O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação.
Carl Jung
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Esse anel estava na minha família à duas gerações, desde que meu bisavô Joaquim Lima, fugiu da Itália, não era apenas um anel, era a história que ele nos fazia refletir.
E agora ele pertencia a uma qualquer.
Nem fui para empresa, e sim direto para o local da reunião. As empresa Oliveiras, são umas das melhores no ramo de construção, sempre quis trabalhar para eles mais a vida me levou para outro caminho, e mesmo trabalhando na área de lazer mim sinto feliz.
Todos estavam na sala de reunião apenas esperando, a dona chegar. Ela estava atrasada, e para um empresária tão rigorosa como falam, isso não é algo certo.
Quando escuto a porta se abrindo e uma mulher aparece, meu coração acelerar.
Era ela a Srta. Estressadinha, a mulher misteriosa que continha o meu bem mais valioso. E agora eu estava perto daquilo que alguns minutos estava dando como perdido.
Ela falou algo e assim iniciamos a reunião.
***
A reunião foi um sucesso, conseguimos fechar um bom contrato, mas ficou algumas coisas em aberto e o Sr. Collins avisou que em breve alguém de sua confiança iria vim para acertar o resto do contrato.
Ela se despediu de todos e saiu da sala de reunião. Estava para ir atrás dela, afinal ela precisa me devolver o anel, quando escutou o Sr. Collins me chamando.
-Ruan? - ele falou, e fiquei um pouco receoso pois não havia ido trabalhar hoje, Isadora havia inventado algo, mas não era o certo mentir para meu chefe. - Posso confiar em você parar isso?
-Claro - falei e ele sorriu, eu já imaginava que isso iria sobrar para mim. Odeio lida com contratos, mas eu era da confiança dele e não poderia negar isso.
Me despedir do Sr. Collins e caminhei lendo as placas da sala, até ler “Presidência”. Era óbvio que ela estaria ali. Me aproximei e percebi que a porta estava aberta e isso me permitiu ver um homem se aproximando cada vez mais perto dela.
o que ele está fazendo?
Coloquei um pé na frente, queria avançar, mais voltei atrás e então bati duas vezes na porta.
Eles se separam, e pode notar os olhares em mim. É óbvio que eles iriam olharem afinal, estavam se pegando, eu nunca imaginei isso da mulher mas rigorosa que havia ouvido falar.
- Está dispensado, Até amanhã - falou o homem grosseiramente.
-Senhorita Anne, posso falar com você - falei, não queria saber o que ele havia falando, quem ele pensa que é? Eu que não irei deixar eles a sós.
-Sim. - ela falou empurrando o homem - Renato pode ir, eu resolvo aqui.
-certeza amor? - ele falou acariciando seu rosto.
-Sim Renato - ela falou tirando as mãos dele de si.
-Certo, te vejo depois - ele deu um selinho nela e se virou para ir embora.
Ao passar por mim, percebi seu fuzilamento com os olhos, então sorrir para deixar ele ainda mais irritado.
-O que deseja? - ela perguntou, então olhei para ela, que já estava sentada em um cadeira e aprontou para que me aproximasse.
- você tem algo que me pertence. - falei sem rodeios
-Como? - ela estava confusa
- Acho que aconteceu uma grande confusão hoje mais cedo, peço perdão até. Mais lembra do anel que comprou hoje?
-Sim.
-Eu quero de volta, houve um erro. - ela ficou pensativa e o silêncio se fez presente naquela sala -Então Srta. Anne?
- Apareça aqui amanhã, antes das nove horas. - ela falou curta e grossa.
- E irá me entregar o anel?
- Claro, você irá trabalhar pra mim e receberá o anel.
- Como? - falei confuso, afinal não sabia aonde ela queria chegar.
- Não está entendo Sr….- ela parou pois não sabia meu nome.
-Ruan Lima.
-Então Sr. Lima, você irá fazer uns trabalhos para mim, e no final do dia eu lhe entregarei o anel.
- Eu posso pagar! Quanto custa?
- Sabe Sr. Lima, é um bem sentimental - ela falou e pude sentir a ironia em sua falar - não tem preço. Então aceitará ou não?
Fiquei calado, afinal queria que ela desse uma risada e falasse “te peguei, está aqui seu anel”. Mas isso não aconteceu, ela apenas ficou mas sério, mas é claro que era verdade, afinal ela era Anne Oliveira.
- Se o problema for o Sr. Collins, eu ligarei para ele avisado que você passará o dia amanhã em minha empresa, resolvendo o que ficou em aberto sobre o nosso contrato.
-Mais...
- é pegar ou largar Sr. Lima. - ela falou já pegando alguns papeis sobre a mesa e ajeitando em seus braços.
- tenho outra escolha? - falei me levantando da cadeira.
- Te vejo amanhã e não se atrase.
“ainda estou esperando ela olhar e dizer que está brincando comigo “
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Apenas 48horas [CONCLUÍDO]
Literatura FemininaAnnie Oliveira, 24 anos, Morena de cabelo cacheado, dona de um lindo corpo e um arrogância inconfundível. Ela vive para o Trabalho desde da morte de seu pai, quando foi obrigada a assumir os negócios da familia por ser a mais velha. Mas esse não foi...