Skyfall

Capítulo 1.

Então tenho autorização pra postar.. Tem no Spirit tbm. Vou postar outro ainda hoje..

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Ali estava Regina, dirigido pelas estradas a caminho de sua cidade natal. Quatro exaustivas horas de carro, mas isso ela já não se importava mais, não agora, não nesse momento com monstros de seu passado a atormentando por pensamento. Cada curva que ela fazia, cada quilometro rodado, mais e mais flashs de uma vida feliz, vinham a sua mente.   Desde que saiu de lá há cinco anos, nunca mais havia voltado, ela sempre telefonava para todos, seus pais sempre iam visitá-la, alguns amigos chegaram a ir para Boston, mas ela nunca voltou. Nunca conseguiu enfrentar o que deixou para trás. Talvez enfrentar não seria uma palavra apropriada uma vez que ela tinha finalizado toda sua história, mas ela só não queria reviver isso que estava revivendo agora enquanto dirige. Zelena, sua irmã mais velha, decidiu que iria morar em Boston também dois anos depois de sua partida. As duas trabalhavam na mesma empresa, uma multinacional no ramo de cosméticos comandada por Gold. Regina era chefe de exportação e Zelena comandava a parte de publicidade, cargo esse que conseguiu com a ajuda da irmã mais nova. Lá negociando com alguns fornecedores para fazer a nova campanha publicitária da empresa, ela conheceu Kristin, e estavam noivas. Regina foi convidada para ser madrinha, claro, porque fora ela quem ouviu todas as lamentações do inicio de namoro diante de todas as brigas até que as duas se acertassem finalmente. Fora convidada também porque ela havia sido madrinha de casamento de Regina há treze anos atrás. Casamento esse que acabou de uma forma muito triste na visão de todos e era exatamente dessas lembranças que Regina estava fugindo. Das lembranças de quando se conheceram, ela com 03 anos e sua ex esposa uma bebezinha, obviamente ela não se lembrava claramente porque era muito nova, mas tem flashs de estar no parquinho com sua mãe e sair correndo para ver o bebê que estava tomando sol num passeio com sua mãe. Desde então foram inseparáveis. Eram as amigas irmãs que todos os finais de semana dormiam uma na casa da outra, cresceram juntas e Regina como era um pouquinho mais velha, sempre tomava cuidado para que a menor não se machucasse e assim foi até sempre. Até o fatídico dia da separação. E lá estava Regina tomando a brisa e o sol enquanto dirigia e se lembrava, não queria pensar mas era uma espécie de ligação automática, cada canto daquela estrada tinha uma história das duas. Ela se pegou lembrando do primeiro beijo, ela com 15 e sua menina com 12. Até chegar ao primeiro beijo de fato, na fazenda de Gepetto com Granny, elas sofreram muito. Sofreram para entender que não era só amizade, para entender que gostavam de pessoas do mesmo sexo e principalmente para lidar com o sentimento que estavam sentindo há um bom tempo e estava sendo sufocado por medo. Depois do primeiro beijo foi tudo fluindo, todos já sabiam que não era só amizade, as famílias eram tão amigas que torciam para que as duas se resolvessem logo, porque para todos ali o que importava era o amor verdadeiro, não importava a forma. Era um amor tão incrível, era uma sintonia tão intensa que todos queriam achar um amor para a vida como o das duas. Casaram quando Regina tinha 25 anos e sua ex esposa 22, foi uma cerimônia incrível, na fazenda, embaixo da arvore onde deram seu primeiro beijo. Todos que importavam para elas estavam presentes, todos abençoando a união que viram desenvolver e crescer. Depois de casadas elas não enfrentaram nenhum problema de inicio de casamento que a maioria dos casais enfrenta, elas se conheciam muito, tinham decorado em suas mentes os defeitos e qualidades de cada uma. Sabiam respeitar o espaço e dificilmente uma sentia ciumes da outra. 
Regina dirigia, sorria e chorava ao mesmo tempo, não queria que essas lembranças estivessem ali, mas quanto mais Storybrooke se aproximava, mais nítidas essas lembranças ficavam. Ela queria poder dar meia volta e sair dali, desistir de ir para lá, mas ela não podia fazer isso com os pais de sua ex esposa, era as bodas de prata de Frank e Marise e por mais que fosse dolorido voltar, ela tinha que estar lá por eles, pela família que a acolheu desde pequena, por seu segundo pai e sua segunda mãe. Secou suas lágrimas, respirou um pouco mais fundo e se preparou para a reta final da viagem, em pouco menos de meia hora ela estaria na sua cidade, de volta para suas lembranças de infância, de adolescência. Suas lembranças da faculdade, de seus amigos inseparáveis e suas lembranças com ela...
Emma.