivo estava ainda remoendo a ferida quando um policial apareceu dizendo que ele tinha uma visita. Foi levado até uma salinha, com as algemas e o largaram lá. Ele respirou fundo e sentou em uma das cadeiras  aguardando. Tinha quase certeza de que Calum ou Esther estavam ali para falar com ele.

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