Acaso

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Pov. Steve

- Não acredito que você fez essa bagunça toda! Larga isso Marley, não é seu. Larga!!!
Acordei logo cedo com Tony tendo aparentemente uma confusão com o cachorro. Ele estava puxando uma meia vermelha da boca do Marley enquanto o menor puxava de volta. Eu dei pra ele brincar ontem, era do Stark mas achei que ele não se importaria, afinal sempre as deixa jogadas pela casa.
- Bom dia?! - disse e fui surpreendido quando Marley soltou a meia e correu até meu colo.
- Finalmente acordou Steve! Olha o que seu precioso cão fez. - disse ele apontando pra meia rasgada no chão.
- Você nem usa.
- Não é só isso não, ele fez o favor de rasgar uma de minhas hq's e urinar no carpete! - disse ele bufando e cruzando os braços. - Que horas pretende levar o pulguento para o abrigo?
- Não sei... - Marley começou a morder minha mão enquanto dava latidos manhosos. - Você deve estar com fome! - O peguei em mãos e rumei para o cozinha enquanto Tony me seguiu indignado. Comprei um pouco de ração ontem.
- Hoje é final de semana, dia de voltar para casa. Você não vai? - Tony perguntou ainda de braços cruzados.
- Não... Minha mãe está em uma viagem e acho que vou ficar por aqui mesmo. - respondi colocando a ração em um pote e deixando Marley devorar.
- O que?! Não mesmo! Mal cuida de você mesmo, imagina se eu deixar você e ele sozinhos. O alojamento pega fogo. - disse ele rindo - Vamos até o abrigo e de lá você irá comigo. Passará o final de semana lá em casa, o que acha? Tem uma cama sobrando.
Dei um longo suspiro e concordei com Tony.
- Ótimo. - ele respondeu.

Pov. Tony

Estávamos caminhando até o abrigo e Rogers não parecia satisfeito em fazer isso, mesmo assim o convenci.
Depois de alguns minutos andando chegamos ao local. Íamos bater na porta quando vimos uma placa na mesma que dizia:
"Encerramos nossas atividades neste estabelecimento, nosso outro abrigo fica no outro lado da cidade. Segue o telefone e endereço ****-****"
Encarei Steve que tinha um sorriso discreto em seu rosto.
- Adorou isso não é?
- Que pena, parece que ele terá que ficar por mais um tempo. - ele disse fitando Marley em seu colo.
- Não está pensando em cancelar comigo né?
- E o que você sugere? - Steve pergunta com uma sobrancelha arqueada.
Não posso voltar para o alojamento, seria a terceira vez que cancelo com meus pais e eles ficariam furiosos.
- Tenho uma garagem... Minha mãe não irá gostar nada da idéia de ter um cachorro em casa, então podemos esconde - lo lá até de manhã.
- E se ela descobrir? - ele me pergunta sorrindo, não sei se era impressão minha mas eu gostava muito de seu sorriso.
- Dormiremos no jardim. - sorri de volta e fomos pegar um táxi rumo a minha casa.

Minutos depois havíamos chegado, entramos sorrateiramente pela garagem que por sorte eu tinha a chave e estava vazia.
- Não faça barulho. - sussurrou Steve para Marley enquanto o colocava em uma caixa, novamente improvisada por nós com alguns panos velhos.
- Acha mesmo que ele vai ficar quieto? - perguntei.
- Espero que sim.
Seguimos entrando pela porta que dava direto na sala e fomos a cozinha aonde estava minha mãe.

