Quem sou?

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Já se passaram dez anos desde o assassinato dos meus pais.. Os médicos disseram que foi um ataque de animal , porém animais não arrombam portas e procuram quartos.
Fiz terapia até os os 16 anos por isso, todos diziam que não passava da imaginação fértil de uma criança abalada. Porém aquela noite eu jamais esquecerei....

Bip...Bip...Bip

Ouço o despertador tocar e tento criar coragem para levantar, ou até mesmo abrir um olho.

Bip...Bip...Bip

Anda Isabella, deixa de preguiça tem muita coisa pra fazer hoje - penso comigo mesma- levanta criatura.
Olho o celular e vejo 6: 20 rolo cama abaixo pensando que vou me atrasar, de novo. Corro para o banheiro e consigo me arrumar em vinte minutos, novo recorde.

Desde a morte de meus pais fui transferida de um lar adotivo a outro até receber minha emancipação assim que completei dezesseis anos, algo que achei estranho por não ter nem dezoito anos ainda... quem diria, talvez o governo tenha visto que crianças sem pais se viram melhor sozinhas do que com pessoas desconhecidas.

- Bom dia, kris! - Digo assim que chego ao meu trabalho.- Algo de bom hoje?

- Que nada. Até agora a única coisa de interessante foi uma secretária que derramou café na chefia..

Há três meses trabalho no DP da Black Book's internacional, nada que uma garota não possa fazer, até porque levar e trazer papéis de um lado pro outro e fazer cafezinho até uma criança faz.

- Já sabe quanto falta para você terminar a mudança?

- Cerca de uma semana . É difícil ficar vindo para cá de tão longe- Assim que eu pude, arrumei esse trabalho.

Uma vez, eu estava cansada da vida e de tudo que havia nela, peguei um mapa e procurei a floresta mais próxima. E achei essa cidade rodeada por uma floresta e algumas colinas.

Sempre soube que havia algo de diferente comigo, quando criança lembro que meus pais saiam bastante comigo mas, sempre para lugares ao ar livre sem pessoas ou redor.
Como piqueniques em florestas, passear em cachoeiras , etc... Sempre me perguntei o que houve naquele dia, tentei achar uma resposta das maneiras que davam, mas sempre ouvi a mesma coisa dos médicos legistas, policiais e psiquiatras.

Mas não eram eles que estavam lá, eles não viram aqueles homens enormes entrando... os gritos e rugidos que se sucederam e aqueles olhos... lembro de ter visto olhos vermelhos enormes. Devem me achar maluca bem, não são os únicos.

O dia passou rapidamente, quando dou por mim já são uma hora da tarde, hora de ir. Ouço meu estômago roncar, pelo visto hora de comer também.
Vou do quinto andar ao terreo estou com tanta vontade de comer algo -de preferência um bife- assim qua saio do elevador vou de encontro a uma muralha de músculos tropeçando e graças a dois braços fortes não dou de cara no chão.

- Me desculpe eu não..- me atrapalho de falar com o Deus grego na minha frente, que homem.- Perdão, eu estava distraída e não te vi.

- Não se preocupe, só tenha cuidado para não se machucar- Meu Deus! Que voz é essa, devo estar vermelha como um tomate que homem sexy- Você está bem?

- Oh! Eu... eu estou bem sim, obrigada. - Digo me afastando dele. Ele me encara por um momento com olhos azuis turquesa e, desvio pois sei que to ficando mais vermelha- Obrigada, por não me deixar cair.

- Não tem de que.- Ao dizer isso, ele da um sorriso de lado, que provavelmente faria mais da metade se não todas as mulheres do saguão suspirarem, que perigo.- Com licença.

- Oh, claro! Perdão- Saio com a mesma presa de antes, que homem.

Devia ter 1,80 de altura, sua pele era clara como marfim com cabelos negros como a noite para destacar aqueles olhos azuis penetrantes. Chega! Acho que a fome está afetando meu cérebro. Só que não.

Nascida das Sombras Onde histórias criam vida. Descubra agora