Hormônios podem ser perigosos

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2012

Bufei disfarçadamente, escorregando ainda mais na cadeira acolchoada.

Sabem o quão entediante é ficar, literalmente, duas horas escutando sobre estratégias de venda e divulgação? Eu já não tinha capacidade mental nem força de vontade para prestar atenção no que Indra falava e indicava em um cavalete com os dados sobre o crescimento da empresa nos últimos meses...aliás, decrescimento.

- As vendas de nossos serviços diminuíram consideravelmente este mês e comparado aos outros, e preciso que me deem soluções eficazes para darmos a volta por cima – Ela enfatiza, apoiando as mãos na mesa.

Senti algo vibrando no meu bolso traseiro e pesquei o celular disfarçadamente, não queria passar vergonha na frente de toda aquela gente.

Aproveitei o momento em que Indra estava concentrada, apontando para o gráfico colorido no cavalete, e para me ajudar ainda mais, vários executivos puxa-sacos fingiam prestar atenção, franzindo o cenho e acenando positivamente com a cabeça, exceto Ontari, que parecia nem se esforçar em fingir prestar atenção, já que a atenção dela estava toda focada em mim.

Desbloqueei a tela do celular e vi a notificação do Messenger. Sorri sem conseguir me conter.

Era Clarke, minha magnífica, linda, gostosa e perfeita esposa.

"Quando você volta? Quero você :-( "

"Indra atrasou a reunião, desculpe Leãozinho, vou demorar"

"Hum...vai ficar chateada se eu começar sem você, Lex? "

"Começar o que, amor?"

- Puta merda...- Murmurei baixinho, piscando os olhos freneticamente e segurando o ar. Clarke sempre amou me provocar...mas era sempre quando estávamos sozinhas, nunca era nada tão...excitantemente proibido desse jeito.

- Algum problema, Alexandra? – Indra me questionou, um olhar mortífero nos olhos castanhos.

Observei ela, estática, e ela me encarava de volta com um misto de confusão e raiva por eu ter atrapalhado sua explicação sobre alguma coisa que eu já nem lembrava mais.

- Ah...não, eu só...perdão, lembrei de algo importante apenas...- Respondi-a gaguejando enquanto tentava esconder a tela do celular da melhor maneira possível, arrancando risadinhas baixas dos meus "colegas" de trabalho.

Ela deu um suspiro alto e impaciente depois de revirar os olhos, mas voltou a dar atenção para o cavalete.

Remexi-me na cadeira, incomodada com o calor repentino que se instalou entre as minhas pernas, e era extremamente desconfortável não poder me tocar.

Olhei mais uma vez para a foto que ela havia acabado de me enviar e eu fecho os olhos, tentando controlar as minhas expressões faciais.

Clarke estava deitada na nossa cama, usando apenas uma lingerie preta que eu havia dado para ela na semana passada, no seu aniversário. As pernas brancas estavam sensualmente flexionadas e os dedos da mão direita estavam dentro da calcinha. Mas, apesar de só aquela visão me causar um pane no cérebro, a gravata presa frouxamente no pescoço e caída entre o vale dos seios me fazia ter certeza de que eu teria que jogar a minha calcinha fora tamanha a minha excitação. Seu sorriso tordo e aquela pintinha sensual...céus, eu até podia escutar os pensamentos dela!

"Eu sou gostosa e você está aí, analisando gráficos".

Mordo o lábio inferior com força, sentindo o gosto metálico do meu sangue. Eu estava fazendo muita força para continuar ali e não dar uma desculpa de que precisava ir ao banheiro.

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⏰ Última atualização: Mar 02, 2017 ⏰

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Pequenos Contos de Lexa WoodsOnde histórias criam vida. Descubra agora