capítulo catorze

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Soltar um capítulo em dia de semana, ainda mais numa segunda é bem estranho. Enfim, aproveitem e não esqueçam de votar <3

Luke sentiu seu coração acelerar a cada passo que dava em direção ao grande portão de ferro, quase tropeçando em seus desengonçados pés. Dizer que o jovem estava nervoso era no mínimo eufemismo. Ele mordia freneticamente seu lábio inferior, de modo que a região tornou-se demasiadamente vermelha.

O loiro deixou que seu corpo descansasse sobre o tronco da grande árvore, parando para observar as pessoas, que assim como ele, esperavam de forma ansiosa pelo reencontro daqueles, que por algum motivo vieram parar ali.

Alguns familiares reunidos choravam de emoção, mulheres carregam crianças no colo com os olhares de apreensão voltados para o grande prédio de cimento. Hemmings arriscava dizer que alguns esperaram bem mais do que simples meses por esse momento.

Luke possuía muitas incertezas, porém, naquele momento algo estava claro para o loiro. Ele precisava vê-lo: sem inseguranças ou dúvidas.

Após alguns minutos, que na visão de Hemmings mais pareceram horas, o grande portão de ferro foi finalmente aberto, e como se fosse uma legião de homens e mulheres prontos para guerra, um a um foi saindo do local.

O tempo foi passando e o espaço se esvaindo, Luke estava prestes a pedir informação para o guardar que vigiava os dententos, quando ele o avistou. Ele usava a mesma roupa do trágico dia, tinha as mãos no bolso, os cabelos ruivos desbotados e um olhar distraído.

Aproximou-se um pouco mais e um leve sorriso brotou em seu rosto ao notar a preocupação do outro direcionada ao celular, afim de verificar, sem muito ânimo, se a via alguma mensagem para si.

— Uma vez alguém me disse que uma caixa de chocolate é melhor que a barra. Mas, eu trouxe ela mesmo assim, só não conta para a pessoa. Sabe, ela tem toda essa pose de durão mas na verdade é um bebê. — Luke falou um pouco alto e Michael levantou a cabeça exasperado, arregalando os olhos e entreabrindo a boca ao dar dois passos em sua direção.

— Eu achei que você tivesse desistido da gente. — engoliu em seco e deixou um silvo escapar da boca.

— Eu disse que vinha. Você não pode duvidar da minha palavra. — fingiu-se irritado e seu sorriso tornou-se mais radiante.

Michael não teve muitas chances de de forma uma frase, porque Hemmings, de repente pareceu descongelar, determinação brilhando em seus olhos. Ele deu mais alguns passos para frente até que eles estavam bem próximos. — Você me fez ficar assustado, seu idiota.

— Eu sinto muito. — Michael murmurou. Luke levantou seus olhos azuis estupidamentes bonitos para ele, um sorriso fofo em sua bochecha. — Eu sinto muito também.— respondeu, pondo suas mãos ao redor do pescoço do menor e encaixando sua cabeça no peito anormalmente acelerado do outro.

Michael rapidamente encaixa seus braços ao redor da fina cintura do loiro. Nenhum dos dois quebrou o silêncio estranhamente confortável que se instalou. Absortos em seus próprios pensamentos.

Michael se sentia tonto, muita coisa havia sido dito para ele antes de ser liberado da cadeia, e ver que Luke ainda estava o esperando havia deixado o garoto mais aéreo ainda.

Assim que o loiro estacionou na casa de Clifford, reconheceu dois carros que estavam a mais na sua garagem. O primeiro era o preto de Calum e o segundo era o cinza que Esther usava, isso significava que eles o estavam esperando lá dentro. Seus amigos continuavam ao seu lado.

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