Tormenta

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  Os legumes são cortados de forma rápida e jogados na frigideira, fazendo o cheiro se espalha por toda a casa, a mulher balança o corpo ao som da banda Rolling Stones com uma taça de vinho na mão.
  Sinto o vinho descendo pelos meus lábios tomando minha boca e dançando até minha garganta trazendo um conforto inexplicável passo os dedos sobre o brinco em formado de lua fazendo círculos, as lembranças me atormentam a todo tempo, fecho os olhos e passo a mão na gola do vestido, ainda é possível sentir os dedos dela tocando ali com curiosidade tentando me provocar um prazer que era capaz de causar com um sorriso, abro o botão da camisa e passo a mão entre os seios e como se ela estivesse aqui tocando o meu corpo, arfo com a idéia dela me tomando feito vinho, sentindo o gosto e engolindo pouco a pouco o coração acelerando, as pupilas se dilatando, os gemidos e sussurros que imploram por mais, sinto a mão segurando minha cintura, separando as minha pernas, o hálito quente na minha garganta fazendo o meu sexo implorar por um pouco mais daquela sensação maravilhosa, os dedos passaram por minha calcinha o meu corpo vibrou com a sensação dos dedos me invadindo, meu pescoço tomba para trás sentindo o prazer me tomando.
— Tão molhada Senhora Robson — abro os olhos assustada.
-— Tira as mãos de mim — bato no peito de Nick, subo a calcinha que já estava no meio das minhas pernas, desço o vestido e saio de perto do mármore de frete a janela.
— Qual o seu problema Nora? Vem aqui eu sei que você quer —me jogo no sofá sentindo as pernas tremerem.
— Nora fala comigo — ele passa a mão no meu rosto e não é a mão dela, não são as unhas que um dia cravaram nas minhas costas.
—Nick sai de perto de mim — fecho os olhos tentando recriar ela na minha mente.
—Você sabe a quando tempo não transamos? — sinto o tecido do sofá se mexendo com o peso dele.
— É a primeira vez que te toquei nesse mês Nora, a primeira vez que senti você pulsar em volta de mim, eu não quero te obrigar a fazer isso, mas vejo que é o único jeito — o encaro.
— Nick encontre na rua, você sabe que eu não quero — me afasto dele.
—Não parecia isso a minutos atrás — meu marido passa a mão na minha perna fazendo o vestido subir.
— Nick para —desço o vestido e me levanto dando fim a discussão.
Ele me agarra, fazendo o meu corpo bater contra a janela de vidro que dá de frete ao lago.
—Me solta— bato com o cotovelo no braço dele.
—Você estava pensando nela né? Enquanto eu lhe tocava — mordo o lábio— Não vai me responde Nora? —abro a boca mais sinto o tapa na minha bunda me fazendo gritar.
Nick pressiona o meu corpo contra a janela com mais força, com uma mão rasga o descido do vestido, fazendo o virar retalho.
— Você é linda e minha, entendeu Nora você é só minha — ele separa as minhas pernas com o pé, me debato em vão.
Minha calcinha vira retalho, sinto o membro dele fazendo preção contra a minha bunda.
— Minha — ele beija as minhas costas descendo até minha nádega, me vira feito uma boneca de pano e com uma mão me levanta colocando a boca no meu sexo.
— Nick — sussurro.
— Isso Nora o meu nome, está vendo eu e você — abro os olhos e vejo o espelho.
Ele está com as mãos segurando minhas coxas suas costas estão nuas, Nick contínua com o mesmo corpo de quando era garoto as costas bem definidas, o cabelo com um tom grisalho sexy, que mostra a sua idade uns 37 anos se eu não o conhecesse, mas na verdade é 45. Sinto os dedos dele me invadindo, minha cintura se mexe, rebolando em volta do dedo dele, minha mente já não manda em mim é como se ela estivesse ali com os dedos entrando e saindo de mim fazendo círculos e círculos.
— Ca — mordo os lábios quando percebo o nome que iria sair da minha boca.
— Eu tenho nojo de você — ele tira os dedos do meu sexo, me vira novamente e distribui tapas na minha bunda.
— Para Nick, para— cada tapa dói mais do que o anterior.
— Eu vou matar aquela menina— ele me puxa pelo cabelo e me joga no sofá, arranca a calça junto com a cueca e me invade.
— Eu estou te fodendo não ela, está sentindo sou eu Nick Ford o seu marido — ele enrola meu cabelo no punho e puxa-me causando uma dor absurda.
— Sim Nick, sim eu sei, por favor para — as lágrimas escorrem do meu rosto sem autorização.
— Quieta Nora — ele tampa minha boca e o único som que consigo escutar é o dos gemidos e estocadas dele.