Pov. Steve

Eu estava feliz em visitar a casa de Stark, estávamos nos aproximando mais e mesmo que ainda houvesse implicância, já tinha me acostumado com isso.
Acho que conseguiria convencê - lo de ficar com o cachorro. Marley afastava minhas preocupações que ultimamente tinham sido todas voltadas à Tony e o que realmente sentia por ele. Por outro lado, ele estava sendo o motivo de estarmos mais próximos.
Entramos e fomos até a cozinha aonde estava uma mulher que aparentava ser mãe de Stark.
- Mãe! - disse Tony indo dar um abraço na mesma.
- Estava te esperando filho, vejo que trouxe visitas.
- Esse é o Steve, mãe.
- Steve Rogers? Tony me falou muito de você. Sou Angelina - ela disse vindo me cumprimentar com um abraço.
- Sério?! - perguntei com um sorriso debochado encarando Tony.
- Estava contando o quanto você me irritava... - respondeu ele revirando os olhos.
- Vamos almoçar então? Seu pai já está descendo.
Depois de me apresentar aos seus pais, sentamos todos a mesa e começamos a almoçar.
- Então Steve, você mora longe? Pode dormir aqui está noite. - disse Angelina.
- Muito obrigado dona Angelina!
Ficamos em silêncio e continuamos o a comer quando começamos a ouvir uivos, eu e Stark sabíamos exatamente de quem era.
- O que é isso? - ela perguntou.
Tony e eu nos entre olhamos tentando pensar em algo, até que ele tomou a frente.
- Isso o que?
- Esses barulhos, filho...
- Ah não é nada, é só Steve que está mal da garganta, não é?! - ele me disse dando uma cotovelada.
- Ah sim, claro! - forcei uma toce. - Me desculpem.
- Mas... - ela iria contestar.
- Olha mãe, acho melhor você e meu pai irem arrumar os quartos lá em cima, Steve e eu cuidamos da louça. - disse Tony levantando e quase expulsando seus pais da cozinha os levando para escada.
- Está bem... Estranho... - ela disse mas subiu com seu esposo.
- Mal da garganta? - encarei ele.
- Você queria o que? Dor de barriga?! - ele perguntou rindo e fomos para a garagem.

Compramos uma coleira e decidimos sair com Marley para o parque aquela tarde, essa seria uma boa maneira de cansá - lo para dormir a noite toda. Depois de minutos andando nos sentamos no banco enquanto eu segurava a coleira.
- Tony, eu estava pensando...
- Está bem Steve, nós ficamos com ele. - ele respondeu antes que eu pudesse terminar.
Eu apenas sorri e não me convite, dei um grande abraço nele o pegando de surpresa, mas logo ele me abraçou também.
- Então o playboy sabe amar afinal. - falei.
- Você quem pensa.
- Ouviu isso? Você tem dois donos agora! - disse enquanto acariciava a cabeça do Marley.
Voltei a encarar Stark que estava com um sorriso assim como eu, ficamos assim por alguns segundos que mais pareciam horas... Eu estava agindo por impulso, meu coração batia cada vez mais forte e minhas mãos soavam com meu nervosismo, segurei uma de suas mãos e comecei a me aproximar de seu rosto. Ele estava com uma cara surpresa mas não menos nervosa, até que senti ele me conter com sua mão em meu ombro. Me xinguei mentalmente nesse momento.
- Me desculpe, Tony. Eu... - estava me explicando quando ele me corta.
- Steve o Marley!!! - O encarei confuso e logo percebi que havia soltado a coleira, droga!
Tony e eu começamos uma corrida atrás do pequeno, ele passava por de baixo de bancos e pessoas, corria como se tivesse visto um grande osso de brinquedo.
Estávamos desistindo de tanto correr, o cão não se cansava e continuava a correr e latir pelas ruas. Tony ficou para trás recuperando o fôlego. Enquanto eu seguia correndo atrás de Marley... Graças a Odin!!! Uma pessoa segurou sua coleira.
- Muito obrigado!!! - disse sem ao menos ver seu rosto, indo direto a Marley o pegando no colo. - Nunca mais faça isso! Você quer me matar?! - o abracei.
- Olá Steve! Não sabia que tinha um cachorro.
- Bucky?! - finalmente encarei quem havia o segurado, e para minha surpresa, era meu amigo. - Obrigado mesmo!
- Não há de que. Está sozinho?
- Não, eu estou com o Tony. - olhei para trás o avistando correndo até nós.
- Parece que alguém precisa entrar em forma. - Bucky brincou encarando Tony.
- Olá pra você também, Bucky. - respondeu ele pegando Marley de meus braços e o colocando no chão segurando sua coleira. - Eu o seguro agora.
- Vou indo, até mais casalzinho. - Bucky se despediu.
Nos encaramos e sem dizer nada seguimos de volta a casa de Tony.
Definitivamente, eu estava apaixonado por ele.

Amor Vira Lata - StonyOnde histórias criam vida. Descubra agora