Prólogo

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"Tinha acabado de sair do colégio. Já estava a um quarteirão de casa quando meu celular começa a tocar, indicando que era meu namorado, Adam, que estava me ligando:

- Oi amor, tudo bem?

- Estou bem, e você minha linda?

- Ah.. na medida do possível - faço uma expressão triste com minha resposta, mesmo sabendo que ele não pode me ver.

- Aconteceu alguma coisa, meu anjo? - sinto um tom de preocupação em sua voz.

- Nada de muita importancia, isso pode esperar...- digo, minha voz falhando no final.

- Ah.. Hum... Ok então..- ele diz - Então amor, queria saber se você pode assistir um filme comigo aqui em casa hoje, só nós dois, juntinhos.. E então quem sabe você não me fala o que esta te incomodando, ein?

- Ah claro, acho que posso sim, só tenho algumas coisas para fazer hoje a tarde, e quando terminar eu vou..- digo para ele, desconfiada - seus pais vão estar ai né?

- É.. Sim.. Eles vão estar sim - ele se atrapalha ao falar.

- Ok, até mais tarde então Adam, beijos - e assim que desligo, chego em casa.

Estranho o fato de estar tudo um silencio quando abro a porta. Aparentemente não tem ninguém em casa, mas a calmaria toda não dura por muito tempo, sendo interrompida por um barulho no segundo andar. Acho que foi no meu quarto.
Enquanto subo as escadas, verifico se minha mae ou meu pai estao em casa mais não consigo ouvir resposta alguma quando chamo o nome deles.
O tal barulho que ouvi antes, realmente estava vindo do meu quarto, e pelo fato de não haver vestígios de alguém em casa, começo a entrar em pânico. Espero que não seja algum ladrão ou algum pervertido.
- Fica calma Anna, tá tudo bem, talvez seja só o vento - murmuro para mim mesma.
Chegando na porta meu quarto, a pulsação já acelerada, tento respirar profundamente. Percebo que a porta está entreaberta, pego na maçaneta e começo a abri-lá devagar. Quando olho para dentro do quarto, me deparo com uma pessoa sentada em minha cama e meu pulmões soltam o ar que eu nem percebi que estava segurando. Ufa!
- Porra! Sua vaca! Você quase me matou de susto! - grito ofegante - Como você chegou aqui primeiro que eu? E o que você esta fazendo aqui aliás?
- Ei ei, da para se acalmar por favor, nervosinha? - Elize gritou de volta, com olhar divertido, mas não respondendo minhas perguntas.
-E então? - questiono esperando.
- Ah, meu pai foi me buscar no colégio e pedi para ele me deixar aqui na sua casa, e olha não foi nada fácil, tive que implorar pra ele passar aqui.- Nós duas começamos a rir.
- E onde está o pessoal aqui de casa? Você não pode simplesmente ter arrombado a porta ou entrado pela janela não é mesmo?- pergunto à ela com ironia .
- Mas é claro que não! Como você pode pensar sobre mim de uma forma tao baixa como essa? - diz ela fingindo estar ofendida - Seus pais estavam saindo bem na hora que cheguei, então me ofereci para ficar aqui e esperar você chegar. Não queria perder minha viagem e esforço vindo aqui, e sei que você anda igual uma tartaruga, então... - interrompo-a, jogando minha mochila nela, e logo estamos rindo de novo.

- Tudo bem então. Vem, vamos fazer algo pra comer e depois você vai me ajudar a limpar a casa. Tenho que deixar essa casa um brinco, antes de ir pra casa do Adam, e enquanto isso a gente coloca o papo em dia... Outra vez - rio, lembrando do quanto já tínhamos conversado no colégio essa manhã.

- Sério que você vai me trocar pelo Adam? Ele é estranho, não vou com a cara dele.- ela resmungou desapontada.

- Você sabe que eu nunca vou trocar você né? Além disso, as coisas não vão bem entre eu e ele, acho que não dá mais pra mim. Eu estou... esgotada. - digo com tristeza - Agora levanta daí, e vem me ajudar logo. Quando mais cedo a gente acabar aqui, melhor.

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⏰ Última atualização: Mar 01, 2017 ⏰

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