(...)




  Reviro-me na cama meu sexo arde, abro os olhos assustada ele não esta do meu lado e isso se me dá um alívio, vou até o banheiro abro o roupão e sinto a água batendo no meu corpo, limpando toda a sujeira que Nick conseguiu trazer.
— Nora você está bem?
—Vai se foder Nick - sussurro.
— Me desculpa — ele entra no banheiro e me arrependo por não ter trancado a porta, cubro os seios com a mão.
— Eu não deveria ter feito aquilo — ele passa a mão nos cabelos grisalhos.
— Nick você não deveria ter feito muitas coisas, como me chantagear por três anos, transar comigo sem eu deixar, me obrigar a ficar com você, ser um otario um temendo de um bosta— ele tira a roupa e entra no box do banheiro.
— Sai de perto de mim Nick — grito.
— Eu te amo nora, eu quero e necessito de você eu nunca amei alguém como eu te amo, tenho sido um merda, mas me perdoa — as lágrimas descem do rosto dele.
— Nick eu não sinto mais a mesma coisa por você, respeite isso — ele me abraça.
— Só não me deixa — murmura.
— Eu não posso ficar com você por dó — fecho os olhos sentindo o coração dele ficando mais calmo.
— Apenas fique comigo.
-— Eu já não te amo mais Nick, você sabe que eu amo outra pessoa - o maxilar dele fica tenso.
— Eu sei Nora, eu sei
— Quando eu comecei a sentir algo por ela eu te contei, se lembra do no nosso casamento eu prometi que iria ser sincera, eu fui eu já não te amava e você Nick sempre amou o seu trabalho, você estava sempre longe e depois que percebeu que iria me perder, mudou como se isso fosse reverter alguma coisa — ele enche a mão de shampoo e passa no meu cabelo.
— Eu sempre te amei, eu só queria te dar condições não teríamos nada disso se eu não trabalhasse.
— Eu quero me separar por conta disso por você achar que tudo que temos veio, apenas por conta da sua dedicação como se eu fosse uma encostava que fica o dia inteiro em casa coçando, cansei Nick acabou — tiro a espuma do cabelo e saio do chuveiro.
—Você não faria isso— ele desliga o chuveiro vem na minha direção.
— Ligar pro seu advogado eu não quero ficar com você — ele soca o espelho do banheiro, me fazendo pular.
— Porra Nora eu te amo.
— Eu não quero ficar com você, está me fazendo mal, está me machucando se você me ama deveria querer meu bem — enrolo a toalha no corpo.
— Eu quero você ao meu lado, você os votos pra sempre — ele grita.
— Isso que você sente é doentio
— Se você se separar de mim eu mostro as cartinhas de amor, sua e da ninfeta — ele coloca o roupão e vai até o cofre, digita a senha e tira e joga todos os papéis na minha cara.
— Se não vai ficar comigo, com ela você não vai ficar.
— Faça o que achar melhor Nick, eu não tenho nada a perder, eu já não tenho mais ela, não tenho você, eu não vou ser presa por trocar cartas com alguém e ainda mais cartas que não dizem nada, no começo eu ainda achava que poderia acontecer alguma coisa se as cartas fossem descobertas, não queria magoar ela, mas agora foda-se Nick, ela não quer me ver nem pintada de ouro, você já conseguiu o que queria me distanciou dela, com isso só vai conseguir fazer uma coisa maravilhosa me fazer ter mais nojo de você.
  Saio do nosso quarto e entro no quarto de hospedes trancando a porta atrás de mim, abro a escrivaninha, puxo a caixa que tem no fundo tiro o meu colar e abro a caixa com a correntinha.     Lá está a foto dela, com os lindos cabelos longos, os lábios levante avermelhado, me lembro daquele dia como hoje ela andava entusiasmada entre os corredores vendo as obras, com um clique consegui a foto da garota mais linda que já vi, Catarina era mais fácil desvendar os pensamentos de Picasso a pintar uma de suas mulheres a descobrir os mistérios da mente dessa doce garota.
  Pudera Catarine Smith você é o grande amor da minha vida.

InsensatezOnde histórias criam vida. Descubra agora