Forever My Love (Hiato)

Não a deixarei fugir

  Yo leitoras e leitores, sei que demorei décadas e nem tenho desculpas.

Não vou ficar chateada se não houver mais ninguém acompanhando esta fic, realmente, desculpas >.<

Espero que gostem.

Boa Leitura!!  

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 ─ Não sei! – diante da persistência incontrolável de Ino, respondeu no mesmo tom impaciente, escondeu o rosto entre as mãos por um segundo, soltando um muxoxo baixo.

O sofá ao lado afundou após alguns minutos em silêncio, Ino colocou o celular sobre a mesa de centro, virou-se e afastou as mãos da Haruno segurando ambos os pulsos. Deixou um suspiro soprar entre os lábios quando pôde observar melhor os olhos cabisbaixos, negou com a cabeça desaprovando.

─ Por que não me disse? - soou branda, desta vez - Não faça essa cara – cutucou a testa, fazendo com que ela encarasse seu rosto.

─ Eu não pensei que poderia ser a mesma pessoa. Por outro lado você também não pode me culpar, eu contei sobre o emprego na ULC – defendeu-se, devolvendo o gesto que a irritou. A loira rapidamente estapeou o dedo em sua testa, incomodada ajeitou a franja longa cobrindo a pele exposta.

Abriu as sacolas sobre a mesa retirando os alimentos dali, entregou um dango a amiga e levou o outro a boca – Só o vejo correr nas pistas, às vezes ele participa de uma festa ou outra, ou então o encontro comendo alguma pu- - interrompeu sua própria frase, se dando conta do que falava.

─ Ino? Engasgou? - estranhou a Yamanaka parar de repente, com um dango ainda na boca, preocupou-se quando ela começou a tossir freneticamente e seu rosto ficou vermelho – Calma, eu vou pegar água! - Sakura levantou-se, mas antes de dar um segundo passo, Ino pegou uma garrafa de sakê, tomou direto do gargalo mais da metade, depositando em seguida sobre a mesa.

─ Estou bem! Estou bem! – suspirou profundamente, expondo um grande sorriso – Toma uma comigo – ofereceu outra cheia, a Haruno não hesitou imitando-a – Vocês se beijaram?

─ Você o ama? - retrucou com outra pergunta.

─ O que? - surpreendeu-se, precisou processar a pergunta durante alguns segundos, tomou mais um gole e por fim respondeu – Amar? Sakura, olhe bem pra mim e veja se tenho cara de trouxa – apontou ambos indicadores para o seu rosto – Vocês se beijaram? - repetiu a pergunta.

─ Depois que machuquei o pé ele veio trazer os remédios, seria só isso se eu não tivesse insistido em cuidar da mão dele que tinha um arranhão. Eu nem mesmo sei como tudo começou, quando vi estávamos tão envolvidos, que eu não conseguia parar – involuntariamente mordeu o lábios inferior e fechou os olhos, imaginando refazer cada toque, sentir novamente aquela sensação única, ela o queria - Então ele se afastou, disse que não poderíamos - o contentamento esvaiu restando apenas a frustração perturbadora.

─ É melhor assim – disse, obtendo a atenção dos olhos esmeraldinos aturdidos – Ele não hesitou em me deixar na beira da estrada. Sakura, com certeza eu conheço esse tipo, ele só quer se divertir, diz estas coisas porque já percebeu sua inocência.

─ Mas eu não sou inocente, Ino – retrucou ofendida, como se pudesse amenizar a raiva súbita, comeu alguns onigiris.

─ Ah, claro, com quantos já namorou? Com que frequência sai com homens? Sua vida passiva, suas roupas de freira, tudo conspira contra o que você diz – sagaz, contrapôs com propriedade. Sakura encolheu no estofado, emburrada, apenas esvaziando cada vez mais rápido a caixa de bolinhos – Ei, deixe pra mim! - quando conseguiu tirar das mãos dela só restava um, indignada, encarou a outra de soslaio - Você comeu tudo, testuda – acusou fazendo bico.