[...]Acordo e vejo que lá fora está escuro, olha para o relógio na escrivaninha ao meu lado e vejo que dormir por seis horas.
Levanto e fico sentada na cama olhando meu quarto, o quarto todo era coberto por cores neutras em cada parede podia ver um pôster da banda Coldplay amo esses caras. No canto a esquerda tinha um banheiro confortável, no meio estava minha cama de casal e do lado direito estava a janela com uma boa vista para a praça do bairro. A minha frente estava uma prateleira de livros que a mesma estavam cheia, e do lado esquerdo tinha um enorme espelho que ia do chão até a metade de altura da prateleira.
Decido que vou sair e não me perguntem para onde.
Vou para o banheiro tomo um banho de dez minutos, saio do mesmo e visto uma calça boyfriend com rasgos na coxa, uma blusa preto e branco listrada e um casaquinho preto, por fim coloco um all star. Solto meu cabelo castanhos e o deixo solto.
Pego o meu maço de cigarro e coloco na minha bolsa junto com meu celular e outros pertences.
Saio do quarto encontro meus pais na sala assistindo televisão, fui em direção a cozinha, porém antes uma coisa que estava passando na TV me chama atenção. Uma menina de quinze anos foi encontrada morta após ser estuprada, a jornalista dizia que a garota foi encontrada perto de sua casa mas até agora não tinha nenhum suspeito de que havia cometido assassinato e o estupro.
Não conseguia sair do lugar, so sentia as lágrimas descer, minhas pernas estavam tremendo. Outra garota inocente foi vítima de um estuprador maníaco e ele estava a solta.
Meu pai percebendo que estava na sala logo desligou a TV e veio na minha direção.
- Minha filha, não sabia que estava aí. -vendo o meu estado meu pai me abraça. - Sinto muito por ver isso.
Saio dos seus braços e enchugo as lágrima que ainda caiam.
- Vou sair e não me esperem acordados. -falei saindo sem esperar alguma resposta dos dois.
Até quando as pessoas iriam passar por uma coisa dessa? Até quando os pais iriam deixar seus filhos saírem a noite com medo de que nunca mais voltem ou mesmo se forem mais vítima de um estrupo? Eu queria saber essa reposta.
Tentei não deixar isso me afetar, mas foi em vão, quanto mais eu tento esquecer daqueles dois dias mais eu me lembro. Ja não conseguia impedir as lágrimas de cair.
Eu precisava mudar isso.
Você deve perguntar: mas você não está com medo?
Cinceramente? Não. Não sentia mas vontade de viver, pra mim não tinha mais sentido, estou viva até hoje por causa dos meus pais. Se não fossem por eles ja tinha acabado comigo mesma.
Andando pela avenida vejo um bar e adentro ao local, não tinha muita gente.
Desde do que aconteceu comigo nunca mais me aproximei de um homem ou o deixei me tocarem além do pai.
Precisava de uma bebida forte então pedi ao barman quatro doses de Whisky.
O barman ficou desconfiado por eu não aparentar ser de maior, então peguei minha identidade e o mostrei, ainda desconfiado ele foi preparar a bebida. Quando chegou eu bebir duas, uma atrás da outra sentindo minha garganta queimar mas a mesma foi se acostumando, depois bebi a outra, a bebida ja tinha começado a fazer efeito então pedi mas três doses. Ele me olhou encrédulo e foi buscar mais.
- Vai com calma garota. -ele falou me entregando a bebida que logo bebo uma e ja estava fazendo efeito.
Fico naquele bar até quando o barman falar que iriam fechar. Quando olho as horas vejo que ja era quase uma hora da manhã. Olho pra frente e vejo que tomei no mínimo umas oito doses Whisky.
O barman vendo o estado que estava chamou um táxi para me levar até em casa.
Estava tão tonta que não conseguia ficar em pé e nem percebia que estava em um bar.
Quando o táxi chegou me colocaram dentro dele e consegui falar meu endereço.
Quando entrei em casa com muito custo vi meus pais na sala me esperando.
- Ai meu Deus filha, onde você estava? Estávamos preocupados com você. -minha mãe falou me abraçando.
- Eu..eu esta...estava por aqui.! -falei tentando ficar parada em algum lugar.
- Mila Singer, não acredito que está bêbada. -percebir o quanto me pai estava bravo.
- Calma papai, relaxa, não é como se isso fosse a primeira vez aconteceu. E além do mas não correu o perigo de sua filhinha ser estuprada. Há eu esqueci, ela ja foi. -falei caindo no chão e soltando gargalhada.
- JÁ CHEGA MILA, VAI AGORA PARA O SEU QUARTO. -dessa vez minha mãe grita.
- Quanto estresse. -falei rindo tentando voltar para o quarto. - OPA! -falei um pouco alto soltando uma gargalhada quando senti minha mãe ajudando a me levar para o quarto. -Como eu cheguei aqui?
Todo degrau que subia até chegar no meu carro eu tropeçava e ficava rindo.
- Um táxi te trouxe. -minha mãe falou me colocando na cama tirando meus sapatos.
A última coisa que eu lembro foi minha mãe na dando um beijo na testa e fechando a porta.
[...]
Acordo com minha mãe me chamando.
- Querida levanta se não vai peder o vôo.
Levanto com dificuldade e sinto uma dor de cabeça muito forte.
- Ai que dor de cabeça insuportável. -falei colocando a mão na mão cabeça.
- Era o esperado do jeito que você chegou ontem. Anda levanta, temos uma hora para chegar ao aeroporto. Mas antes toma esse remédio.
Peguei o remédio e a água de sua mão e tomei. Olhei no relógio e vi que ia dar 12h.
Levanto da cama assim que ela sai e vou tomar um banho bem gelado que estava precisando.
Termino o banho e visto uma um suéter bege e uma calça jeans Capri calço e uma vans preto e pego minha mochila da mesma cor colocando um maço de cigarro meu celular, meus fones identidade falsa, etc.
Pego minhas malas com a ajuda do meu pai, o mesmo mal olhava pra mim, só não entendi o por que.
Perguntei minha mãe o que tinha acontecido e ela me falou que ontem eu não falei coisas agradáveis para ele. Então eu fui até ele e o abracei falando que o amava.
Antes mesmo de sair de casa minha mãe manda eu comer alguma coisa, como um pedaço de bolo e tomo meu cappuccino.
Entramos no carro e fomos para o aeroporto atrasados e chegando lá fizeram a segunda chamada para o vôo de Londres.
Minha mãe me avisou que meu irmão vai está me esperando quando eu chegar la.
Me despedi dos meus pais chorando com os mesmo me prometendo que logo iriam me visitar.
Depois de muita choradeira fui ao meu embarque.
Ja dentro do avião peguei meu fones coloquei pra tocar the scientist do coldplay. Amo esses caras.
E assim seguiu a viagem até Inglaterra.
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Como Tudo Começou
RandomDoce e ingênua, duas simples e pequenas palavras que definiam Mila Singer. Mas, que agora não a definem mais, não depois do trauma que sofreu e destruiu completamente sua vida, a três anos atrás a atormentando até hoje. O livro tem erros ortográfico...