4. Ruan✔

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O encontro de duas personalidades assemelha-se ao contato de duas substâncias químicas: se alguma reação ocorre, ambos sofrem uma transformação.

Carl Jung

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Esse anel estava na minha família à duas gerações, desde que meu bisavô Joaquim Lima, fugiu da Itália, não era apenas um anel, era a história que ele nos fazia refletir.

E agora ele pertencia a uma qualquer.

Nem fui para empresa, e sim direto para o local da reunião. As empresa Oliveiras, são umas das melhores no ramo de construção, sempre quis trabalhar para eles mais a vida me levou para outro caminho, e mesmo trabalhando na área de lazer mim sinto feliz.

Todos estavam na sala de reunião apenas esperando, a dona chegar. Ela estava atrasada, e para um empresária tão rigorosa como falam, isso não é algo certo.

Quando escuto a porta se abrindo e uma mulher aparece, meu coração acelerar.

Era ela a Srta. Estressadinha, a mulher misteriosa que continha o meu bem mais valioso. E agora eu estava perto daquilo que alguns minutos estava dando como perdido.

Ela falou algo e assim iniciamos a reunião.

                         ***

A reunião foi um sucesso, conseguimos fechar um bom contrato, mas ficou algumas coisas em aberto e o Sr. Collins avisou que em breve alguém de sua confiança iria vim para acertar o resto do contrato.

Ela se despediu de todos e saiu da sala de reunião. Estava para ir atrás dela, afinal ela precisa me devolver o anel, quando escutou o Sr. Collins me chamando.

-Ruan? - ele falou, e fiquei um pouco receoso pois não havia ido trabalhar hoje, Isadora havia inventado algo, mas não era o certo mentir para meu chefe. - Posso confiar em você parar isso?

-Claro - falei e ele sorriu, eu já imaginava que isso iria sobrar para mim. Odeio lida com contratos, mas eu era da confiança dele e não poderia negar isso.

Me despedir do Sr. Collins e caminhei lendo as placas da sala, até ler “Presidência”. Era óbvio que ela estaria ali. Me aproximei e percebi que a porta estava aberta e isso me permitiu ver um homem se aproximando cada vez mais perto dela.

o que ele está fazendo?

Coloquei um pé na frente, queria avançar, mais voltei atrás e então bati duas vezes na porta.

Eles se separam, e pode notar os olhares em mim. É óbvio que eles iriam olharem afinal, estavam se pegando, eu nunca imaginei isso da mulher mas rigorosa que havia ouvido falar.

- Está dispensado, Até amanhã - falou o homem grosseiramente.

-Senhorita Anne, posso falar com você - falei, não queria saber o que ele havia falando, quem ele pensa que é? Eu que não irei deixar eles a sós.

-Sim. - ela falou empurrando o homem - Renato pode ir, eu resolvo aqui.

-certeza amor? - ele falou acariciando seu rosto.

-Sim Renato -  ela falou tirando as mãos dele de si.

-Certo, te vejo depois - ele deu um selinho nela e se virou para ir embora.

Ao passar por mim, percebi seu fuzilamento com os olhos, então sorrir para deixar ele ainda mais irritado.

-O que deseja? - ela perguntou, então olhei para ela, que já estava sentada em um cadeira e aprontou para que me aproximasse.

- você tem algo que me pertence. - falei sem rodeios

-Como? - ela estava confusa

- Acho que aconteceu uma grande confusão hoje mais cedo, peço perdão até. Mais lembra do anel que comprou hoje?

-Sim.

-Eu quero de volta, houve um erro. - ela ficou pensativa e o silêncio se fez presente naquela sala -Então Srta. Anne?

- Apareça aqui amanhã, antes das nove horas. - ela falou curta e grossa.

- E irá me entregar o anel?

- Claro, você irá trabalhar pra mim e receberá o anel.

- Como? - falei confuso, afinal não sabia aonde ela queria chegar.

- Não está entendo Sr….- ela parou pois não sabia meu nome.

-Ruan Lima.

-Então Sr. Lima, você irá fazer uns trabalhos para mim, e no final do dia eu lhe entregarei o anel.

- Eu posso pagar! Quanto custa?

- Sabe Sr. Lima, é um bem sentimental - ela falou e pude sentir a ironia em sua falar - não tem preço. Então aceitará ou não?

Fiquei calado, afinal queria que ela desse uma risada e falasse “te peguei, está aqui seu anel”. Mas isso não aconteceu, ela apenas ficou mas sério, mas é claro que era verdade, afinal ela era Anne Oliveira.

- Se o problema for o Sr. Collins, eu ligarei para ele avisado que você passará o dia amanhã em minha empresa, resolvendo o que ficou em aberto sobre o nosso contrato.

-Mais...

- é pegar ou largar Sr. Lima. - ela falou já pegando alguns papeis sobre a mesa e ajeitando em seus braços.

- tenho outra escolha? - falei me levantando da cadeira.

- Te vejo amanhã e não se atrase.

“ainda estou esperando ela olhar e dizer que está brincando comigo “

Apenas 48horas [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora