Pode ser pior do que parece (parte 2)

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  O dia passa rapidamente, tudo sai como o esperado Nora está cansada, mas de maneira nenhuma deixaria de se encontrar as 20:00 com o seu amigo e advogado Willian.
Procuro entro os contados William e me lembro de ter colocado como Bil o seu apelido, disco o número toca três vezes até que ele atende
—Ora ora, quem diria senhora Robson me ligando — diz com voz de deboche e sarcasmo
— Quem diria Willian Adans o garanhão da escola me atendendo — olho para algumas meninas atravessando a rua.
—O que devo a honra Angel, para os mais íntimos ?—ela cora ao lembrar o apelido que ele a chamava no ensino médio, na época em que ela queria ser modelo.
— Minha secretária ligou pra você, mas você não confirmou se estaria no restaurante as 20:00 — abro a porta do carro e coloco a bolsa no banco do fundo.
—O que você não pede que eu não faço Angel, faz tempo que não colocamos o assunto em dia, tenho algumas novidades para você — escuto o clique da caneta diversas vezes.
— Já são 19:00 horas é bom que esteja lá as 20:00 — coloco o sinto de segurança.
— Onde você está no momento? —reviro os olhos.
— Saindo do trabalho, vou pra casa, tomo um banho e te encontro às 20:00.
—Nossa Nora sempre tão pontual nem parece ser mulher.
— Vai a merda Bil
— Estou indo Nora - desligo e guardo o celular na bolsa.
  Acelero o carro vendo a menina se agarrando com um garoto de cabelo avermelhado, Gabriel se não me engano do segundo alguma coisa um antigo aluno.
Entro no condomínio, passo de frente ao lago e entro em casa, sinto um alívio por Nick não estar pra me fazer um interrogatório sobre o porque deu estar me arrumando e com quem eu vou sair, tomo um banho rápido e coloco um vestido cinza, com o colar de sempre com a chave, olho pro relógio 19:45 desço as escadas e me deparo com ninguém mais ninguém menos que Nick Ford.
— Aonde você vai? — ele cruza os braços como uma criança mimada pedindo por bolacha no mercado.
— Sair Nick — pego a bolsa de cima do sofá.
— Se encontrar com a sua amante — ele rosna.
— Não tenho nenhuma amante — rosno em resposta.
— Não minta pra mim é assim agora é só o gato sair para os ratos fazerem a festa? Vai trazer uma das suas aluninhas pra dormir na nossa cama, se ela for gostosa me fala quem sabe eu aceite trepar com ela também — o rosto dele fica vermelho, um arrepio percorre minha espinha.
— Vamos no meu carro eu te levo, ai nos pegamos ela— Nick puxa meu braço.
— Me solta está louco? Não sou sua cachorrinha pra você dizer o que é devo ou não fazer ,estou saindo e ainda estou sendo muito educada em avisando — enfio as unhas na mão dele e desço os degraus para a garagem.
— Vai se encontrar com alguém?
— Não é da sua conta.
— Você é minha mulher e me deve satisfação - grita
— Vai se foder Nick— abro o vidro e mostro o dedo médio pra ele, o portão da garagem se abre e acelero o carro.

20:10

  Nora desce do carro correndo, e entra no restaurante vê Bil em uma das mesas do fundo a sua preferida , Bil se levanta mostrando um lindo termo Armani.
— Bil quando tempo — dou um abraço sentindo os braços fortes se cruzando em minhas costas
— Angel sempre mais encantadora — ele afasta a cadeira para que eu me sente
— Nossa última conferência foi a três meses quando você disse que se mudaria para Eugene, faz bastante tempo que não te vejo — me lembro te ver o cabelo dele um pouco maior com a barba a fazer, hoje está mas formal, másculo.
— Faz quase 3 anos que eu não te abraço — o garçom chega com um vinho servindo em nossos copos, o mais caro da casa o que o Nick sempre pegava.
— Me conte tudo que vem acontecendo nesses três anos, em que não nos vimos pessoalmente me ponha a par de tudo — seguro a taça e sinto o aroma do vinho entrando por minhas narinas, quando abro os olhos Bil me encara com admiração, não evito um sorriso.
— Como você conseguiu uma reserva nesse restaurante? Estou há meses tentado uma reserva pra pedir minha namorada em casamento aqui — ele sorri e olha para os lados vendo a elegância do restaurante.
—Namorada? Casamento? Bil é você mesmo? — encaro entanto entender a piada.
— É vou me casar — tomo um gole do vinho.
— Quem é a felizarda é por isso que você veio pra cidade né? Ela é daqui?
—Sim é, ela é linda me apaixonei na primeira vez que a vi, vim passar o natal aqui ha uns anos atrás e a conheci ficávamos juntos, agora eu voltei pra ficar me apaixonei pela filha dela por ela, por tudo — diz empolgado.
—Como assim ela tem filhas ?
— Tem duas, uma de 7 que está estudando na sua escola e a outra que veio da casa do pai a três semanas.
—Qual o nome da sua namorada? — faço uma lista mental de todas as mulheres da cidade que tem o jeito que o Bil ficaria encantado.
— Kelly — quantas Kellys mãe de alunas eu conheço, Jonas,Felix e Smith
— Qual o sobrenome — sem dúvida é a Jonas, acabou de se separar é uma mulher educada, boa mãe e com Bil formariam um pelo de um casal, família de margarina perdeu.
—Kelly Smith — O vinho que estava descendo pela garganta pensou em subir e descer novamente Catarina realmente está na cidade.
Sinto que o efeito do vinho, minhas pernas ficam moles, sinto uma gota de suor descendo das minhas costas.
— Conhece ela?
— Já ouvi esse nome não me é estranho - minto, lembro perfeitamente da mãe de Catarina e da sua necessidade em encontrar um homem para casar.
— Então a filha dela está procurando um trabalho até ia te ligar sabe você tem vários contatos na cidade poderia achar alguma coisa pra ela — sorri, eu poderia encontrar com ela na minha cama, mordo o lábio.
— Posso tentar.
—Ficaria muito feliz se você conseguisse Nora, o Nick, sua mãe, estão todos bem— me decepciono com o rumo que a conversa tomou.
— Estamos sei lá, não existe uma palavra no meu vocabulário, vamos nos separar —ele me encara intrigado.
—Como assim? — o rosto de Bil muda.
—Sim vamos nos separar já não está dando certo, gostaria que você lidasse com toda a papelada.
— Sim posso fazer isso Nora— vejo que ele se controla pra não perguntar o porque da separação.
O jantar segue num tom amigável, Bil fala sobre sua namorada Kelly Smith que Nora finge não conhecer, fala que pretende casar com ela, os dois lembram os tempos de colégio ontem Bil era perdida mente apaixonado por ela.
—Foi um ótimo jantar Bil, vamos marcas mais um dia para nos encontrarmos — ele sorri.
—Sim Nora, irei ligar até o final dessa semana com os papéis em mãos —diz beijando o meu rosto.
— Fala para a menina, filha da sua namorada me encontrar amanhã no Starbucks as 18:00, vou ver algo pra ela.
— Obrigada Nora— me da um abraço.
— Até Bil.
  A mulher se deita olhado a foto da sua doce menina consegue sentir o cheiro dela o hálito quente, os lábios que poucas vezes se encontram, implorando novamente um pelo outro.
  Amanhã você voltará a ser minha Catarina Smith . 

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