Chapter 9

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Avallan Obermuller P.O.V.:

- Oi mãe, oi pai. - disse assim que  entrei em casa sorrindo.

- Oi filha. - disseram os dois juntos.

Fui até o banheiro e lavei minhas mãos, voltei a sala e os dois se levantaram para almoçarmos. Era obrigatório, todos os dias almoço e janta em família. Mesmo que não falássemos nada durante o almoço, eu era filha única, e meus pais faziam questão disso.

- Como foi seu dia? - minha mãe disse se sentando a mesa e serviu o prato de meu pai.

- Normal. - sorri mexendo a comida que já estava em meu prato.

- Quando vão começar as provas? - meu pai perguntou abaixando o jornal para me olhar.

- Não sei pai. Estamos na primeira semana de aula. - sorri para ele.

- Okay, espero encontrar notas altas. Esse ano é o último ano da sua escola, você vai fazer advocacia, tem que ter notas altas. - ele dobrou o jornal e o pôs ao seu lado na mesa assim que minha mãe pôs seu prato em sua frente.

- Eu não decidi ainda. - olhei para ele.

- Não tem o que decidir Avallan. Ou é isso ou eu não pago sua faculdade. - revirei os olhos - Você ta revirando os olhos para mim? - ele disse com raiva e se levantou, minha mãe me olhou como quem pedisse para parar.

- Não senhor. Me desculpa. - abaixei a cabeça e o mesmo se sentou novamente.

- Pode ir para seu quarto. - o encarei e minha mãe fez o mesmo.

- Ela não comeu ainda Peter. - minha mãe falou doce.

- Não me interessa, ela não gosta de comer mesmo. - o olhei com raiva - Quando eu sair de casa ela come. - voltou a prestar atenção em sua comida e começou a comer.

Me levantei com raiva e joguei o guardanapo em cima da mesa. Fui em direção ao meu quarto e bati a porta a trancando. Me joguei na cama e gritei contra o travesseiro.

Sempre a mesma coisa.

- Filha. - minha mãe disse batendo na porta depois de um certo tempo.

Me levantei da cama e destranquei-a, abri e voltei a sentar na cama.

- Toma meu amor, você precisa comer alguma coisa. - ela pôs um prato com um sanduíche em cima do criado mudo.

- Não estou com fome mãe, mas obrigada. - olhei para ela e a mesma ficou me olhando, passou as mãos pelo meu rosto e me deu um beijo na testa.

A morena me olhou nos olhos e eu vi lágrimas escorrerem por seus olhos, então a abracei, um abraço calmo.

- Tá tudo bem mãe. - passei a mão em seu rosto e ela apenas assentiu saindo do quarto logo em seguida.

Fiquei deitada olhando para o teto e pensando no que eu poderia fazer para tentar convencer meu pai de que eu não sirvo para ser advogada, até que peguei no sono.

Acordei com meu celular vibrando embaixo do travesseiro.

Rodinha de L.A

Aaron Crush: Bora no Karaokê hoje pessoal?

Jegue: Opa, tô dentro!

Cameronzito: Tô indo pra sua casa.

Kyle Gostosa: Tô precisando realmente...

[HIATUS] Tracking The Destination | C.DOnde histórias criam vida. Descubra agora