CAPÍTULO 25

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      — Mamãe! — Kyung Mi corre até mim e me abaixo para que ela possa me alcançar, ela me dá um abraço apertado e demorado — Achei que não fosse mais voltar.

      — Eu? Não voltar mais? — Aconcheguei minha pequena garota em meus braços — Eu nunca deixaria você meu amor.

      — Eu ganhei presentes e guardei bolo pra você e para o seu amigo bonito.

      — Pra mim? — Escuto a voz de Jimin logo atrás.

      — S-Sim. O que aconteceu com o seu rosto? — Ela olha meio assustada.

      — Olha meu amor, o Jimin passou por uma aventura perigosa, depois a mamãe te conta. — Levantei com ela nos braços e sentei no sofá, lá estavam Jungkook e Taehyung.

      — Nunca mais faz uma coisa dessas. — Jungkook fala indo até Jimin e o abraçando.

      — Tá, chega. — Jimin abraça o amigo e sorri.

      A amizade deles era algo tão bonito, era o tipo de amizade que nada poderia destruir, como a minha e de Yoko, era uma amizade que foi construída a tempos atrás e resistiria a tempestades e furacões.

      — Yumi! — Yoko vem da cozinha correndo para me abraçar — Senti tanto a sua falta.

      — Eu também senti a sua. — Falei abraçando minha melhor amiga.

      — Mãe... tia Yoko... podem parar de me espremer? — Disse Kyung Mi entre nós duas e nós acabamos por rir.

      — Então, alguém aqui ficou mais velha, não é? — Jimin diz e Kyung Mi tenta segurar o sorriso, mas é inútil — Acho que devemos sair.

      A garotinha olha animada para ele e eu observo os dois se entre olhando, todos observam achando aquilo muito bonito, mas eu vejo de outra forma, eu vejo como o impossível, foram inúmeras as vezes que sonhei com momentos assim, mas eram só sonhos, porque Jimin não estava aqui para realiza-los.

      — Então, vamos todos? — Tae diz pegando seu casaco — Estou me auto-convidando. Eu soube que chegou um parque na cidade.

      — Parque? — Kyung Mi abre um sorriso enorme — Podemos ir ao parque? — Ela olha para Jimin com um olhar doce.

      Eles tem os mesmos olhos.

      — Podemos ir onde você quiser! — Jimin fala e a pequena corre para seus braços o abraçando, ele se sente surpreso mas em seguida a aconchega em seus braços.

      Todos já estavam prontos, iríamos todos, menos Jin pois ele estava no café, ele tem cuidado do café enquanto eu estava fora, tenho que lembrar de dar um super bônus a ele por isso, estava sempre me ajudando. Kyung Mi e Kwan já estavam na porta nos esperando, Taehyung abre a porta e então saímos, mas uma silhueta um pouco conhecida está ali fora.

      — Pelo visto cheguei em boa hora. — Era Andy.

      — Andy! — Jimin vai até ela e a abraça.

      — Jiminie. — Ela retribui o abraço mas de uma forma mais calorosa que a dele.

      — Jiminie? — Yoko sussurra em meu ouvido e eu só balanço a cabeça.

      Embora seja uma das piores coisas que poderiam acontecer, Andy veio conosco, Jimin era educado demais para não convidar a cobra de saltos.

      Poderíamos ter nos tornado amigas, talvez se ela não tivesse me provocado no hospital, eu poderia gostar dela. Mas não, eu conheço bem o tipo de mulher que ela é, ela é o tipo de amiga que quer ser mais que isso, ela quer o meu Jimin, e eu sinto muito em informa-la, mas Park Jimin já é meu, e ninguém vai toma-lo assim.

      Quando chegamos no parque, Kyung Mi e Kwan estavam super animados, Hinata não pôde vir pois estava na casa dos avós no Japão, o que me faz lembrar que vão fazer seis meses que não vejo meus pais aqui na Coreia. Enquanto olho Jimin e Taehyung se divertirem com Kyung Mi e Jungkook e Yoko com Kwan nos bumper car (carrinho de bate-bate.) Andy senta ao meu lado no banco onde eu estava, o sorriso que eu tinha no rosto desaparece e eu só quero que isso aconteça com ela, desapareça.

      — Oi, amiga. Você quer? — Ela oferece algodão doce mas nego com a cabeça, então ela olha para a pista dos carrinhos — Nossa, Jimin oppa tem habilidade.

      Do que você o chamou?

      — Eu acho que o Jimin não te deu essa intimidade toda pra chama-lo de "Oppa".

      — Eu não me importo. — Ela dá de ombros sorrindo — Aliás, eu preciso falar com você.

      — Eu tenho a opção de te colocar no aparelho sanitário e dar descarga pra não ter que te ouvir? — Reviro os olhos e cruzo os braços.

      — Não. Bom, eu gosto muito do Jimin.

      — Não me diga... — Reviro os olhos outra vez — Achei que você estivesse chamando ele de oppa porque o odiava.

      — Olha Sayumi, eu não vou desistir do Jimin, e eu vou usar tudo o que eu tenho pra que ele seja meu. — Eu adoraria jogar ela nos trilhos daquela minhoca gigante ao nosso lado — E mesmo se eu tiver que procurar os seus piores podres, Jimin vai ter que esquecer você.

      — Boa sorte com isso. — Dou um meio sorriso.

      — Todo mundo tem segredos Sayumi, você não é diferente. Na verdade, por algum motivo você parece esconder algo. Eu conheço pessoas que podem vasculhar toda sua vida.

      — Já chega! — Levanto sem olha-la — Não me importa quem você é ou o que sente pelo Jimin, eu também estou disposta a lutar por ele, e se eu tiver que passar por cima de você pra isso dar certo... — Sou interrompida.

      — Então, o que você acha de Watanabe Hiroshi? Ele vem do seu passado não é mesmo? — Ela segura meu pulso — Pense bem Sayumi, você tem duas escolhas, ou sai da vida do Jimin por bem, ou eu te arranco dela por mal.

      As palavras dela, aquelas palavras ridículas, ela estava mesmo me ameaçando usando Hiroshi? Por que eu deveria ceder? De certa forma ela tem razão, todos temos segredos, e eu realmente não era diferente, desde o dia em que Hiroshi apareceu na minha vida, as coisas ficaram complicadas e Jimin não precisava saber das coisas que contavam sobre mim no Japão. Eu teria que pensar, pensar bastante porque isso era algo forte demais pra uma simples Sayumi com o coração recém-curado pela única pessoa que tem o poder de fazer isso. Jimin.

      — Eu te dou três dias, Sayumi. — Ela estava sorridente e minha visão era focada em Jimin e Kyung Mi nos carrinhos — Você pode ficar com Jimin e se despedir dele.

      — E se eu não quiser?

      — Se você não quiser, acho que Jimin também não vai querer uma mãe como você pra filha dele. Então vai ser melhor ainda, ele vai pedir a guarda da menina e eu vou estar lá pra ajudar no que ele precisar.

      — Olha aqui, sua vadia... — Segurei forte o pulso dela — Se encostar um dedo na minha filha, eu faço você voltar pro inferno.

      — Vadia? Eu? — Ela riu. — Acho que você não pode dizer isso Sayumi, não sou eu que sou chamada assim no Japão.

      — Eu espero que você ganhe um beijo Andy.

      — Ouh... — Ela estava confusa.

      — Um beijo de um trem em movimento. — Soltei seu braço e fui até Jimin e Kyung Mi.

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