Fomos nos servindo e sentando a mesa, papai como sempre sentou na ponta e mamãe ao seu lado direito, o restante espalhadas pela mesa de oito lugares, fizemos a oração antes do jantar de todas as noites e depois começamos a comer, o clima ali estava bem mais que pesado e dava para sentir, só se ouvia os barulhos dos pratos, chegava a incomodar, durante o jantar o celular da Safira começou a tocar loucamente como sempre.
Delegado Reis : O que eu já disse sobre celular durante o jantar Safira ? Me passe esse aparelho. Disse duro.
Safira : Pai me perdoa, eu esqueci de desligar, isso não vai se repetir. Disse já num to desesperado.
Delegado Reis : Não tem conversa, essa já é a terceira vez que isso acontece, vão ser 3 dias sem celular, vamos ver se assim a senhorita aprende.
Safira : Mais que droga. Resmungou.
Delegado Reis : E esse fim de semana não vai colocar nem os olhos no portão pelo que droga, vamos ver se assim aprende a respeitar seus pais, e aproveita pra pensar nisso enquanto lava os pratos das refeições pela próxima semana inteira. Disse duro e a Safira encheu a boca mas se calou no ultimo minuto.
Pérola : Eu estou sem fome, posso me retirar ? Perguntei baixo.
Teresa : Pérola você nem encostou na...
Delegado Reis : Deixa ela Teresa, se quer fazer esse dramalhão todo fique a vontade pode se retirar. Disse interrompendo minha mãe.
Eu me retirei da mesa e fui pro quarto, peguei minha mochila e comecei a fazer os deveres de casa, já eram por volta de umas 21h quando terminei, arrumei a mesa de estudos no quarto, guardei minhas coisas e coloquei meu pijama, deitei com meus fones e liguei meu MP4 que já tinha passado por umas 3/4 mãos antes de ser meu, coloquei alguma musica aleatória e fiquei ouvindo, acabei pegando no sono sem perceber.
Acordei a estava tudo escuro, MP4 tinha descarregado e minhas irmãs já estavam em suas devidas camas, eu me levantei para ir ao banheiro e peguei a pequena lanterna debaixo do meu travesseiro e sai do quarto, fiz minhas necessidades e resolvi beber um copo de leite com bolacha Maria, eu estava morta de fome agora, estava um calor infernal.
Quando cheguei na cozinha marcava 04:33h da madrugada, comi minhas bolachas e bebi meu copo de leite gelado, escovei os dentes mas estava sem sono, resolvi deitar no sofá da sala e ficar vendo o dia raiar, abri a janela e fiquei ali deitada quieta, o sol já começava a dar sinais de que o dia hoje seria quente como o inferno o que no fundo não me incomodava tanto, melhor do que chuva de derrubar o mundo.
Ametista : O que esta fazendo aqui essa hora maluca ? Perguntou parada no corredor coçando os olhos, Ame era minha irmã mais velha das que moravam em casa ainda, ela fazia faculdade num cidade vizinha então acordava bem cedo e depois ia pro estagio, seu corpo moreno, seus longos cabelos castanhos marca das mulheres desta família chamavam bastante atenção dos rapazes, só que minha irmã só tinha olhos para os estudos, ela queria ser delegada como papai.
Pérola : Estou vendo o dia nascer. Disse dando de ombros.
Ametista : Vai dormir baixinha. Bagunçou meus cabelos. - Daqui a pouco você vai ter que acordar e vai estar cheia de sono ainda. Disse indo pra cozinha, ela colocou água no fogo, e foi pro banho, eu continuei no sofá, quando ela voltou eu nem vi tinha cochilado, quando acordei foi com ela já saindo pela porta, já devia ser umas 6h e daqui a pouco meu pai estaria aqui e pra evitar mais uma bronca resolvi ir por meu quarto, só ia beber um copo de água antes, fui na cozinha e enchi meu copo, estava na metade quando dei um pulo de susto, alguém estava batendo na porta de casa, mas quem seria a essa hora da manhã ?
Fiquei receosa então esperei e a pessoa bateu de novo e em seguida tocou a campainha, ouvi passos arrastados no corredor e Safira apareceu com pijama minúsculo.
Safira : Esta surda que não ouviu baterem na porta sua lesada. Disse ríspida e se dirigiu a porta abrindo a mesma. - Cabo Nogueira ? Questionou surpresa.
C.Nogueira : Bom dia Safira, você poderia chamar sua mãe ? Perguntou parecendo nervoso, receoso.
Safira : O que houve ? Perguntou preocupada.
C.Nogueira : Chame ela por favor. Insistiu e a Safira assentiu, deu espaço para que ele entrasse e foi chamar a mamãe, eu estava ainda estática na cozinha com a roupa toda molhada pelo momento do susto.
Poucos minutos depois mamãe veio com seu robe fechado e ajeitando os cabelos.
Teresa : O que houve Nogueira ? Aonde esta o meu esposo ? Perguntou aflita.
C.Nogueira : Sinto muito ser eu a dar esta noticia mas ele faleceu D.Teresa. Disse e abaixou a cabeça.
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Web Casa da Mãe Teresa
Ficção AdolescenteUma familia diferente, cheio de segredos e barracos.